Assumimos as nossas culpas, mas não nos calamos perante uma arbitragem miserável e com influência no resultado
segunda-feira, 29 de agosto de 2016
1 - Que ontem esperava mais do F.C.Porto, esperava e que na segunda-parte faltou capacidade física e mental para reagir, faltou. Mas isso é agora e depois de Roma, porque há semanas atrás muito poucos imaginariam este Porto. Foi a equipa, junto com o treinador, que elevou as expectativas, nos fez acreditar que era possível vencer em Alvalade, mesmo tendo a consciência das dificuldades que tínhamos pela frente - uma coisa é manter o mesmo treinador, quase todos os mesmos jogadores, a mesma estrutura, modelo, sistema, processos com um ano de trabalho, já consistentes e consolidados, outra é entrar um treinador novo, jogadores novos e tudo o que temos visto num início de época atípico e nada consentâneo com os pergaminhos do F.C.Porto. Apesar de tudo, se o jogo de ontem tivesse tido um árbitro preparado para as dificuldades do jogo, com critérios técnicos e disciplinares equilibrados e não um internacional de aviário, um ovo choco da arbitragem portuguesa, outro galo teria cantado no final da tarde de ontem em Alvalade. Vencido, mas não convencido, é como me sinto.
2 - Também estou de acordo que o treinador cometeu erros, o maior dos quais a entrada do Óliver com apenas dois treinos. Não ganhou nada com a entrada do espanhol e também perdeu quando deixou Sérgio Oliveira, Evandro e João Carlos Teixeira de fora. Como terão ficado os três jogadores, mais Rúben Neves, ao verem alguém que chega e logo é opção?
3 - Agora, temos de esperar que o mercado feche, resolver todos os processos em aberto, formar o plantel que caminhará até Janeiro, pelo menos, e aproveitar esta pausa para assentar, rectificar, melhorar, continuar a trabalhar de modo que no futuro o F.C.Porto se torne uma equipa mais forte e mais sólida, já que atitude, vontade e carácter parece não faltar.
4 - Mas para isso a rectuaguarda tem de mudar comportamentos, tem de ser mais interventiva, pró-activa. E fica o recado:
- Senhor presidente, senhor Manuel Tavares, isto não é SER PORTO! e a culpa não é de quem fez a crónica. A culpa é desta linha editorial inócua, desta comunicação com vários castelos, deste Porto silencioso e cheio de desportivismo que leva a bofetada e dá a outra face.
5 - Na lixeira da queimada, cuja capa de hoje é uma provocação ao F.C.Porto:
Nota positiva para Tiago Martins, árbitro do Sporting - F.C.Porto. Na semana passada, nota negativa para Manuel de Oliveira, árbitro do Benfica - Vitória F.C. Sintomático sobre a isenção e rigor daquela gente.

Mais, não há braço de Gelson no 1º golo. Como? Só pode ser piada!
O segundo golo foi o que gerou mais dúvidas, mas não há intenção de Bryan Ruiz. Como já temos a nossa conta de lances semelhantes nos penalizarem, vamos esperar para ver como agem os árbitros no futuro em jogos do F.C.Porto e como depois os analisam os comentadores.
Já sobre os critérios disciplinares, diz o Gomes: Apesar dos oito amarelos(bem exibidos), correu no entanto riscos ao utilizar um critério disciplinar largo. Percebe-se a estratégia, mas Adrian, Coates, Corona e sobretudo, Bruno César, terão sido beneficiados por essa opção. Como sou lerdo, penso e pergunto: dando de barato o esquecimento de William de Carvalho que devia ter levado e não apenas um amarelo, esses jogadores citados - note-se que até incluo Corona no mesmo lote, ele que não fez nada parecido com o que fizeram os jogadores leoninos -, se o árbitro tivesse feito cumprir as leis de jogo, lhes mostrasse, como devia, na altura devida o primeiro cartão, não deviam ter ido para a rua? Critério largo deste ovo choco da arbitragem? Mas os critérios deste verdadeiro artista, são conforme dá jeito? Ontem dava jeito ao Sporting, critério largo, no Oriental - F.C.Porto B, critério restrito, o F.C.Porto B acabou com oito jogadores? Portanto, dizer que uma arbitragem destas não teve influência no resultado, é brincar com a nossa inteligência.

8 - São estas análises, distorcidas, tendenciosas, em muitos casos feitas por gente que só quer defender o seu lugar e sabe que tem de seguir a linha reinante, a quem agradar, que condicionam e pressionam os árbitros no sentido que temos visto. Atendendo ao que a casa dos viscondes gasta e ao que vimos no pós Benfica-Vitória F.C., nem quero imaginar o que aconteceria se o beneficiado tem sido o F.C.Porto, ontem, prejudicado o Sporting, noutro jogo qualquer o Benfica. Não imagino, mas que não seria bonito, não seria e disso tenho a certeza absoluta.