terça-feira, 12 de junho de 2018
No último post antes do tasco encerrar, como acontece todos os anos por esta altura - mas agora e graças às novas tecnologias, sempre com um olho no burro e outro no Quaresma -, vamos falar de Bruno de Carvalho, o melhor amigo do carroceiro que preside aos destinos do clube do regime, de jogadores do F.C.Porto e terminamos em beleza a falar do chiqueiro, cada vez mais chiqueiro, da queimada.
Ontem à noite na TVI 24, mas sem cartilheiros - o que se saúda, porque se pôde assistir sem ser acometido de um mal estar profundo -, o assunto era recorrente, Sporting, leia-se, Bruno de Carvalho. Um dos convidados, Samuel Fernandes de Almeida, jurista e sportinguista, para além de ter abordado esta crise leonina que nunca mais acaba, disse que Bruno já merecia uma Águia de Ouro pelos serviços prestados ao SLB. Não posso, podemos, estar mais de acordo.
Em dia de Assembleia Geral do Benfica, uma AG que tinha tudo para ser quentinha, por culpa de uma época desastrosa, muito por causa do que se passa no outro lado da Segunda Circular, Vieira saiu dela sem grande contestação. Para isso usou a velha táctica populista e demagógica de sempre, tentou desviar as atenções dos processos em que ele e Benfica estão envolvidos, remeteu tudo para a inveja - como se alguém pudesse ter inveja deste Benfica com práticas mafiosas e metido na porcaria até ao pescoço -, negou sacos azuis ou de outra cor - como se alguém estivesse à espera que confirmasse. Só o chiqueiro é que se lembraria de puxar para a capa a frase de Vieira: "Aqui não há sacos azuis" -, afirmou que os sócios do Benfica podem andar de cara levantada - podem, claro que sim, já o presidente do SLB, esse, por mais que arvore em anjinho, só engana quem quer ser enganado, no Benfica e fora dele - e terminou com a ameaça de contratar jogadores do Sporting que rescindiram o contrato, usando para isso uma desculpa que diz tudo sobre o carácter de Vieira: há 25 anos o Sporting ter ido buscar à Luz, Pacheco e Paulo Sousa. Este comportamento de ave de rapina, qual abutre, de Luís Filipe Vieira, não surpreende ninguém. Já no passado, concretamente em 2008, o F.C.Porto foi vítima do SLB, quando o clube do regime, 4º classificado e a 23 pontos do campeão F.C.Porto, de forma miserável e que nunca devemos esquecer nem perdoar, tentou ir à Champions League pela porta do cavalo. Para além disso, estava atitude tem outro efeito, acalmar as hostes, aproveitar as rivalidades doentias para limpar a face.
Para quem gosta de apregoar a paz e bons costumes, enche a boca com a defesa da indústria do futebol, não há dúvidas, é um comportamento que só pode servir os instintos do benfiquismo mais fundamentalista, acirrar ânimos, colocar gasolina na fogueira. Curiosamente, aqueles moralistas que falam sistematicamente em clima de guerra, acham este comportamento natural, ninguém se atreve a criticar Vieira.
O futebol tem a virtude de ser constantemente uma caixinha de surpresas. Se há dois anos alguém dissesse que Moussa Marega ia achar que o pé dele já é demasiado grande para o sapato do F.C.Porto, íamos rir às gargalhadas, dizer que o maliano tinha-se passado dos carretos. Mas a realidade é o que é, Marega fez declarações a dizer que gostava de sair do F.C.Porto, quer a Premier League. Reconhecendo a importância que teve no título conquistado, das qualidades que o recomendam para o futebol de Sérgio Conceição e do espírito positivo e guerreiro de quem não vira a cara à luta, desde que apareça uma boa proposta - não vou indicar valores, mas pode ser abaixo da cláusula... por mim, boa sorte e muitas felicidades, Moussa!
A razão é apenas porque tenho a sensação que atingiu na época que terminou em Maio, o máximo do seu rendimento, dificilmente repetirá uma época semelhante e quando é assim...
Mas se todos os jogadores do F.C.Porto deviam ser iguais, tenho pena, para mim há uns mais iguais que os outros. Portanto, se no caso de Marega não ficava muito triste, já no caso do menino que está na foto do lado, Alex Telles, acho muito bem, aplaudo com as duas mãos que o F.C.Porto vá até ao limites do possível para segurar um jogador de grande qualidade e que me parece estar totalmente comprometido.
Sendo assim, como isto ainda nem começou, fico a torcer e faço votos para que não apareça nenhum tubarão, daqueles a quem é quase impossível dizer não, a bater a cláusula e a levar o jogador. O mesmo direi sobre Hector Miguel Herrera, Felipe e Danilo Pereira e Yacine Brahimi - é verdade que o argelino ainda podia render mais, não rende porque às vezes exagera, complica em vez de simplificar, mas é importante ter um jogador daqueles que, pelo génio, criatividade, é capaz de tirar coelhos da cartola, desbloquear jogos.
Quem merece mais destaque? João Sousa, vencedor do Estoril Open ou Fernando Pimenta tricampeão europeu de canoagem em K1 1000? Depende. Se houver um qualquer Castillo, recentemente contratado pelo clube do regime, a dizer uma banalidade, como:"Venho para dar tudo", destaque para Castillo, Pimenta tem direito a uma nota de rodapé. Mas se o F.C.Porto se sagrar campeão nacional de futebol após um interregno de 4 anos, aí é preciso destacar o feito do tenista de Guimarães, o título do F.C.Porto vem depois.
Nota final:
O mundial ainda nem começou e já está mais pobre. Vítor Serpa, após ter estado nos últimos oito mundiais, não marcará presença na Rússia. Que pena!