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sábado, 7 de dezembro de 2013


O F.C.Porto vinha de perder 7 pontos em três jornadas, de líder isolado passou para terceiro a dois pontos da liderança. Como isso é uma facto raro, o ambiente no Dragão complicou-se bastante, era fundamental  regressar às vitórias, dar um safanão na crise. Com um quadro destes pela frente e diante de um público exigente, pouco paciente e pouco tolerante, não foi surpresa que a equipa azul e branca tivesse entrado a jogar sobre brasas. Nervosa, ansiosa, intranquila - a bola parecia que queimava! -, a equipa de Paulo Fonseca e durante cerca de 30 minutos, não conseguiu jogar. Se a isso juntarmos um Braga bem organizado, sereno e a aproveitar a instabilidade portista, os 30 minutos iniciais foram muito difíceis, a casa parecia que vinha abaixo. Depois e aos poucos, os Dragões foram melhorando na organização, passaram a não errar tanto, a ter mais bola, conseguiram duas boas jogadas - uma das quais só não deu golo porque Eduardo fez uma grande defesa a remate de Josué -, acabaram a primeira-parte já mais próximo dos mínimos exigíveis e a equilibrarem a partida. Portanto e resumindo, o Braga foi melhor na primeira-hora, o F.C.Porto no quarto-de-hora final e como em oportunidades as equipas igualaram-se, o 0-0 no final dos primeiros 45 minutos, ajustava-se.

Na etapa complementar, tudo foi diferente. Com Carlos Eduardo no lugar do lesionado Lucho, o F.C.Porto entrou bem, marcou logo nos minutos iniciais, por Jackson e arrancou para uma belíssima segunda-parte. O golo, é verdade, deu confiança e fez baixar a ansiedade, dentro e fora do campo, mas a melhoria também se deveu e muito, ao facto do ex-estorilista ser mais 10 que Lucho, aparecer a ocupar melhor o espaço à frente de Defour e Herrera, mais próximo de Jackson. Com isso o F.C.Porto subiu, pressionou mais alto e de forma mais organizada; os espaços ficaram melhor ocupados; passou a haver mais linhas de passe; a bola circulou melhor e evitaram-se os passes longos para um Jackson sozinho. E assim, o conjunto azul e branco dominou totalmente, criou vários lances perigososos, chegou naturalmente ao 2-0 - excelente jogada e assistência de Varela para Jackson concluir - e venceu com toda a justiça. Venceu com toda a justiça, diga-se, um adversário bom e com muito melhores argumentos que aqueles que nas últimas três jornadas fizeram o tri-campeão perder 7 pontos.

Notas finais:
A lesão do capitão foi um mal que veio por bem. Não que Lucho estivesse a fazer pior que os outros - na meia-hora inicial da partida, todos pareciam uns pernas de pau -, mas Carlos Eduardo tem características para jogar naquela posição que Lucho não tem e portanto, mostrou que pode ser uma boa solução e uma boa alternativa ao capitão. Mostrou também que juízos de valor sobre jogadores, só devem ser feitos após eles terem o tempo suficiente para mostrar serviço.

Paulo Fonseca no final do jogo disse que ainda está a aprender. Espero que este jogo tenha sido uma boa lição. Espero também que seja para valer, o facto da equipa a ganhar por apenas um golo, ao contrário de outros jogos, não ter fechado a loja, pensado que já estava ganho e ter ido à procura do golo da tranquilidade.

As vitórias dão confiança, moral, afastam crises, mas a forma como a equipa esteve na segunda-parte, não pode ser apenas um fogacho, tem de ter continuidade nos próximos jogos. Espero que a partir de agora seja definitivamente para valer, não haja retrocesso, não tenhamos de concluir que a equipa só reage sob pressão máxima. Quero que se confirme nos jogos que vêm aí, que a "morte" do F.C.Porto era manifestamente exagerada.

O cartão amarelo a Mangala e que o impede de jogar em Vila do Conde, é uma aberração baptista.

Se na primeira-parte, ninguém se aproveitou, na segunda, com excepção de um Licá que precisa de uma injecção de confiança que lhe tire os picos das botas, todos estiveram muito bem.

As claques prometeram apoio e apoiaram sempre, mesmo nos piores períodos da primeira-parte.

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