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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017


Sérgio Conceição - merece todo o destaque pela forma como preparou o jogo e montou a equipa - disse que a Taça da Liga era para levar a sério e cumpriu, colocando de início uma equipa com muitas poucas poupanças, uma equipa que podia ser perfeitamente a equipa titular do F.C.Porto no campeonato: Casillas, Ricardo, Felipe, Marcano e Alex Telles, Danilo e Herrera, Corona (Layún aos 79 minutos) , Marega, Soares(Aboubakar aos 63) e Brahimi (André André aos 70). E se o treinador levou o jogo a sério, a equipa, particularmente na primeira-parte, entendeu a mensagem, entrou forte, pressionou alto e muito bem, saiu rápido para o ataque, definiu quase sempre com critério, num futebol massacrante e de excelente qualidade. Pena que a essas virtudes não correspondesse uma eficácia igual, apesar de ter feito dois golos - Soares e Marega - e não ter sofrido nenhum, os Dragões desperdiçaram meia-dúzia de oportunidades claríssimas que lhe podiam ter dado uma vantagem de quatro ou cinco golos ao intervalo e não estou a exagerar.

A segunda-parte começou com a tónica que tinha marcado a primeira, nos minutos iniciais, ainda nem sequer tinham decorridos cinco e F.C.Porto já tinha criado e desperdiçado três golos cantados - jogadores isolados na cara do guarda-redes. Não marcou e aos poucos, naturalmente, a equipa baixou o ritmo, diminuiu a pressão, não devia, mas baixou a concentração, começou a complicar em vez de simplificar. Não admirou por isso que o Rio Ave fosse melhorando, equilibrando, atacando mais e obrigando Casillas a estar atento, mas mesmo longe do brilho exibido na primeira-parte, o F.C.Porto foi sempre muito mais perigoso, esteve sempre mais perto de fazer o 3-0 que sofrer o 2-1.Sérgio Conceição foi mexendo, rodando, as melhorias não foram muitas, mas ainda deu para Aboubakar de penalty a castigar uma falta clara sobre si, fazer o 3-0. Com a vantagem de três golos o resultado ficou em números mais razoáveis e mais correctos, mas longe dos números que a superioridade e as oportunidades que o F.C.Porto criou e desperdiçou, justificavam. Se os Dragões tivessem sido eficazes e aproveitado um terço das chances de golo que tiveram, o resultado teria sido uma goleada histórica.
Seja como for, o objectivo foi cumprido, o F.C.Porto muito tempo depois volta a ganhar para a Taça da Liga, prova em que mantém intactas as aspirações de chegar à final-four. Mais, chega à pausa natalícia vivo em todas as provas, com o sentimento do dever cumprido e acima das melhores expectativas.
Os rapazes de Sérgio Conceição têm trabalhado muito, merecem por isso o pequeno período de férias que vão ter.

Notas finais:
Lamentável o duplo amarelo a Danilo que o retira do próximo jogo, também para a Taça da Liga, em Paços de Ferreira. Se António Perdigão, comentador de arbitragem do Porto Canal, diz que foi correcta a expulsão, quem sou eu para o contrariar? Idem para o lance que o defesa do Rio Ave toca na bola com a mão na área.
27.911 espectadores, na semana de Natal e num jogo que começou Às 21:15, é muito bom!
 

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