segunda-feira, 18 de setembro de 2017
O F.C.Porto tem o pleno de vitórias conquistadas, seis em seis jogos do campeonato e se é verdade que não tem jogado sempre bem - para além de ser preciso ir afinando e melhorando, até encontrar uma ou duas soluções que dêem garantias, em particular do meio-campo para a frente, há jogadores para quem está a chegar a hora da verdade, saber se são capazes de dar um passo em frente, dizer se querem afirmar-se definitivamente, ser jogadores regulares, consistentes, fiáveis ou apenas jogadores que por uma vez ou outra marcam golos bonitos, fazerem uma ou outra exibição fantástica... -, só por má-fé alguém pode dizer que não foi sempre um vencedor justo. Mais, nos jogos do F.C.Porto também só por má-fé alguém pode atribuir as vitórias portistas a erros dos árbitros. E isso é mérito dos jogadores, são eles que jogam, mas também há muito mérito do treinador. Com um discurso realista, mas frontal e directo, que tanto é duro para fora como para dentro e sem arranjar desculpas por ter um plantel curto e sem reforços, Sérgio Conceição tem feito um trabalho que merece ser elogiado. É esse trabalho, essa forma de estar e de sentir, com a qual me identifico, que também se tem reflectido no entusiasmo dos adeptos e que já deu origem àquilo que já foi designado por mar azul. Depois de uma derrota que deixou marcas, ver tantos portistas em Vila do Conde fez-me recuar no tempo, até à época 1984/1985 quando após uma terrível e marcante eliminação aos pés do Wrexham, uns galeses que jogavam na 4ª divisão inglesa - depois de no época anterior o F.C.Porto ter sido finalista da extinta Taça das Taças -, um imenso mar azul e branco invadiu Coimbra. Essa postura dos adeptos do F.C.Porto, esse apoio em massa e essa crença, numa altura que já se torcia o nariz a muita coisa, em particular a da escolha de Artur Jorge para treinador, em vez de António Morais, ajudou a equipa a vencer a Académica por 3-0, ultrapassar uma eliminação dramática e arrancar para uma época de grande nível e que viria a terminar com a conquista do título após um jejum de cinco anos sem vencer o campeonato.
Sem euforias nem triunfalismos, com os pés bem assentes no chão, a cada jornada que passa vai-se criando o sentimento: sim, nós podemos!
Curiosidades:
Curiosa esta sintonia Benfica/APAF, contra a Liga.
Curiosa também esta mudança de estado de espírito de alguns artistas da escrita e da palavra. Não faz muito tempo, o penta era um dado adquirido, o clube do regime tinha de começar a pensar no hexa, agora parece que já não é bem assim, se o Benfica não for penta não há drama. Os freteiros e recadeiros são assim, adaptam-se muito facilmente às circunstâncias. Esquecem-se é que não deviam portar-se como adeptos...
Ontem vi a parte final do Trio d' Ataque, a tempo de ouvir a intervenção do cartilheiro Gobern. Primeira curiosidade: Gobern disse a mesma coisa que Bagão Félix, é uma empresa independente dos canais, a WTVision que tem a responsabilidade da colocação das linhas de fora-de-jogo nas transmissões televisivas.
Nota: não sendo eu um especialista, será que o realizador não tem nada a ver com o assunto e por isso temos de pedir responsabilidades à WTVision por não ter colocado linhas de fora-de-jogo no Benfica vs Braga, clube do regime beneficiado e já colocado no Benfica vs Portimonense, clube do regime prejudicado?
Segunda curiosidade: se ambos os dois, como dizia o outro, disseram a mesma coisa e um, Gobern, sabemos que recebe a cartilha, será que o doutor papa-hóstias também passou a receber?
Terceira curiosidade: como tenho dito, repetido e ontem o paineleiro benfiquista, confirmou, na tal reunião de esclarecimento que o Conselho de Arbitragem(CA) levou a efeito, foi dito pelo presidente Fontelas Gomes, as imagens que o VAR e o AVAR recebem são imagens limpas, sem linhas e por isso, só quando são claras o VAR intervém. Foi essa a razão pela qual ficou quietinho no lance do golo do Braga na Luz, segundo o líder do CA. Mas depois do que foi dito em sentido contrário, por exemplo, por Pedro Henriques sobre o assunto, em que ficamos? O VAR Fábio Veríssimo ou o seu colega do AVAR, analisaram vendo a linha de fora-de-jogo, ou não? É que não quero ser injusto. Se analisaram sem linha, como o lance do Benfica - Portimonense é muito menos claro que o do Benfica - Braga, lamento que só tenham tido olho de águia quando interessou ao Benfica. Se analisaram a partir da linha, o responsável pelo CA tem de se explicar, como tem de se explicar a WTVision, ou será a BTV? Atendendo àquilo que sabemos ser a postura da televisão do clube do regime, tendo a colocar as culpas na BTV.