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segunda-feira, 20 de março de 2017


Como digo sempre, nem oito nem oitenta. Se nunca estive eufórico, mesmo após o empate do clube do regime na Mata Real, agora não estou prostrado. É verdade que fiquei combalido, ainda não digeri totalmente, mas é preciso digerir, hoje já estou quase bem, amanhã estarei melhor.
É fundamental não deitar a perder tudo o que de bom foi conseguido, o balão não pode começar a esvaziar, é preciso manter esta onda, chama e entusiasmo, não perder a crença, alma, atitude e carácter que nos trouxe até aqui, acreditar convictamente que vamos à Luz ganhar, ser felizes em Maio, fazer uma festa como nunca se viu na Avenida dos Aliados.

A questão de saber quem tem ou não, estofo de campeão vai colocar-se com mais propriedade no jogo do dia dos enganos. Aí, no confronto directo, veremos quem lida melhor com a pressão - o empate em Paços de Ferreira mostrou um Benfica com dificuldades nessa matéria, o F.C.Porto também falhou muito na noite de ontem. Veremos quem sairá do jogo da Luz mais bem colocado para cumprir objectivos. Recorde-se que os Dragões já estiveram mortos para este campeonato, renasceram, estão na luta, apesar do inesperado contratempo, continuam a depender apenas de si para chegar ao título. Os outros, recorde-se, em Dezembro só lhes faltava colocar as faixas, porque o Marquês já estava reservado.

Entretanto, algumas perguntas que acho pertinentes e que não são apenas prognósticos no final do jogo - nem preciso de citar testemunhos acerca da minha reacção quando soube a equipa inicial -, são questões que entendo importantes, objectivas e construtivas. Para que este passo atrás signifique dois à frente no futuro próximo, isto é, a 1 de Abril.
Para quê mudar, quando a equipa tinha estabilizado com três médios, estava mais compacta, organizada, equilibrada, LIGADA, tinha conseguido uma série bonita de vitórias, aos triunfos, juntado boas exibições? Era preciso dar ritmo a Corona? OK, entrava na segunda-parte. Tinha de entrar de início? OK, Layún no lugar do castigado Maxi, outro médio no lugar de André André, Corona no ataque, André Silva no banco, como no Bessa. Podíamos ter ganho com este sistema e os dois médios? Claro que podíamos, tivemos ocasiões para isso, mas foi notório que a equipa perdeu consistência, muitas das virtudes anteriormente referidas. Ainda podia juntar que depois de um jogo muito exigente a meio da semana, do desgaste que desde cedo se notou em Danilo, ter apenas dois médios, é piorar a situação. Mais, com Corona sem ritmo e Brahimi cansado, para quê um sistema que os obrigava a maior desgaste?
Depois do jogo com o Benfica, ontem foi mais um penalty desperdiçado na hora H. Que o que aconteceu depois desse jogo não se repita agora, a equipa não abale, o momento Rui Pedro aos 90+5, frente ao S.C.Braga, aconteça já na Luz.
A próxima é a jornada das jornadas, aquela em que se vai ver quem é quem. Recuperar bem física e animicamente, entrar na Luz sem medo e para ganhar, é o que todos esperamos. Não mudo uma vírgula a isto que disse num dos posts anteriores, após a eliminação da Champions:
"Pode parecer um paradoxo, mas apesar da derrota e da eliminação, fiquei ainda mais animado e confiante para o que resta da época."

Depois de olhar para dentro, olhemos para fora. Que tínhamos de ganhar, até contra o árbitro, tínhamos. Mas se os lances sobre André Silva, porque são na molhada, ainda admito que Manuel Oliveira não visse, mas a forma como o guarda-redes dos setubalenses abalroou Brahimi, é um penalty descarado, porque não foi assinalado? Curioso, este árbitro que nunca se engana a nosso favor, é conotado pelos benfiquistas, alguns com responsabilidades na arbitragem, como pró-F.C.Porto.

Já levo mais de meio Século a ver futebol, nunca tinha visto uma pouca vergonha como a que a equipa de José Couceiro protagonizou na noite de ontem. Aquilo foi anti-futebol, uma crime contra o desporto-rei, pior, vinha do balneário, foi trabalhado, fazia parte da táctica e da estratégia. Como disse ontem, se fosse treinador de uma equipa com aquele comportamento... pelo menos, pedia desculpas ao público. Não devia valer tudo e ontem para Couceiro, jogadores e médicos, valeu. A esta gente eu não emprestava nem mais um jogador.

Os vendilhões da queimada:
Os primeiro vendilhão chama-se Vítor Serpa.
Habituado às facilidades que o Belenenses deu ao Benfica na penúltima jornada e ao ver o Paços lutar e criar problemas aos da Luz, Serpa não disfarçou a azia e o incómodo e não se coibiu de afirmar que a equipa da Capital do Móvel parecia estar a jogar a vida frente ao clube do regime.
O Paços estava a jogar a vida, o Vitória o que estava a jogar? O abono de família, não era Serpa?

Outro vendilhão, melhor, o vendilhão dos vendilhões é o freteiro com calo no cu como o macaco, Delgado.
No Marítimo 2 - Benfica 1, ataque ao anti-jogo, à falta de fair-play. Hoje, nem uma palavra sobre o vergonhoso comportamento dos sadinos, grandes elogios ao treinador do Vitória de Setúbal.
Os dois devem achar natural um guarda-redes começar a queimar tempo no 1º minuto, cair e ficar a contorcer-se mesmo sem ninguém lhe tocar ou a equipa médica entrar três vezes em campo enquanto o resultado esteve zero a zero; não entrar nenhuma durante a vantagem do F.C.Porto; para depois, a partir do momento que o Vitória empatou, entrar mais quatro vezes. Devem ter achado muito bem que jogadores saídos de maca, completamente mortos, mal chegavam à lateral começassem a correr feito desalmados. Mas se estes e outros vendilhões do templo que andam por aí, estão muito preocupados com o facto do futebol português perder representatividade nas provas da UEFA e apontam vários problemas, porque não aproveitaram e carregaram sobre o vergonhoso anti-jogo dos setubalenses, condenaram o comportamento da equipa de Couceiro? Seria pedir muito, sobre isso, nada, zero, bola, nicles, deu um jeitaço ao Benfica e isso sobrepõe-se a tudo o resto.

O terceiro vendilhão chama-se Duarte Gomes, o novo comentador de arbitragem do panfleto da queimada. Que Duarte Gomes é benfiquista e conseguiu ver durante a sua carreira de árbitro, coisas do arco da velha que favoreceram o clube do regime, já sabíamos, mas é preciso ter uma grande lata para dizer que Brahimi obstruiu Bruno Varela, não há penalty no lance sobre o argelino do F.C.Porto ao minuto 50. Como se pode ver no vídeo, a bola está muito longe quando o guarda-redes vitoriano derruba o Brahimi. Era penalty, um penalty claro que só não viu quem e no caso, a partir da televisão, é cego ou está a fazer o frete ao clube do regime.

PS - Um jogo que não correu bem, as expectativas saíram defraudadas e a caixa de comentários dispara. Estranho portismo este. Alguns passam semanas sem aparecer, só aparecem nestas alturas para bater, pior, agoirar. Ainda nem jogamos na Luz e já desistiram.

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