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segunda-feira, 28 de abril de 2014


Nada disso, Mister!
Chega de bodes expiatórios, não pode ser um treinador que chega a meio da época e foi apresentado como interino, a assumir responsabilidades que não são suas, como não eram todas de Paulo Fonseca. O F.C.Porto tem um Líder, um Líder que nunca se escondeu, que sempre assumiu as suas responsabilidades, tenho a certeza, vai fazê-lo outra vez a propósito desta época. Sem revelar segredos de estado, nem tornar públicos os problemas que afectaram a família, leia-se F.C.Porto, Pinto da Costa que tem um histórico de sucesso e crédito para falhar, explicará as causas para uma temporada tão atípica. Mostrará a estratégia e o caminho para o futuro a curto prazo, de forma que a próxima época não tenha nada a ver com esta.
Gerir em tempos de vacas gordas é fácil, vou para lá eu. Gerir em tempos difíceis não é para todos, é só para alguns, é só para quem tem capacidade. Quem conhece a história do F.C.Porto sabe que já estivemos em situações complicadas, já anunciaram a nossa morte por várias vezes, mas e como se provou, o anúncio da nossa morte era manifestamente exagerado. Recuso a teoria do fim do ciclo ou da hegemonia, vem aí o caos, quando ainda nada sei sobre o que vai acontecer. O Presidente do F.C.Porto já mostrou ser capaz de dar a volta a textos de mais difícil resolução, já foi capaz de se levantar, depois de cair com estrondo. Os tempos passam, a idade pesa, a saúde já não é de ferro. Mas também ninguém exige o Pinto da Costa guerreiro dos primeiros tempos e em que era preciso um combate sem tréguas contra o poder instalado. Agora as coisas não estão para brincadeiras, temos de estar alerta, mas ainda não chegamos a esses tempos. Portanto, no momento em que está tudo definido, a época acabou, é a hora de clarificar, desde a comunicação até à política desportiva. O F.C.Porto tem de disparar, não pode atrofiar. É a hora de Pinto da Costa. O futuro não pode esperar. Mas se o futuro tiver de passar pelo regresso ao passado, ao espírito do antes quebrar que torcer, de luta e de combate para enfrentar tudo e todos, sem medo da opinião pública ou publicada e o Líder já não puder... então compete ao Líder, homem lúcido e inteligente, escolher alguém que possa...

Notas finais:
Nunca me sinto humilhado por ver o meu clube perder. Nunca sinto vergonha do meu clube. Custa-me muito, principalmente nas circunstâncias em que tem acontecido, mas se nunca me senti humilhado ou envergonhado, no passado de penúria e quando assistia ano após ano aos festejos deles, vou-me sentir agora só por esta temporada foi muito má? Não, nem pensar! Foi graças a esse portismo, portismo que sempre se manteve fiel em momentos muito difíceis, que foi possível depois chegar a patamares de sucesso que muitos, eu incluído, nunca se atreveram a sonhar.

Quando a questão do novo treinador do F.C.Porto vai estar na ordem do dia, eu deixo a minha opinião:
Quero um Ljubomir Obradovic no futebol portista!
Quero profissionalismo, trabalho, competência, rigor, exigência, LIDERANÇA, eterna insatisfação.
Quero um treinador que trate todos por igual, desde a vedeta que é vedeta, passando pela vedeta que se julga, mas não é vedeta, até ao mais novato.
Quero alguém que acabe com comportamentos de prima dona, com os narizes empinados, com as displicências sem consequências.
Quero um treinador que o jogo reflita o treino.
Quero alguém que aponte para o emblema e diga que não precisa de ser beijado, mas tem obrigatoriamente de ser dignificado.

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