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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016


Com a eliminação da Liga Europa e a perto de três meses do final da época, o F.C.Porto, depois do jogo de Belém, vai passar a jogar apenas de semana a semana - a excepção é jogo para a segunda-mão das meias-finais da Taça de Portugal, frente ao Gil Vicente, jogo a disputar na próxima quarta-feira e que é uma mera formalidade, serve apenas para carimbar o passaporte para o Jamor, tal é a vantagem dos Dragões: 3-0. Nessa situação quase ideal, só não é ideal porque não temos qualquer margem de manobra - mas até isso serve para ver quem tem ou não, estofo para um clube desta exigência e dimensão - e não podemos falhar, vai haver mais tempo para descansar, trabalhar, para se ver quem é quem. Se chegaremos a Maio com uma equipa mais consistente, mais organizada, mais equilibrada, uma equipa colectivamente forte, onde as individualidades possam encaixar e desabrochar, uma equipa com um futebol mais perto daquilo que se exige a uma equipa do F.C.Porto. Ver se lá chegaremos com algum título conquistado e acabaremos com a moral em alta, fundamental para que possamos iniciar a de 2016/2017 optimistas.Só nessa altura será feito o balanço, se poderão tirar conclusões definitivas, embora no futebol às vezes e temos muito exemplos desses, o que é verdade hoje é mentira amanhã. Tudo, porque neste momento, com algumas, poucas, excepções, todos parecem maus, resta saber se são mesmo maus ou vítimas da conjuntura que não ajuda ninguém, pior para quem chega de novo - no final da época estaremos em melhor posição para responder, não sobre alguns que já conhecemos bem, mas sobre aqueles que chegaram há pouco tempo ao F.C.Porto.

Também porque e já aqui referi, mesmo sem grande fulgor e brilhantismo, houve um Porto até e um Porto depois do traumatizante jogo no Dragão frente ao Dínamo de Kiev. Após esse jogo de muito má memória, tudo descambou, faltou Porto dentro do campo e fora dele. Não é normal no F.C.Porto, que uma derrota, por mais dolorosa que ela seja, tenha tantas e tão graves consequências na temporada dos azuis e brancos, como teve a derrota frente aos ucranianos. Silêncios, omissões, reacções pífias, acções a reboque dos acontecimentos e não antecipando e prevenindo acontecimentos, incoerências a toda a hora, têm sido o prato do dia e quando é assim, não há milagres, paga-se um preço alto. E aqui chegados, estamos numa situação difícil, mas não é uma situação nova. Já passamos por isto antes e tal como agora já havia quem não augurasse grande futuro para o F.C.Porto. Na altura demos a volta por cima e de forma brilhante, quero acreditar que podemos voltar a dar. Mas para isso, compete aos profissionais que dirigem o clube e a SAD e que se preparam para continuar por mais quatro anos, encontrar a estratégia correcta para sairmos disto, mobilizando o portismo e indicando o caminho, de forma que se se confirmarem estes três passos atrás - o título ainda não está perdido - se possam transformar no futuro, a curto prazo, em muitos mais à frente. Não podemos voltar a ter hesitações, como já tivemos em vários momentos do passado e que nos saíram caro. Seja no que toca a treinador, seja em relação aos jogadores. Temos de voltar a ser Porto, um Porto temido e respeitado, dentro e fora do campo e onde aqueles, como aconteceu ontem na transmissão da SIC, pensem duas vezes, antes de gozarem connosco. Um Porto que tenha sempre em primeiro lugar e por objectivo principal a conquista do título, mas um Porto que nas provas europeias seja capaz de arrebitar cabelo, dar uma imagem diferente, à altura dos seus pergaminhos que tanto custaram a conquistar.

No jogo de ontem, é verdade que a eliminatória estava muito inclinada para os alemães - repito, são melhores a todos os níveis e não são estes jogos que me tiram do sério, esses são frente aos Aroucas desta vida...-, mas não havia necessidade de árbitro a inclinar ainda mais. Mark Clattenburg validando um golo num fora-de-jogo escandaloso e com um critério disciplinar vergonhoso - aquela entrada bárbara sobre Danilo, é um vermelho e de três jogos de castigo, nunca pode passar apenas com amarelo -, esteve do lado do mais forte, contra o mais fraco. Também nesta matéria há uma Europa duas velocidades.

O Benfica está de luto. Vítor Pereira abandona a arbitragem.
Já acompanho de perto o futebol o português há décadas, não me lembro de ver um clube fazer uma defesa tão acérrima, tão constante, de um presidente do Conselho de Arbitragem como o clube do regime faz de Vítor Pereira. Seja através da sua máquina de propaganda ou através dos seus cachorrinhos amestrados, desde os mais pequeninos, tipo chouriços, até aqueles muito avantajados, é Deus no Céu e Vítor Pereira na Terra. Quem os ouve e quem os lê, fica com uma certeza: para além do actual líder da arbitragem, não há mais ninguém que reúna as condições necessárias para dirigir um sector tão importante para o futebol, como é a arbitragem. Pudera! E com Vítor Pereira de saída, preparem-se, depois do luto, vai ser uma choradeira e uma gritaria constante.

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