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sexta-feira, 21 de outubro de 2016


Porque isto só lá vai com muitas vitórias; porque as vitórias trazem confiança, tranquilidade e entusiasmo, motivam e mobilizam; é fundamental ganhar amanhã ao Arouca. Arouca que na época passada ganhou no Dragão, recorde-se, num jogo cheio de peripécias e cuja a mais relevante foi a cena teatral já apelidada de Maiconada. A equipa de Lito Vidigal não está a fazer um bom campeonato, no último fim-de-semana até foi eliminada da Taça de Portugal por um clube do terceiro escalão do futebol português, mas vem a casa do F.C.Porto tentar pontuar. Para isso, não estarei muito longe da realidade se disser que vai defender muito, jogar no erro e com o cronómetro, queimar tempo, agitar, perturbar. Foi assim que fizeram história em 2015/2016, penso que vão utilizar a mesma receita esta época. Espero que desta vez não sejamos surpreendidos, estejamos preparados para tudo, sejamos capazes de encontrar os antídotos necessários para contrariar a estratégia do clube da Serra da Freita e conquistar os três pontos.

Depois do modelo e sistema que tão bem resultou na Choupana, não ter resultado na Bélgica - não acho que tenha sido o modelo e o sistema, acho mais que foi a forma como entramos em jogo, sem concentração, pressão, intensidade e dinâmica, mas não sou o treinador...-, será que Nuno Espírito Santo(NES) vai manter-se fiel aquilo que parecia ser a fórmula ideal - obviamente, sempre com uma ou outra alteração em função dos adversários, local do jogo, condições do terreno... - ou vai abandonar a ideia e alterar? Se fosse eu, mantinha Casillas, Layún, Felipe, Marcano e Alex Telles, Danilo, Herrera, Óliver e Otávio, André Silva e Diogo Jota. Se as coisas não funcionassem, fosse preciso mudar, aí, por exemplo, sacava um dos médios, colocava e alargava com Corona - está um passo à frente de Brahimi. A versatilidade e sagacidade para perceber rapidamente o que o jogo pede e alterar, são fundamentais em quem treina equipas com alto nível de exigência. E mantinha porque estamos em finais de Outubro e sem que se possa dizer que se tem rodado muito - num plantel de 26 jogadores, Boly, Evandro, Sérgio Oliveira, João Carlos Teixeira, Varela, Adrián López, Depoitre e até Rúben Neves, que com José Sá e não colocando Chidozie nestas contas, são 10 jogadores raramente utilizados -, o futebol do F.C.Porto ainda é confuso, inconstante, as exibições são um carrossel de altos e baixos - não raras são as vezes que no mesmo jogo passamos de 80 para o 8 e vice-versa -, ora os jogadores nos parecem excelentes, para logo a seguir nos parecerem sem nível para jogar no F.C.Porto. É preciso estabilizar e não se estabiliza se nesta altura ainda se tiver dúvidas sobre aquilo que é melhor para a equipa. 
Como tese, não gosto de treinadores teimosos e casmurros, que só mudam quando batem contra o muro. Mas também não gosto de treinadores que à primeira contrariedade ou por pressões externas, abandonam facilmente as suas convicções.

Nota:
Sorteio da Taça de Portugal, 4ª eliminatória, Chaves - F.C.Porto. Ir a Chaves antes de uma ida a Copenhaga para um jogo que pode ser decisivo... não é fácil, para mais quando ainda havia lá tanta pera doce...

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