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terça-feira, 20 de dezembro de 2016


Há um desígnio nacional para cumprir: fazer com que o clube do regime consiga fazer história, ganhe um tetra, algo que não conseguiu mesmo no tempo da outra senhora, quando tinha, ao contrário do que acontece agora, grandes equipas e grandes jogadores. O campeonato está viciado, compurscado, sujo até dizer basta, mas o que faz a FPF? Nada. Fernando Gomes não quer estragar o estado de graça que até o fez ganhar o prémio Vítor Santos atribuído pelo panfleto da queimada - alguém acha que mesmo com os sucessos da sua gestão e a todos os níveis, se o presidente da FPF tomasse posição sobre estas bandalheiras semanais sempre em benefício do Benfica, o pasquim dirigido pelo freteiro com calo no cu como o macaco, Delgado, lhe atribuía o prémio?

O que faz a Liga? Nada. Proença fala na indústria e na marca, quer tornar a Liga NOS numa referência, mas pelos vistos ainda tem bem presente na memória a cabeçada que recebeu na boca. E assim, não tuge nem muge, faz-se de morto e a pouca vergonha está instalada. Mas como o prejudicado não é o clube dos seis milhões e como com esses é que é preciso ter cuidado - não vá voltarem, tal como fizeram no passado, a pegar fogo ao campeonato com ameaças de toda a ordem... -, Proença assobia para o lado.

O que faz o Conselho de Arbitragem? Nada. Não dá explicações, manda o chega rebos que preside à APAF, falar e o cavalheiro lá vem mais uma vez numa atitude corporativista com a conversa do costume, nunca sendo capaz de assumir erros grosseiros que só não tiveram influência no resultado porque o F.C.Porto conseguiu até lutar contra um destino mau que lhe tinham traçado no jogo de ontem.

O que faz a Associação Futebol do Porto, liderada por Lourenço Pinto, quando há árbitros seus filiados que têm arbitragens como a de ontem de Vasco Santos, em prejuízo do seu maior e mais prestigiado associado? Vai fazer o mesmo que fez no passado, isto é, nada.

O que fazem aqueles que no passado eram os ponta-de-lança do clube do regime e faziam capas como: O título do F.C.Porto é um tributo dos árbitros. Xistra decide o que já estava decidido: Benfica vai dar murro na mesa. Fora-de-jogo. Até tu, Pedro? Benquerença trava Benfica? Nada. São um bando de vendidos e cobardes, sem isenção, não importa como, desde que ganhe o clube do regime, este futebol é maravilhoso e recomenda-se. Obviamente, toda esta forma desonesta de analisar e destacar, causa danos, tem como consequência que enquanto quem prejudica o F.C.Porto não é arrasado, quem toca no clube da Luz é logo colocada em causa a sua seriedade.

Mas e como o último é o primeiro, muita culpa de um F.C.Porto silencioso, manso, cheio de desportivismo, reconvertido ao come e cala. Com essa estratégia e essa postura, perderam-nos o respeito, qualquer merdoso faz o que quer e lhe apetece, mesmo na nossa casa. Espero que alguns sinais positivos que se vão vendo, sejam para manter e ainda com mais veemência.

Duas notas finais:
Uma palavra para elogiar a equipa que depois de uma má primeira-parte, foi capaz de fazer uma segunda com alma, crença, um enorme coração, mostrando que a qualidade de jogo até pode não ter sido a melhor, mas a atitude e o carácter nunca faltaram. Bem-vindas as férias, a equipa está desgastada física e mentalmente. E um público que cumpriu a sua função, compareceu em muito bom número, 35.210 espectadores e nunca faltou no apoio, foi mais uma vitória em que o verdadeiro espírito do Dragão, equipa e adeptos, esteve bem presente. Se for possível manter no futuro estas virtudes... então, ao contrário de alguns prognósticos, a história deste campeonato ainda está longe de ter terminado.

Foi um excelente espectáculo de futebol, apesar do sofrimento valeu  a pena. Foi um jogo intenso, disputado, uma vitória justa do F.C.Porto, perante uma equipa organizada, equilibrada, boa de bola e que fez uma primeira-parte do melhor que tenho visto no Dragão. Na segunda, por mérito do F.C.Porto, foi obrigada a baixar o nível, mas nunca se rendeu, vendeu muito cara a derrota. E como é um Chaves recém-chegado à 1ª Liga e o treinador só chegou a Trás-os-Montes esta época, tire-se o chapéu a Jorge Simão.

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