sábado, 29 de agosto de 2015
Que fique claro: o F.C.Porto jogou pouco, tem de jogar muito mais, mas hoje, mesmo jogando pouco, só não ganhou por quatro porque Duarte Gomes é fraco, muito mau árbitro, sabe Deus como chegou a internacional. Também que fique claro: mesmo jogando pouco e tendo de jogar muito mais, a vitória do F.C.Porto até pode ser por números injustos, a diferença mínima talvez se justificasse, mas é limpinha, cristalina, não teve nada a ensombrá-la. Adiante.
O F.C.Porto em 4x2x3x1, Casillas, Maxi, Maicon, Marcano e Martins Indi, Danilo e Imbula, Varela, Brahimi e Tello, Aboubakar, teve uma entrada forte, boa dinâmica, algumas jogadas com princípio meio e fim, um golo, ameaças de outros, prometeram muito os primeiros 15 minutos do F.C.Porto. Parecia que estava encontrada a fórmula, Brahimi no meio e atrás do ponta-de-lança, até se movimentava bem, criava desequilíbrios, assistiu para o golo de Aboubakar. Mas depois desse período em que a equipa funcionou, lá se foram as promessas. O ritmo abrandou, a dinâmica foi-se, a organização e a inspiração também, os equilíbrios desapareceram, os espaços a meio-campo começaram a ser muitos, principalmente entre os dois médios mais recuados e o internacional argelino, o Estoril cresceu, chegou-se à frente, nunca esteve perto do golo, mas delineava boas jogadas, estava melhor que o F.C.Porto. Vendo que tinha de tapar o buraco, Lopetegui sacrificou um Varela desastrado, meteu André André, Tello passou para direita, Brahimi para a esquerda, foi um regresso ao 4X3X3. Faltavam 5 minutos para o intervalo, não se notaram melhorias e as equipas foram para a cabines com os Dragões em vantagem, mas se os da Linha - juro que não é provocação...- tivessem empatado ninguém podia dizer que era injusto.
Se os 30 minutos finais da primeira-parte foram maus, os primeiros 10 da segunda, foram horríveis. Nunca tivemos bola, raramente conseguimos sair, erramos constantemente passes, o Estoril era superior, merecia ter chegado ao empate. Não chegou porque o F.C.Porto tem um guarda-redes que dá pontos. Vendo que as coisas não podiam continuar assim, o treinador portista voltou a mexer, tirou um Imbula em baixo, meteu Herrera. Com o mexicano, mesmo sem grande brilhantismo, tendo até uma ou outra displicência, a equipa compôs-se, ficou mais unida e mais organizada, os canarinhos deixaram de ameaçar, os azuis e brancos voltaram a ficar melhor. Quando Maicon, na cobrança exemplar de um livre, fez o segundo golo, já o F.C.Porto estava melhor, era superior. Daí até ao fim, sem se exibir a grande altura, raramente encontrando as melhores soluções no último terço do campo, os Dragões podiam e deviam ter feito mais dois golos. Não justificavam tal vantagem, mas se Duarte Gomes e os seus auxiliares, não estivessem numa noite desastrada, um penalty devia ter sido assinalado e um golo limpo validado.
Concluindo: valeram os três pontos, mas é preciso jogar melhor para que a confiança e a tranquilidade regressem. Aproveitemos estes últimos dias de marcado para arrumar a casa e a paragem para os compromissos das selecções, para dar condição física a alguns jogadores que bem precisam, afinar a máquina para que as núvens se afastem do Dragão e os portistas deixem de andar preocupados e pessimistas.
Maxi,que está levar no F.C.Porto os cartões que lhe pouparam no Benfica, voltou a ser grande e já conquistou a esmagadora maioria dos portistas. Brahimi seguiu-lhe as pisadas, foi dos poucos que tentou levar a água ao moinho. Muito bem André André a soltar-se e a aparecer junto à área e a Casillas que no período difícil disse presente. Aboubakar generoso, Osvaldo tentou e chegou a mostrar serviço, Tello continua capaz do melhor e do pior. Maicon melhor que Marcano, o espanhol errou muitos passes, Indi cumpriu, pode ser uma boa alternativa à esquerda para certos jogos. Não gostei de Danilo, tem de ser mais rápido a pensar e a executar, sair sem medo, passar melhor. Herrera ajudou a equipa melhorar, Imbula está mal, arrisca pouco, quando arrisca erra... será condição física? Varela esteve ausente...