Seria um absurdo, um acto de grande injustiça, exigir que Luís Castro - só treina a equipa há um mês e não tem tido quase tempo para treinar. Praticamente é só jogar e recuperar... -, faça milagres e transforme uma equipa que não foi e não está preparada para gerir jogos, agora, por um toque de mágica, aprenda num mês aquilo que devia ter aprendido em vários. Mas aquilo que se viu na segunda-parte de ontem não é gerir. Porque gerir é controlar e nós não controlamos, permitimos que a Académica arrebitasse, estivesse por cima durante grande parte dos segundos 45 minutos. Também porque a melhor forma de gerir é, com bola, utilizar processos simples, ter as linhas e os apoios próximos, mantendo a posse e circulando, reagindo à perda de bola com organização e coesão, os espaços bem ocupados. Não é complicando, forçando, driblando, andando com a bola, em vez de passar a bola. Espero sinceramente que aquilo que vimos ontem na segunda-parte seja apenas má gestão de uma equipa que não está preparada e não sabe gerir e não prenúncio de outra coisa pior... Sevilha esclarecerá. Porque, não tenhamos dúvidas, o jogo da próxima quinta-feira vai ser muito exigente e vai ser preciso um grande Porto, um Porto cheio, na plenitude de todas as suas faculdades.