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domingo, 7 de janeiro de 2018


Mais uma vez sujeito a pressão de ser o último dos grandes a entrar em campo e já conhecedor das vitórias de Benfica e Sporting, o F.C.Porto não podia facilitar, tinha de ganhar para manter a liderança isolada. Ganhou e ganhou com toda a justiça, termina  primeira-volta na liderança isolada, só por má-fé, cegueira ou por fanatismo clubístico, alguém contestará o mérito do chamada, campeão de Inverno.

Com José Sá, Ricardo, Reyes, Marcano e Alex Telles, Danilo e Óliver, Corona, Marega, Aboubakar e Brahimi, a primeira-parte da equipa de Sérgio Conceição deixou bastante a desejar.
Perante um Vitória bem organizado e defensivamente competente, os azuis e brancos embora tendo mais bola, não circulavam bem, não pressionavam com propósito, afunilavam, não tiveram capacidade nem discernimento para encontrar as melhores soluções, raramente fizeram as melhores opções, erraram muitos passes, pior, quando estiveram perto do golo e não foram assim tantas as ocasiões, faltava sempre qualquer coisa para meter a bola lá dentro.
Sem culpa da pouca inspiração portista, os rapazes de Pedro Martins, mais calmos, defenderam bem, foram fazendo o seu jogo para manter o nulo, quando podiam, procuraram sair para o ataque, surpreender. E assim, contando com uma desatenção da defesa portista e através de Rafinha, que apareceu por trás de Ricardo para marcar, chegaram à vantagem, mantiveram-na até ao intervalo, resultado que castigava os Dragões. Sim, porque sem se exibirem a um nível alto, os portuenses também não foram piores que o adversário e por isso não mereciam ir para as cabines a perder.
Pelo que foi o jogo e não vou falar de Artur Soares Dias - ainda não vi os lances polémicos -, talvez o empate fosse o resultado mais justo quando as equipas foram para o descanso.

Após ir para o descanso a perder e obrigado, acho que pela primeira vez em jogos para o campeonato, a ter de virar o resultado, o FC.Porto arrancou para uma segunda-parte brilhante, arrasadora, juntou à atitude, carácter, crença e alma, qualidade de jogo e até génio - o golo de Brahimi que deu o 2-1, é de compêndio - deu a cambalhota. Mas depois de conseguir a virada e apesar de para isso ter de fazer um grande esforço, o conjunto de Sérgio Conceição não se ficou pelo controlo e pela gestão do resultado, foi à procura de mais, chegou a 4-1, podia ter vencido por maior diferença de golos. Sim, se não fosse  algum relaxamento e deslumbramento, quando começaram uns olés vindos da bancada; algumas más decisões e opções na hora da verdade, isto é, quando era preciso definir e passar bem, ter mais e melhor critério na hora de concluir e para que as jogadas terminassem em golo, o resultado podia perfeitamente ter terminado num cinco ou seis a dois. Mas quem faz o que a equipa do F.C.Porto, em particular nos segundos 45 minutos, fez, deixando o Dragão em delírio e inchado de orgulho, tem direito e merece alguma condescendência e a ser perdoada por algumas brincadeiras desnecessárias.

Resumindo:
Na noite de hoje o F.C.Porto de Sérgio Conceição mostrou para quem quis ver com olhos de ver, as razões porque lidera o campeonato/Liga NOS, contra todas as previsões iniciais.
Isto, sim, é ser Porto na prática e não na teoria.

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