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domingo, 17 de setembro de 2017


Depois da derrota frente ao Besiktas e frente a um difícil Rio Ave, o F.C.Porto tinha um bom teste à sua capacidade de equipa que não fica a chorar sobre o leite derramado, é capaz de reagir às adversidades. Foi capaz, não sendo brilhante, em particular na primeira-parte, esteve bem melhor na segunda, venceu com toda a justiça, conseguiu a sexta consecutiva, manteve a liderança e deixou um dos rivais a cinco pontos. É assim, somando pontos em campos difíceis, ganhando estes jogos, que se consolidam candidaturas na prática e não na teoria. E tudo muito limpinho e cheiroso.
Mais um vez, uma palavra para o mar azul que inundou Vila do Conde e ajudou com o seu entusiasmo e o seu apoio a mais um triunfo de um Dragão que promete lutar pelo seu objectivo com crença e  determinação.
 
Em relação ao jogo da Champions, Sérgio Conceição manteve guarda-redes e defesa, mas fez algumas alterações no meio-campo e ataque, tendo o F.C.Porto o iniciado com Casillas, Ricardo, Felipe, Marcano e Alex Telles(André André aos 79 minutos), Danilo, Herrera e Otávio(Maxi aos 69), Marega, Aboubakar(Soares aos 68) e Brahimi, para uma primeira-parte onde a inspiração não abundou, tudo muito junto, mais preocupação em condicionar o adversário que procurar jogar. E com o jogo muito amarrado e os espaços muito ocupados no meio-campo, era preciso pensar rápido, circular e passar bem, procurar a largura e a profundidade, sair com critério e qualidade para o ataque. Ora não foi isso que aconteceu e assim, o F.C.Porto apesar de ter alguma superioridade, as oportunidades de golo escassearam, apenas Brahimi aos 9 minutos e Marega aos 26, um a rasar o poste e outro a raspar na barra, estiveram próximo de abrir o activo. Muita da culpa desse futebol pouco fluído e sem dinamismo por parte da equipa de Sérgio Conceição, deveu-se aos médios portistas, incapazes de pegar no jogo, encontrar as melhores opções, solicitar no tempo certo e no espaço vazio os avançados. Também Brahimi, normalmente o fura barreiras, raramente conseguiu desequilibrar e por isso, também porque o Rio Ave foi uma equipa com qualidade de jogo, ao intervalo o nulo ajustava-se.

Com um resultado que não lhe interessava, Sérgio Conceição sem mexer no onze, pediu mais dinâmica, mais rapidez e o F.C.Porto entrou forte na segunda-parte e logo nos minutos iniciais disse ao que ia. Tivesse Herrera mais precisão a assistir Aboubakar e o camaronês a assistir Marega e logo os Dragões podiam ter chegado à vantagem. Não chegaram nos dois primeiros ataques, mas não tardou muito o merecido golo portista. Otávio que até não estava feliz a passar e nada tinha trazido de novo à equipa, dessa vez acertou, Aboubakar ficou na cara de Cássio, não marcou, mas ganhou um canto. Do canto de Alex Telles, Danilo ao primeiro poste e de cabeça, abriu a contagem. Justamente na frente do marcador, desbloqueada a partida e sabendo que os de Vila do Conde iam reagir, era importante que o F.C.Porto a partir daí fosse uma equipa atenta, concentrada, uma equipa que sem loucuras, tivesse iniciativa, fosse à procura de segundo golo, acabasse com o jogo, não permitisse que o Rio Ave arrebitasse, acreditasse, criasse problemas. E foi assim, e o jogo só não acabou ao minuto 67, após o golo de Marega, porque o golo que os vilacondenses nessa altura não mereciam, aconteceu. E com 10 minutos para jogar, era natural uma reacção da equipa da casa, ela aconteceu, mas praticamente nem conseguiu incomodar. E o jogo chegou ao fim com mais uma vitória do F.C.Porto.

Foi pena o golo nessa altura, mesmo que a diferença mínima seja aceitável, seria mais uma vitória sem sofrer golos e isso não deixa de ser importante, embora 6 jogos, 6 vitórias, 18 pontos 14 golos marcados e apenas 1 sofrido, seja uma performance que está acima das minhas expectativas.

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