Quando os mesmos jogadores jogam melhor e os patinhos feios até parecem lindos cisnes... o que passou-se?

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

O futebol é momento e se não desfrutamos quando um momento especial acontece, como foi o caso da vitória do F.C.Porto frente ao campeão francês, porque vem aí o Sporting e a coisa pode correr mal, então nunca vamos desfrutar ou desfrutamos só lá para Maio, se for caso disso.

O F.C.Porto vinha de um mau jogo e mau resultado frente ao Besiktas, precisava, por todas as razões - desportivas, financeiras, prestígio, confiança, moral...-, dar uma resposta diferente. Deu, tanto que fez a equipa do Mónaco parecer que não é uma grande equipa, quando, não tenho dúvidas, é. E se como sempre digo, quem joga são os jogadores, são eles que na prática decidem e o treinador pode fazer tudo bem na preparação do jogo, mas se depois lá dentro os artistas falharem... lá vai tudo por água abaixo, também acrescento: apesar de ser assim, sou peremptório a amplificar a influência do treinador na importante e histórica vitória - por a primeira de uma equipa portuguesa no Estádio Louis II. E foi, porque para além da táctica e estratégia terem funcionado e os jogadores terem interpretado bem aquilo que lhes foi pedido, Sérgio Conceição preparou mentalmente muito bem a equipa. Foi determinado e convicto a pensar a mensagem, falou da grandeza do F.C.Porto, teve a frase marcante que já ontem referi, mas, pela importância, repito: «Fica aqui a promessa de que amanhã vamos demonstrar essa grandeza.»

Essa, para além da competência que se tem notado na forma como a equipa joga e na melhoria notória no rendimento de alguns jogadores em relação a um passado recente, tem sido para mim a grande virtude de Sérgio Conceição.
Com um discurso genuinamente apaixonado, directo e objectivo, sem desculpas, nem frases feitas e preparadas, Sérgio Conceição tem conquistado os jogadores que formam um grupo forte e unido, também a estima dos portistas. E hoje, por mérito dele, posso dizê-lo sem correr grandes riscos de errar, se não há um apoio unânime ao treinador do F.C.Porto por parte do universo que gosta do azul e branco, isso é pura utopia, há muito mais gente com ele que quando chegou ao Dragão para treinar o F.C.Porto.

Como sabem os que frequentam o tasco, para mim há momentos marcantes e que mudam tudo na vida de um treinador, atiram-no para outro patamar. Como já aqui referi e por várias vezes, José Mourinho passou para esse patamar quando após a derrota nas Antas com o Panathinaikos e quando todos os indícios apontavam para o fim da aventura, atirou: calma, isto ainda não acabou. E foi verdade, a aventura continuou e terminou na fantástica e inolvidável noite de Sevilha e o carisma do setubalense aumentou substancialmente. Anteontem, na antevisão, Sérgio Conceição fez algo semelhante e também cumpriu. O F.C.Porto resgatou e saiu do banho turco, está na luta, a aventura continua e isso é que importa realçar neste momento - não, não tenho ilusões, a minha aventura é modesta, chegar aos oitavos-de-final é a minha ambição. O futuro dirá se tal como aconteceu com José Mourinho e o Panathinaikos, para Sérgio Conceição há um antes e um depois do Mónaco. Por mim, apenas exijo esta atitude, esta alma e esta crença, porque com ela até os patinhos mais feios parecem lindos cisnes. E sendo assim, junto com o entusiasmo e o apoio deste mar azul, tudo é possível, todos temos a obrigação de acreditar e confiar que o resgate é possível. Eu nunca mais me atreverei a duvidar.

Para sossego de algumas alminhas penadas:

não, não estou a comparar Mourinho com Conceição. Um sabemos o que já é, outro veremos o que vai ser. Estou a estabelecer um paralelismo, perante as grandes dificuldades e como saíram, por cima, desse grande desafio, desse verdadeiro teste de fogo.

Ontem, as reações à vitória do F.C.Porto, fizeram-me lembrar a vitória na época passada no Olímpico de Roma. Como disse o Vassalo, na altura foi o suicídio da Roma, ontem o Mónaco não jogou nada - será que alguém falou em passadeira estendida? -, parecia uma equipazinha do meio da tabela do campeonato português. O F.C.Porto que não tinha um treinador com um plano anti-Mónaco, não teve nada a ver com a desinspiração do conjunto de Leonardo Jardim que, como é óbvio, passou de bestial a ser uma besta. Nada, os Dragões não estiveram a um nível alto colectivamente, como não tiveram individualmente jogadores em grande estilo.
Ainda bem que existe a imprensa internacional, não estamos apenas limitados à ratazana Santos ou às azias crónicas de Carlos Daniel, o benfiquista de Paredes.

Samaris apanhou 3 jogos.
Saúdo a decisão e espero que seja um sinal que as coisas estão a mudar. Vamos indo e vamos vendo, mas não podemos abrandar, temos de continuar a denunciar até que a sensação que há um filho e depois apenas enteados, termine definitivamente.
O Benfica recorreu, é normal, mas pode-se dar por muito feliz. O comportamento do jogador grego ultrapassa todos os limites, só alguma condescendência de quem arbitra e quem exerce a disciplina, impediu que Samaris já tivesse sido, como merecia, mais vezes castigado.
Quem também se pronunciou sobre o castigo de Samaris, foi o freteiro Delgado. Mas o grande problema deste verdadeiro artista, é que mesmo quando tenta ser isento e sério, há sempre um gato escondido com o rabo de fora e uma perda de memória que convém avivar.

Como podem ver no artigo ao lado - aqui não se esconde nada, nem se inventa nada, dá-se a possibilidade de ver e depois com os dados todos, analisar e tirar conclusões -, se os pontos A, B, C e D, são pacíficos, qualquer um os subscreverá, já o ponto E, tem muito que se lhe diga.
Pelos vistos as queixinhas incomodam o freteiro, como também o incomoda que a justiça possa andar a reboque das centrais de (des)informação dos clubes e de toda a poluição associada que medra em alguns reality shows televisivos sobre futebol e infesta as redes sociais.
Pois é, as queixinhas se são contra e trazem consequências ao clube do regime, incomodam o freteiro, já outras queixinhas, como se pode ver na foto em anexo, essas até contam com a prestimosa colaboração de A Bola, que não só lança o labéu, como delira com a decisão da justiça.
- É, freteiro, as redes sociais são tramadas, não deixam passar nada e apanham-se sempre na curva e para mal dos teus pecados, aí ficas com as calças na mão e com o calo à mostra.