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domingo, 28 de setembro de 2014


O Presidente Pinto da Costa deu uma entrevista ao Porto Canal na pessoa do seu director geral, Júlio Magalhães. Será abusivo concluir que isso significa que está satisfeito com o rumo que o canal gerido pelo F.C.Porto, lhe agrada? Acho que não. Eu não gosto, mas como eu não sou o Líder do clube...
Da entrevista, extra futebol, digamos assim, não sabia que Rui Moreira tinha deixado de ser colunista do JN e passado a ser do Correio da Manhã. Nem que o actual presidente da Câmara, por causa do cargo que exerce, tinha deixado de ser portista e passado a ser apenas portuense. Lindo! Mas não surpreendente para mim.
Sobre o BES tratar Benfica e Sporting de maneira diferente em relação ao F.C.Porto, também não é novidade, já aqui tinha dito o mesmo.
Sobre o futebol propriamente dito, criticou as arbitragens e as nomeações, fez o paralelismo com a época passada dizendo que em 2013/2014 fomos martelados na 5ª jornada, nesta época fomos na 4ª. Foi demasiado soft. Devia ter ido mais longe, apontar o dedo ao responsável pela arbitragem e perguntar a Vítor Pereira: porque razão quando uns são prejudicados ele se sente na obrigação de vir dar explicações públicas e não faz o mesmo quando, como foi o caso, o flagrantemente prejudicado é o F.C.Porto?
Sobre a questão dos fundos, também uma questão já debatida, a explicação confirma a teoria que a UEFA e a FIFA querem um futebol para ricos, estão a tentar criar condições para que no futuro a curto prazo, ainda seja mais difícil que alguém fora de cerca de uma dezena de clubes - Manchester City e United, Chelsea, Arsenal e Liverpool, Real e Barça, Bayern, PSG e Juventus - possa ganhar a Champions. 
Não creio que a União Europeia embarque neste desejo de Blatter e Platini. Não estranhei que o F.C.Porto seja um alvo apetecível para alguns magnatas de dinheiro fácil, fiquei tranquilo que o Presidente tenha dito que com ele o F.C.Porto será sempre dos sócios, está a criar condições para que no futuro isso fique salvaguardado - na AG da próxima quinta-feira tudo será esclarecido. E porque é assim, não vale a pena estar a traçar cenários sobre o pós-Pinto da Costa. Na altura os sócios do F.C.Porto tomarão posição e decidirão.

Finalmente sobre treinadores. Vítor Pereira é um excelente treinador, pegou na equipa em circunstâncias muito complicadas - abandono prematuro do que apregoava à boca cheia que estava na cadeira de sonho, mas era só conversa -, fez um excelente trabalho, em duas temporadas no campeonato só teve uma derrota e sabe Deus como!, foi bicampeão, mas é a mais pura das verdades, sempre foi olhado como um adjunto, nunca foi um bem-amado. Se juntarmos a isso um discurso pouco escorreito e que não era assertivo e afirmativo, mais as exibições pouco famosas e a incapacidade para liderar - F.C.Porto teve de fazer algumas dispensas de jogadores de qualidade, Guarín, Belluschi, mais tarde Alvaro Pereira e até Rolando -, está explicado o porquê de Vítor Pereira não ter continuado. Se Vítor Pereira não tinha carisma, Paulo Fonseca, manifestamente, não estava preparado para o grande desafio de treinar um clube tão exigente e desgastante, como o F.C.Porto. Não aguentou a pressão, esteve sempre em pânico, só queria sair. Veio Lopetegui. Tem discurso, tem carisma, é líder, sabe o que quer. Mas no futebol em geral e no F.C.Porto em particular, os resultados e também a qualidade de jogo, são importantíssimos, Sem sucesso desportivo, tudo o resto não conta muito.
Acho que fez bem não passar cartão ao novo Vale e Azevedo, acho que devia colocar nome a alguns bois que tão mal tratam o F.C.Porto.

O discurso do Bruno.
- Meus amigos, sportinguistas, temos todas as razões para estar em festa, eufóricos, orgulhosos. O nosso querido clube conseguiu na sexta-feira um feito notável, extraordinário, digno dos maiores encômios: empatamos com o grande F.C.Porto em Alvalade.
- Bruno! Bruno! Bruno!
- Obrigado, meus amigos. Eles pensavam que nós somos o Bate Borisov, que iam ser favas contadas, dar seis, mas enganaram-se, nós não somos o BATE coisíssima nenhuma! E mais, são uns chorões, ao contrário de nós que nunca nos queixamos nem choramos
- É verdade! É verdade!
 - Leões, com esse empate que quase fez estourar o nosso ego, não só conseguimos um ponto precioso, como evitamos que o jantar de aniversário do Eduardo ficasse estragado.
- Bettencourt! Bettencourt! Bettencourt!
- Calma, silêncio, silêncio, não é esse Eduardo.
- Então qual é, ó Bruno? O que partiu a perna ao Jordão?
- Não, também não é esse. Inacreditável... Deixo-vos pistas: petinga.
- Petinga?!
- Arroz de feijão.
- Arroz de feijão?!
- Charuto.
- Charuto?!
- Cutty Sark.
Ah, devias ter começado por aí... Barroso! Barroso! Doutor! Doutor!
- Não é esse Eduardo. É o filho do Doutor, que também se chama Eduardo.
- Mas, ó Bruno, esse não fuma, nem bebe.
- Ai fuma, fuma, ai bebe, bebe. Meus amigos, somos ou não somos leões?
- Somos!!!
- E os leões degeneram?
- Não! Bruno, dá-me dois pelos da tua barba! Bruno, faz-me um filho! Seria inédito, registávamos a patente e ficávamos cheios de pasta. Ó Bruno, mas estamos a 6 pontos do primeiro lugar, já não dependemos apenas de nós para chegar ao título, que não ganhamos há 12 anos!
- Quem é esse infiltrado, esse herege, apanhem esse infiel que se atreve a colocar em causa um feito heróico.
Forca, forca! 100 chicotadas. 200! 1000! Cortem-lhe a língua. Bruno! Bruno! Bruno!
 
A importância de se chamar Jesus.
Disse o bronco que treina o Benfica: Lopetegui chora muito. Ora, chorar é aquilo que nos últimos tempos nunca faz Jesus. Pudera, com aquilo que temos visto... de facto não tem nenhum motivo para chorar. Mas Jesus já chorou e muito. Chorou quando treinava o Braga e foi esbulhado na Luz, mas não chorou, fez coisa bem pior, insultou, colocou em causa a idoneidade e seriedade de um árbitro auxiliar que errou contra os seus interesses num célebre Benfica-Porto. Também entra em campo, agride polícias, jogadores adversários, falta ao respeito a companheiros de profissão, acha piada e ri-se muito, quando vê um seu jogador a dar uma peitada que derruba um árbitro ou, num exemplo de grande fair-play manda um seu guarda-redes atirar-se para o chão com objectivo de queimar tempo. Lopetegui não tem um currículo tão "rico", tem tido o cuidado de não ir por aí, tem tido um discurso equilibrado, fala e muito bem, quando deve falar e os factos a que se refere são objectivos. O bronco se tivesse um bocadinho de vergonha na cara e um bocadinho de memória, mantinha-se calmo e calado, mas como as coisas lhe estão a correr bem e todos lhe acham piada, é vê-lo cheio de tesão e de arrogância. Só que isto ainda não acabou...

Quando há cerca de 10 anos, José Mourinho - que deve muito ao F.C.Porto e não vale a pena escalpelizar as razões dos problemas que teve e que o fizeram sair pela porta de trás, quando devia ter saído pela da frente. O que lá vai lá vai e o Special One não ficava nada bem na fotografia...-, tratou de forma... vamos chamar-lhe infeliz, a Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto, comparando-a de forma depreciativa a Palermo, cidade italiana, lamentavelmente conotada com a Máfia, a escumalha delirou, bateu palmas, gritou, grande Mourinho. Mas se o actual treinador do Chelsea, sentindo-se picado, ataca Jesus, dizendo que o treinador do clube do regime pontapeia a gramática como uma bola de futebol, aí os mesmos atiram-se a Mourinho, revelando bem o tipo de massa que são feitos.

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