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domingo, 20 de outubro de 2013


A exigência e ousadia de um Líder, Pinto da Costa, predestinado e que foi logo absorvida pelos portistas, transformou o F.C.Porto, o futebol portista em particular e colocou o gigante da Invicta num patamar que muitos julgavam impossível. No F.C.Porto quando jogamos mal assumimos as nossas responsabilidades, corrigimos, seguimos em frente. Da nossa cultura não faz parte chorar sobre o leite derramado, dourar a pílula, arranjar desculpas esfarrapadas. Não branqueamos as más exibições destacando jovens de grande potencial - e até temos alguns...-, como se já fossem os melhores do mundo, porque não gostamos de desviar as atenções do essencial, tapando o Sol com uma peneira. Esse não é e espero que não venha a ser no futuro, o nosso estilo. E porque não foi assim que construímos o nosso sucesso.
Serve esta introdução para responder a um amigo - e a todos os que pensam como ele -, que hoje de manhã e depois de ler o post do jogo de ontem, me questionou, perguntando:  
- Não estás a ser demasiado exigente? 
A minha resposta saiu rápida:  
- Demasiado exigente, frente ao Trofense, último classificado da 2ª Liga e que tem no meio-campo dois jogadores, Tiago e Hélder Sousa, cuja soma das idades é de 74 anos, 38 do primeiro e 36 do segundo? Poupa-me!
- Mas eles nunca saíram de lá de trás, defenderam-se com todos e isso criou-nos dificuldades. Não te podes esquecer que a nossa equipa tinha muitos jogadores que raramente jogaram juntos, portanto, sem entrosamento e sem conjunto.
- Olha, mas não é assim que jogam 90% das equipas que nos visitam nas provas nacionais? E sendo assim, não temos de ser mais pressionantes, mais intensos, mais rápidos pensar e a executar, mesmo que hajam limitações de entrosamento e conjunto, como foi o caso de ontem?

Meu(s) caro(s), a minha exigência é consciente, não é, nem nunca foi excessiva. Já passei temporadas consecutivas a comer sardinhas e carapaus, já tive épocas recheadas de belos manjares e estou preparado para tudo. Tenho a noção da realidade e das dificuldades que tivemos, por exemplo, frente ao Atletico de Madrid e a consciência do que nos espera na próxima terça-feira no jogo com o Zenit. Não gostei de perder com os espanhóis, mas em jogos com equipas de valor semelhante, não vou à espera de grandes recitais, nem faço grandes exigências, apenas que façam tudo para ganhar. Agora frente a adversários claramente inferiores, como foi o caso de ontem e de alguns no passado recente e menos recente, aí é outra coisa, exigia-se mais da equipa do F.C.Porto. Se nós e os que dirigem, treinam e jogam, se contentarem com tão pouco, em jogos desta natureza, então algo vai mal no reino do Dragão.

Nota final:
Andebol, Champions League, F.C.Porto 22 - Dunkerque 21. Grande vitória! 


Aqui, com os agradecimentos à Ana Ferreira do Portista forever, entrevista de Antero Henrique ao jornal O JOGO.

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