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sábado, 18 de abril de 2015


Para este jogo o objectivo era poupar, ganhar e ninguém se lesionar. Se à vitória fosse possível juntar uma boa joga, óptimo, mas se a exibições não fosse das melhores, paciência, todos os portistas perceberiam as razões e não reclamariam - a esmagadora maioria dos Dragões sabe quando deve ou não deve ser exigente. E depois de se ver a revolução, a rotatividade levada ao extremo, que Julen Lopetegui levou a efeito - dos que entraram de início frente ao Bayern apenas jogaram Fabiano e Alex Sandro, mas este último uma grande parte do jogo a central...-, então é ninguém pensou em mais nada, apenas na conquista dos três pontos, nem que fosse na amarra. Conseguimos e a exibição não sendo famosa, foi simpática, a vitória é justíssima, mas o resultado é curto. A revolução azul levada a cabo na tarde de hoje merecia pelo menos mais dois ou três golos - não faltaram ocasiões para isso, algumas flagrantíssimas. Com esta vitória a desvantagem para o primeiro lugar mantém-se, o desafio é difícil, mas continuamos a depender apenas de nós para atingir a liderança.

Quando digo que a exibição foi simpática, tenho no pensamento o conjunto de jogadores hoje utilizados - alguns já não jogavam há muito tempo e não sei se alguma vez jogaram juntos, logo não têm ritmo, nem rotinas; a primeira-parte onde o F.C.Porto dominou totalmente, marcou um golo, devia ter marcado mais; a Académica, tirando uma abébia de Alex Sandro que podia ter custado caro, não criou qualquer problema, foi inofensiva. Mesmo com alguns jogadores abaixo do que se pedia, Aboubakar e Quintero, em particular; mesmo sem as dinâmicas e os automatismos que este onze não podia ter; mesmo com algumas cautelas para não correr riscos; os azuis e brancos estiveram sempre por cima, conseguiram algumas boas jogadas, criaram oportunidades, fizeram o suficiente para chegar ao descanso com um resultado mais tranquilo. E atendendo às circunstâncias referidas... marcar o segundo seria muito importante.

A perder pela diferença mínima, a Académica na segunda-parte melhorou, arriscou, apareceu mais na frente, ganhou alguns cantos e livres, mas salvo numa situação em que a defesa não foi lesta a despachar, nunca Fabiano esteve em perigo. Com o jogo mais repartido e a vencer apenas por um golo,  o treinador do F.C.Porto mexeu, tirou um inoperante Quintero, meteu Marcano, passado poucos minutos lançou Óliver para o lugar de um Campaña claramente a perder gás. Com as alterações a organização e qualidade melhorou, a equipa  soltou-se mais, Hernâni e a dupla José Angel e Alex conseguiram alguns belos cruzamentos, mas não era dia de Aboubakar - o ponta-de-lança camaronês nunca estava no sítio certo para finalizar. Lopetegui ainda tentou com Jackson, com colombiano as coisas melhoraram, mas nem com Cha Cha Cha, a bola entrou - uma vez porque o guarda-redes da equipa da Coimbra fez uma extraordinária defesa com o pé, outra com Jackson a falhar incrivelmente. Às vezes quem não marca sofre, paga caro e hoje seria caríssimo: significaria o fim das aspirações na luta pelo título. Não aconteceu e tudo está bem quando acaba bem. Não era dia para pensar em mais nada, era preciso apenas ganhar, ganhámos, objectivo cumprido, os Dragões estão aí.

Uma palavra para Diego Reyes:
- Ok, Diego, tens jogado pouco e isso serve de atenuante, falta-te ritmo, rotina, confiança. Mas um central do F.C.Porto há uma coisa que nunca pode perder: concentração.

 Agora é tempo para descansar, amanhã começar a pensar no Bayern.
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