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sábado, 25 de novembro de 2017

O verdadeiro artista. Três épocas consecutivas a martelar o F.C.Porto

Na jornada que antecede o clássico com o Benfica, frente a um Aves motivado e disposto a fazer das tripas coração para ser a primeira equipa a derrotar o líder do campeonato - palavra do seu treinador, Lito Vidigal -, era muito importante para o F.C.Porto sair das Aves com os 3 pontos. Não saiu, nem mereceu sair. Acusou muito o desgaste físico e não só, do jogo de terça-feira, fez uma má exibição - só jogou melhorzinho, após sofrer o golo, apesar de ter menos um - e isso tem de ser dito. Mas também tem de ser dito e perguntado:
Temos de ficar quietos e calados em nome da paz e tranquilidade do futebol português, depois de vermos um penalty do tamanho da Torre dos Clérigos não ser assinalado pelo árbitro nem pelo VAR e com clara influência no resultado?
Este artista que já nos martelou há duas épocas, frente ao Arouca; num jogo importantíssimo da época passada, com o Feirense; torna a fazer o mesmo está época e temos de comer e calar? Não, não temos. Temos de gritar, dizer alto e em bom som, este artista não pode voltar a apitar o F.C.Porto. E não pode, para bem de todos, não vá alguém um dia perder a cabeça.

Sérgio Conceição escalou de início, José Sá; Ricardo, Felipe, Marcano e Alex Telles; Corona, Danilo, Herrera e Brahimi; Soares e Aboubakar, Dragões entre o 4x4x2 e o 4x2x4, com uma grande surpresa, regressou Soares para jogar ao lado de Aboubakar e já agora, outra boa surpresa, Marega no banco. E o jogo começou com uma entrada forte e pressionante do F.C.Porto, mas o primeiro lance de perigo e que perigo, aconteceu junto à baliza de José Sá. Entrega disparatada de Felipe, recuperação e saída rápida do Aves, defesa portista descompensada, uma escorregadela que não ajudou, a bola chegou a Salvador Agra e este em boa posição atirou a rasar o poste - quando é que Felipe e de uma vez por todas, se deixa destes disparates? O susto passou e praticamente na resposta, iam decorridos apenas 6 minutos, excelente passe a rasgar de Soares, Ricardo Pereira apareceu bem na área e sozinho frente a Quim, colocou os Dragões na frente. Aberto o marcador, feito o que nestes jogos costuma ser o mais difícil, tudo parecia correr bem para o conjunto da Invicta. A questão era saber que efeito ia ter esse golo tão cedo, no conjunto de Sérgio Conceição. Iria a equipa, hoje de azul celeste, manter a atitude, pressão e o ritmo alto dos primeiros minutos, na procura de aumentar a contagem? Ou passaria a ficar mais na expectativa, procurando aproveitar os espaços que o adversário na reacção para tentar empatar, iria dar? Houve a esperada reacção do Aves, mas foi uma reacção surpreendentemente forte e que deixou os portistas em dificuldades, incapazes de se impor, pior, por várias vezes a baliza de José Sá esteve em perigo. Sem que o F.C.Porto, pouco compacto, organizado e inspirado - faltava claramente alguém no meio-campo que permitisse equilibrar as coisas nesse sector nevrálgico -, fosse capaz de ter posse e encontrasse o antídoto para travar um adversário atrevido e a jogar bem, o Aves enviou uma bola à barra e os Dragões podem agradecer em mais duas ocasiões, ao seu guarda-redes, terem chegado ao intervalo em vantagem. Conseguiram chegar, mas era uma vantagem injusta para a equipa da casa. Pelo que fez o G.D. Aves merecia ter ido para as cabines empatado. O F.C.Porto prometeu muito, mas ficou apenas pelas promessas, da primeira-parte ficou o golo e pouco mais.

Sérgio Conceição manteve o mesmo onze no início da segunda-parte e o F.C.Porto continuou na mesmo toada, não se encontrava. O Aves estava bem dentro do jogo, ameaçava. Aos 51 minutos Corona foi expulso; aos 56 entrou Maxi para o lugar de Soares; aos 63, por Vítor Gomes e com Felipe nas covas, a equipa de Lito chegou ao golo, colocou justiça no marcador. Curiosamente, foi após o empate, mesmo com menos um e já com Marega no lugar de um desgastado Aboubakar e nos últimos minutos com André Pereira no lugar de Brahimi, o F.C.Porto teve o seu melhor período no jogo. Nunca foi um Dragão brilhante, mas foi um Dragão mais assertivo, mais estendido no campo, um Dragão que conseguiu ter mais bola, criar problemas como nunca tinha criado antes ao Aves e que acabou o jogo por cima. Um Dragão que podia ter ganho - repito, seria injusto, mas resultados injustos estão aí todas as semanas -, se mais uma vez, como disse anteriormente, este artista não ficasse repentinamente sem ver e o VAR fizesse o que era a sua obrigação. 

Notas finais:
Compreensível a ideia de dar ritmo de jogo a Soares e a Marega, mas a mensagem passada foi que o jogo do Benfica já estava na cabeça. E como se viu, no de hoje, era preciso aquele Porto que trinca a língua e esse apareceu muito tarde.

Foi um tropeção que não estava nos planos, mas independentemente do que aconteça amanhã, o F.C.Porto vai continuar líder. Agora é descansar, colocar a cabeça no lugar e sexta-feira lá estaremos prontos para dar a resposta que se exige.

Vou aguardar as capas dos jornais desportivos de amanhã...

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