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domingo, 6 de outubro de 2013


Depois da derrota frente ao Atletico de Madrid esperava-se uma reacção forte da equipa do F.C.Porto em Arouca. Esperava-se, mas a reacção esteve muito longe de ser forte, em alguns momentos deixou até muito a desejar. Faltou qualidade, intensidade, velocidade, a pressão nunca foi feita em bloco, mas apenas por um ou outro jogador, ganhámos de forma justíssima, mas a exibição não foi famosa. Nunca houve um Porto mandão, dominador, nunca se viu em campo a diferença de qualidade colectiva e individual que existe entre as duas equipas.

Com Herrera a merecer a titularidade e a entrar no lugar de Defour, naquela que foi a única alteração em relação à equipa que iniciou o jogo da Champions, o F.C.Porto ficou mais próximo do seu habitual e tradicional 4x3x3 - só não foi o clássico 4x3x3 porque Josué não é um extremo e anda muitas vezes por zonas interiores - e naturalmente, com mais condições para se exibir melhor. Mas apesar do mexicano ter feito um belo jogo, ter dado coisas à equipa que Defour não tem dado, profundidade e criatividade por exemplo e dos primeiros 20 minutos, mesmo sem terem atingido o brilhantismo da meia-hora contra os espanhóis, terem sido bons, o F.C.Porto, que chegou cedo à vantagem e portanto, conseguiu o mais difícil nestes jogos, nunca controlou, nunca foi capaz de se dar ao respeito, nem colocar o conjunto arouquense em respeito, deixou que um adversário claramente inferior, causasse incómodos, estivesse demasiado tempo dentro do jogo. Marcamos dois golos fruto de duas belíssimas jogadas individuais, de Alex Sandro na primeira-parte e Otamendi na segunda, a que Jackson, sempre no sítio certo, deu o melhor seguimento e marcamos o outro num lance bola parada, por Quintero, já no último minuto do tempo de descontos e pouco mais há a destacar na exibição do F.C.Porto. Pela positiva, já que pela negativa, deve destacar-se o facto de voltamos a sofrer um golo, outra vez perto do final, mais uma vez numa falta de Mangala perto da área - é incrível como um jogador erra, com as consequências conhecidas, no jogo frente ao Atletico de Madrid e logo no jogo seguinte, volta a cometer o mesmo erro. Vá lá, desta vez não veio mal ao mundo. Se pensarmos que entre o primeiro golo, minuto 12 e o segundo, minuto 74, raramente rematamos à baliza do Arouca e raramente criámos lances de perigo, está tudo dito da qualidade da exibição do conjunto de Paulo Fonseca no jogo de hoje.

Notas finais:
Conquistamos a sexta vitória em sete jogos, lideramos isolados a Liga e isso é relevante, como é importante ir ganhando, mesmo não jogando bem. Estes factores são importantes quando lá mais para a frente tudo se decidir, mas é fundamental que a equipa portista melhore a qualidade de jogo e principalmente, deixe de cometer erros primários.

Vergonhosos e que tiram do sério o mais pacato dos adeptos, os comentários da dupla Rui Orlando/Luís Freitas Lobo. Ao primeiro só lhe faltou dizer que Helton - mais uma brincadeira que já cansa! -, devia ter sido expulso. O segundo achou que Mangala, no lance que deu o golo do Arouca, devia ter levado o segundo amarelo. Como é possível, quando o francês fez uma falta normal, apenas saltando fora de tempo?! Já sobre o amarelo a Lucho - o capitão portista apenas se protegeu, virando as costas à bola que lhe bateu no braço, sem qualquer intenção de Lucho de meter o braço à bola; o amarelo de Mangala - foi empurrado e caiu, tocando na bola com a mão já no chão; ou Fernando - reagiu, sem excessos, a uma falta que lhe foi marcada, quando o jogador do Arouca escorregou; o lobo marreta, pelos vistos achou bem, já que não criticou as decisões do árbitro.
Como neste país atrasado, o que se diz na televisão ainda conta muito, também por estes "artistas", melhor, contra estes "artistas", precisamos de jogar melhor.

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