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segunda-feira, 13 de outubro de 2014


O treinador português que chama antenas à capital da Grécia, deu uma entrevista ao rascord. Tirando a parte que fala de Julen Lopetegui e que já mereceu uma nota no post anterior - um tipo de carácter mais que duvidoso, colocar em causa o carácter dos outros é o fim da picada. Não, de certeza não veremos o treinador do F.C.Porto entrar em campo, agredir polícias, jogadores adversários, o árbitro errou de propósito, etc. Se isso é que é ter carácter, estamos conversados... -, fez outra afirmação que me deixou completamente banzado e que foi a seguinte: nunca estariam tantos benfiquistas no Marquês em caso de vitória na Champions League como estão pelas vitórias no campeonato. Ora, essa afirmação, vinda de quem treina o Benfica há mais de 6 anos, é sintomática, demonstra a diferença de exigência entre portistas e benfiquistas. Não creio correr qualquer risco de errar se disser que agora e à pergunta: entre título nacional ou vitória na Champions, qual mereceria maior festa?, os portistas, de forma esmagadora, responderiam que a opção seria pela festa da vitória na prova de clubes mais importante da UEFA. E por uma razão muito simples: conquistar uma Liga dos Campeões - se já em 2003/2004 foi histórico, o maior feito colectivo do desporto português de sempre -, no actual contexto da prova e de mais clubes com um potencial económico e financeiro muitas vezes superior ao dos clubes portugueses, conseguir um sucesso desses, mesmo para o F.C.Porto que não está há seis décadas à espera de vencer uma prova europeia, teria um impacto muitíssimo superior, haveria muito mais razões para festejar que um título de campeão - e nem se trata do que isso significaria em termos europeus e mundias... A ideia que a Champions é impossível e portanto tem de se colocar todo o enfoque no campeonato, não colhe. Quem joga ao mais alto nível sabe distinguir bem as coisas, não vai nessas tangas de psicologia motivacional de pacotilha.

Nota final:
Recuperar o título é o principal objectivo da época. Mas se por um lado temos consciência das dificuldades, sabemos que não somos favoritos, ninguém dá muito por nós na Champions e a única responsabilidade é chegar aos oitavos-de-final, com os pés no chão e sem dramatizar se algo correr mal, não vamos perder a ilusão, nem a capacidade de sonhar. Até porque o sonho comanda a vida e sempre que o homem sonha... E nós que queremos ser protagonistas em todas as provas, sabemos bem que se tivessemos pensamentos pequeninos, nunca teríamos chegado onde já chegamos... várias vezes, note-se..

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