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sábado, 10 de maio de 2014


Este último jogo foi o espelho do que foi a época do F.C.Porto. Algumas, poucas, virtudes e muitos defeitos. Um Porto que até começou bem e a prometer. Rápido com bola e sobre a bola, com largura, dinâmica e um irrequieto Ricardo em grande plano, o F.C.Porto colocou-se cedo em vantagem: iam decorridos apenas 4 minutos quando o ex-vimaranense, pau para toda a obra, o melhor em campo e um dos poucos com espírito Porto, adiantou o conjunto azul e branco no marcador, ele que pouco antes já tinha ameaçado. Com o conjunto de Luís Castro a ser superior e dominador e o Benfica a não sair de lá de trás, incapaz de incomodar Fabiano, esperava-se o dilatar do marcador pela equipa portista. Mas este  F.C.Porto não é de confiança, gosta de brincar com o fogo, dar brindes, entregar o ouro ao bandido. E foi assim, na única vez que o conjunto da Luz se chegou à frente, Reyes com o lance dominado, quis inventar, perdeu a bola junto à área, fez penalty e sem nada ter feito para chegar à igualdade, a equipa de Jesus empatou, sem merecer. 
Depois, o F.C.Porto voltou a ficar por cima, também através de um penalty que Jackson converteu, mas a partir daí os Dragões pouco ou mais nada de relevante fizeram. Então na segunda-parte, o Benfica mesmo remendado, mostrou ter processos bem definidos, melhor conjunto, podia ter empatado em mais uma caixa defensiva da defesa portista - desta vez repartida entre Fabiano e Maicon que a barra salvou. Até final, tirando um remate perigoso de Quintero, o F.C.Porto pouco mais fez, enquanto a equipa visitante, sem ter uma grande oportunidade, teve algumas jogadas junto à área que causaram algum calafrio. Assim, entre o melhor Porto dos 45 minutos iniciais e o melhor Benfica após o intervalo, talvez, tudo somado, a vantagem mínima portista se justifique, mas se fosse um empate não seria uma grande injustiça.

Notas finais:
Este jogo teve um factor positivo: foi o espelho da época, mostrou ao novo Mister as poucas virtudes e muitos defeitos deste F.C.Porto tristonho, desinspirado, sem alma, sem raça e com pouca qualidade, versão 2013/2014. Foi mais um bom jogo para Lopetegui ver o muito trabalho que vai ter pela frente a partir de Julho. Desde um guarda-redes com dificuldades em jogar com os pés e ainda não perdeu os tiques de guarda-redes de equipa pequena e por isso demora imenso tempo a colocar a bola em jogo e muitas vezes dá chutos para a frente, em vez de dar a bola com a mão e com a agravante da bola quase nunca ter a direcção certa. Até a jogadores que perdem gás muito rapidamente. Passando pela definição, clara e sem discussão, de quem é quem, na altura de marcar os lances de bola parada. Acabando nas brincadeirinhas e desconcentrações que não se admitem nem a iniciados. Despedimo-nos com uma vitória, sempre é melhor que com um empate ou derrota, mas sinceramente... não soube a nada.
Mikel fez a estreia a titular na equipa A e não brilhando a grande altura, seria pedir demais, fez um jogo bem interressante, está muito mais jogador.

Fechou o pano sobre uma época para lembrar e não repetir tão cedo.

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