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domingo, 10 de maio de 2015


O F.C.Porto tinha alguns objectivos a cumprir no jogo de hoje: primeiro e como prioridade, ganhar, porque a vitória adiava aquilo que nesta altura parece inevitável - a conquista do bicampeonato por parte do Benfica - e em simultâneo garantia matematicamente a conquista do segundo lugar e a entrada directa na fase de grupos da Champions League - depois do empate do Sporting no Estoril, para esse efeito até a igualdade chegava; e se a essa prioridade fosse possível juntar outra, ajudar Jackson na luta pela conquista do primeiro lugar na lista dos melhores marcadores, óptimo, seria ouro sobre azul - se quisermos, ainda havia outra, uma exibição de qualidade e que enchesse as medidas aos adeptos que foram ao Dragão. Pode concluir-se que os principais objectivos foram conseguidos, apenas a exibição não foi de molde a deixar os adeptos totalmente satisfeitos. Houve momentos interessantes, boas combinações, boas jogadas de envolvimento, lances que deviam acabar em golo e um golo lindo, o segundo de Jackson, mas também houve momentos de apatia, pouco interessantes, junto a uma tendência para complicar em vez de simplificar que tem acontecido várias vezes neste Porto versão 2014/2015.

Na primeira-parte e frente a uma equipa do Gil Vicente apenas preocupada em defender com todos, o F.C.Porto entrou bem, chegou cedo à vantagem, iam decorridos12 minutos, por Jackson - bola metida no capitão que dentro da área foi derrubado, penalty bem assinalado. Quaresma chamado a converter, permitiu a defesa de Adriano, mas recuperou  a bola, cruzou bem e Cha Cha Cha de cabeça abriu a contagem.
Conseguido o mais difícil, esperava-se que o conjunto de Lopetegui, motivado pelo golo, fosse com tudo para cima do Gil, mas isso não aconteceu. Porque a equipa de Barcelos, mesmo a perder nunca saiu de trás; porque os portistas jogaram sempre a um ritmo baixo, com pouca dinâmica e pouca contundência; junto com algumas opções erradas de Quaresma e Brahimi que em bom posição para finalizar, foram à procura de Jackson; mais duas ou três belas intervenções do guarda-redes gilista; o que é facto é que o intervalo chegou com o F.C.Porto em vantagem pela diferença mínima, pouco para a superioridade exercida, mas que castigava alguma apatia e deixa andar, por parte dos pupilos de Lopetegui.

Entrando para a segunda-parte com a mesma equipa que tinha terminado a primeira, o treinador portista que tinha colocado a aquecer ao intervalo vários jogadores, vendo que Casemiro, já com amarelo, estava condicionado e Herrera desconcentrado, cedo mexeu, fez entrar Rúben Neves e Evandro, com essas entradas a equipa melhorou. Sem nunca chegar ao brilhantismo, às vezes lá surgiam os períodos em que se facilitava e complicava, é verdade que ritmo aumentou, algumas bonitas jogadas de envolvimento surgiram, houve mais gente no ataque, apareceram boas oportunidades, mas faltou eficácia e num ou outro lance, uma pontinha de sorte, para que o 2-0 não aparecesse mais cedo. Viria a acontecer já nos últimos 5 minutos e com ele a certeza de uma vitória justíssima, mas escassa.

Resumindo e concluindo, uma exibição que foi alternando entre o bom e o menos bom, com fases em que mais pareciam próprias de um treino que de um jogo a sério, mas os objectivos foram cumpridos. Na próxima jornada pode haver campeão, mas se acontecer que seja porque o clube do regime e do colinho, venceu o seu jogo e não porque o F.C.Porto não fez o seu dever de ganhar em Belém.
Jackson fez dois golos, podia ter feito mais, não fez, também porque o segundo golo chegou tarde. Se tem chegado mais cedo, quem sabe a equipa de Mota tinha arriscado mais, dava mais espaço, facilitava vida ao capitão do F.C.Porto e melhor jogador do campeonato. Só não há unanimidade nesta matéria porque Jackson é do F.C.Porto. Basta ver como os rafeiros do costume torcem para Jonas ou Lima ganhem a Bola de Prata...

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