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sexta-feira, 15 de dezembro de 2017


- Meu caro Pedro Marques Lopes, é óbvio que quem gosta de futebol, como nós gostamos, mesmo que às vezes as paixões pelo nosso clube nos levem a cometer alguns exageros, nos toldem o raciocínio, o que é natural, o futebol, já dizia Bill Shankly, não é uma questão de vida ou de morte. É muito mais que isso, só pode estar de acordo com o que dizes no Brasão abençoado. Mas acreditas mesmo, meu caro Pedro, que neste país de nacional-benfiquismo, com uma comunicação social intelectualmente desonesta, sectária, facciosa, capturada, de cócoras e subserviente ao Benfica, uma comunicação social que branqueia, omite ou extrapola ao sabor das conveniências do clube do regime, isso é possível?
Achas que num país com gente que insultou, denegriu, achincalhou e provocou alguns dos melhores profissionais da história do futebol português, que reduziu alguns dos grandiosos e inigualáveis sucessos do F.C.Porto aos árbitros, ao café com leite, ao sistema e afins, vai algum dia mudar o modus faciendi?
Achas que aqueles que agora se atiram ao director de comunicação do F.C.Porto, mas que não faz muito tempo, promoviam e davam grandes destaques ao João Gabriel, director de comunicação do Benfica, mesmo quando ele ultrapassava todos os limites e atira: "O título do F.C.Porto é um tributo dos árbitros", alguma vez vão mudar? Não, meu caro, por isso não te acompanho no elogio que fazer ao panfleto da queimada, pela lembrança de ter recordado os 30 anos do primeiro título mundial do F.C.Porto. Não, não acredito na teoria do mais vale tarde que nunca, não acredito na bondade deles, eles para mim não dão ponto sem nó nem não são sérios. Para mim, tudo não passou de uma tentativa de desviar atenções, de um escândalo sem precedentes, de uma pouca vergonha nunca vista, de práticas que transformam a PIDE e a Mafia numa espécie de meninos de coro. É apenas mais um capítulo da série, falemos do jogo jogado, defendamos o espectáculo e a indústria do futebol, realcemos as jogadas e os golos bonitos, destaquemos e demos protagonismo aos treinadores e jogadores, deixemos os árbitros em paz, condenemos os incendiários e este clima pouco saudável.
Achas que se fosse ao contrário, fosse o F.C.Porto que estivesse nas bocas do mundo, eles queriam saber das coisas boas e bonitas, do Baía, João Pinto, Deco, Madjer, Futre, Gomes, António André, Maniche, Frasco e tantos e tantos outros, sem esquecer Artur Jorge, José Mourinho, Ivic, André Villas-Boas?
Achas que esse essa espécie de jornalista chamado José Manuel Delgado, o principal responsável pela lixeira em que se transformou A Bola e que agora está calado como um verdadeiro rato que é, mas que no passado, no momento em que o Procurador Geral da República da altura, Pinto Monteiro, nomeou uma equipa especial de investigação aos apitos, equipa chefiada por Maria José Morgado, disparou em editorial: "Tremei, Capones, vem aí Eliot Ness e os seus Intocáveis", algum dia vai querer saber e promover o futebol, se for o F.C.Porto a dominar?

Podia repetir aqui dezenas de exemplos sobre o que é A Bola, sobre a forma como tratou e trata o F.C.Porto, mas não vale a pena, eles estão por aí, é só clicar para ver. Assim e para concluir: na última foto, que é obviamente uma montagem, a da esquerda, chamemos-lhe Mamma Mia, tem a curiosidade de mostrar a pequena nota de rodapé no dia seguinte ao F.C.Porto ter vencido o Once Caldas e se ter sagrado pela segunda vez Campeão do Mundo de Clubes. A foto do meio, apelidada de Imperador dos Clássicos, é a foto do dia em que esse feito fez 10 anos e como se verifica, nada de nada sobre essa vitória. A da direita, baptizada de Camacho, é a foto do dia em que fez 20 anos que vencemos o Peñarol na neve de Tóquio - apenas não consegui a dos 10 anos...- e mais uma vez... esqueceram-se da data. Então, porquê agora o destaque nos 30 anos? Má consciência ou como referi anteriormente, mais vale tarde que nunca? Não, meu caro, respeito a tua crença na conversão dessa gente, mas até pelos novos emergentes que já estão por aí, a reconversão dos infiéis é uma tarefa impossível.

Nota final:
F.C.Porto - Bayern de Munique, quartos-de-final, 20 para o meu lugar. 
F.C.Porto - Liverpool, oitavos-de-final, o mesmo lugar, 25 euros. 
Caríssimo, algo nunca visto no F.C.Porto, uma grande falta de respeito e consideração pelos sócios e em particular para todos aqueles que têm lugar anual, alguns desde que eles foram criados ainda na Antas. 
Não têm de ser os sócios a pagar os erros de gestão cometidos nos últimos anos.
Não vou! 

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