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segunda-feira, 27 de março de 2017


Ora bem, situemo-nos:
No Europeu de França que teve lugar no ano passado e nos primeiros jogos de Portugal, havia muitos portugueses nas bancadas, mas não havia um apoio organizado, era tudo muito desgarrado, facilmente os adeptos dos adversários, mesmo estando em minoria, notavam-se mais. A selecção tremia, não ganhava, chegou a estar em risco o apuramento para a fase seguinte. A equipa tinha de melhorar, mas também era preciso organizar o apoio. Era fundamental que tantos portugueses nos estádios se fizessem sentir mais e melhor, essa vantagem se traduzisse num verdadeiro e entusiástico apoio à selecção das quinas. Para isso foi criada a claque de Portugal, liderada por Fernando Madureira (Macaco) dos Super-Dragões e que incluía outros líderes e membros de várias claques. O apoio melhorou substancialmente, foi importantíssimo na conquista do Euro, facto reconhecido ao mais alto nível, mas principalmente junto dos jogadores que sempre souberam valorizar esse apoio. Na final e em condições muito difíceis, mesmo em clara minoria, a claque de Portugal deu um verdadeiro show, fez-se notar e de que maneira, contribuiu bastante para o histórico sucesso da selecção comandada por Fernando Santos. Durante esse período alguém se manifestou contra a claque de Portugal, a sua composição e a sua liderança? Não, ninguém! A claque de Portugal extinguiu-se após o feito histórico no Euro 2016? Não. Nos jogos da fase de apuramento para o Mundial 2018, não houve claque de Portugal? Houve, sempre. Então porque carga de água não devia de haver no importantíssimo jogo frente à Hungria? Porque era na Luz e o Benfica/clube do regime, não queria? A ser verdade que a FPF agora se põe de fora, não queria claques na Luz e até diz que não há, nunca houve nem haverá claque de Portugal, é lamentável, confirma a minha teoria sobre a vassalagem e subserviência ao Benfica/Clube do regime. Mas e coloca-se um grande mas, então quem esteve na génese da criação da claque de Portugal durante o Euro 2016? E na sua presença nos jogos da fase de apuramento disputados até ao momento? Tudo nasceu de geração espontânea, da boa vontade do Macaco e de outros membros e líderes de claques?

E vamos aos cânticos.
Aproveitando tudo que aparece e que sirva os seus objectivos de pressionar, condicionar, agitar e incendiar o clássico do próximo sábado, o Benfica/clube do regime, mais aqueles que estão sempre prontos a baixar a cueca para o servir - o mais constante e paradigmático exemplo é o chiqueiro da queimada -, agora fazem de papel virgens ofendidas, vitimizam-se, ameaçam, tudo porque ficaram muito incomodados com os cânticos anti-Benfica da claque de Portugal. Mesmo sendo fora do estádio, vamos aceitar que não deviam ter acontecido. Mas sobre as provocações de quem estava à espera da chegada da claque para provocar, insultar, etc., nada? E o que aconteceu ao presidente da Assembleia Geral do Sporting, que se não fosse a polícia ter agido rápido e bem, podia ter sido agredido e com consequências graves, foi culpa de quem? Da claque de Portugal?
Como sou do tempo em que a instalação sonora do estádio da Luz, à entrada do F.C.Porto em campo, passava a música do bandoleiro dedicada a Pinto da Costa, estou à vontade para dizer que nisto dos cânticos, não há bons de um lado e maus do outro, todos têm culpas no cartório nesta matéria, não há anjos e demónios e basta olhar para a foto da esquerda para concluir que até estou a ser simpático, atendendo ao currículo que têm alguns membros dos No Name Boys
Portanto, como o medo que o clássico corra mal e o tão ambicionado tetra vá para ao galheiro, é muito e o ridículo não mata nem paga imposto... todo este chinfrim que Benfica/clube com a ajuda dos mesmos de sempre, uma comunicação social de cócoras, tem apenas o objectivo que está bem definido e não vale a pena tornar a repetir qual é.

O futebol português tem problemas, mas o maior de todos eles, é o Benfica/clube do regime. É a arrogância do mais maior, melhor grande clube do mundo, a mania de que somos "seis milhões", poderosos, portanto estamos acima de tudo e de todos, podemos fazer o que queremos, ai daqueles que não se curvem, não prestem vassalagem, não sejam subservientes. E o segundo problema passa pela exigência de uma comunicação social séria e não cheia de freteiros, recadeiros, gente sem carácter e vergonha na cara. Sim, porque agora como não há jornalismo, há comércio de papel e audiências para gerir e o medo está instalado, as consequências são a falta de isenção, rigor,  equilíbrio e  equidistância, agora para agradar à maioria, vale tudo, pisa-se a ética, manda-se às malvas a honestidade e a seriedade. É isto que se está a passar actualmente e passa-se sempre que os objectivos do Benfica/clube do regime são colocados em causa. E não é só no futebol... O melhor argumento para confirmar esta teoria, é aquilo a que temos assistido. Enquanto o desígnio da conquista do tetra parecia facto consumado, tudo corria na Santa Paz do Senhor, quando o desígnio ficou ameaçado é este espectáculo diário, ridículo e surreal.
Pela parte que me toca, recuso-me a vergar, fui habituado a resistir, sou apologista do lema, mais vale quebrar que torcer.

Porque nem todos têm acesso à minha página do facebook, fica o post que lá deixei ontem:
«Benfica pede reunião à FPF, Liga e também ao Governo, por causa desta foto.
Mas o que é isto? Lenda na Luz... só o Eusébio!»

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