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sexta-feira, 8 de junho de 2018


Nota de abertura:
Atendendo à enorme quantidade de volumes para lavar e branquear, com origem no seu principal cliente, o conhecido SLB, a lavandaria da queimada informa que não pode aceitar encomendas nos tempos mais próximos.

Agora que está confirmada oficialmente a saída de Diogo Dalot e a entrada de João Pedro, mais uns bitaites.

1 - Repito:
Vender um miúdo de 19 anos feitos há pouco, por 22 milhões de euros, é um excelente negócio para o F.C.Porto. Ai, é da formação, lá se vai a mística, o sentir Porto, etc., cada vez mais é conversa da treta. Os tempos são outros, agora aos 14 anos, até com menos idade, eles já têm representantes, já pensam mais na pasta que na parte desportiva, alguns até nem se importam de ir jogar para clubes que em comparação com o F.C.Porto não são nada no contexto do futebol europeu - este bitaite não é para o Rúben Neves, acredito que o Rúben saiu por uma questão de necessidade premente do F.C.Porto.

2 - Repito:
Desportivamente Diogo Dalot só teria a ganhar em ficar mais dois ou três anos no F.C.Porto.

3 - Se o actual treinador do Manchester United fosse Alex Ferguson, alguém que sempre mostrou uma grande capacidade e sensibilidade para lidar com jovens talentos, descobriu, preparou e formou uma geração de grandes jogadores e que ganharam tudo, irmãos Neville, Giggs, Scholes, Beckham, Cristiano Ronaldo, etc., provavelmente já não diria a mesma coisa, mas como o treinador do MU é José Mourinho, por várias razões - agora muito menos próximo dos jogadores, muito mais resultadista, por isso muito menos paciente com os jovens, muitas vezes com um discurso arrasador, etc. -, tenho dúvidas. Obviamente, porque não desejo mal nenhum a Diogo Dalot, espero estar enganado, que tenha sucesso, seja muito feliz. Quis sair? Saiu, só fazem falta os que cá estão. Ponto.

A este propósito:
Sempre fomos um clube formador, que investiu bastante na formação e já lucramos muito com isso. Apesar dos tempos, como referi anteriormente, já não serem o que eram, com as adaptações necessárias e olhando para os nossos miúdos de outra forma mais distanciada, também no que toca à nacionalidade, a aposta tem de continuar. Ano passado saiu o Rúben, este o Diogo. Custa um bocado, mas como não podemos ter Sol na eira e chuva no nabal, é fundamental encarar estas saídas como naturais. Obviamente, dentro do possível - sim, não depende apenas de nós e é preciso ter sempre presente que temos de gerir com sensatez e equilíbrio, não um ou dois jogadores, mas plantéis - procurando sempre defender bem os nossos interesses.

João Pedro.
Nota prévia:
Como não sou adepto de alimentar teorias da conspiração, parto do princípio que quando contratamos um jogador, no caso João Pedro, é porque ele tem capacidades e características que entendemos podem ser úteis e não encontramos em jogadores que já pertencem aos quadros do F.C.Porto.

Não conheço o jovem brasileiro, portanto não vou dizer nada, vou esperar para ver - é verdade que vi uns vídeos e coisas interessantes, mas sobre isso e como sabem os que frequentam o tasco, sou como São Tomé... No entanto, achei curioso que o jornal O Jogo, num dia tenha destacado que João Pedro tinha virtudes, mas não sabia cruzar e defendia mal, no outro, que era uma espécie de clone de Ricardo Pereira. Dando de barato que é um jovem e quando há qualidade é sempre possível melhorar, passar a defender e a cruzar, melhor, é preciso acrescentar mais alguma coisa:
Se Ricardo tinha muitas virtudes e tinha, não era certamente pelos cruzamentos que fazia. E não defendendo mal, não era propriamente um muro. Ricardo foi importante e um dos obreiros do título, primeiro, porque dava à lateral direita uma profundidade, uma intensidade e uma capacidade de sair por fora e interiorizar, uma velocidade que rapidamente transformava uma jogada defensiva num contra-ataque mortífero. E como no futebol português, os laterais do F.C.Porto, na esmagadora maioria dos jogos, quase só atacam, estou mais levado a acreditar que foi por aí que passou a opção em João Pedro.
Desejo as boas-vindas e muitas felicidades a João Pedro. Vem para um clube que respeita e trata bem quem o serve com dedicação e profissionalismo. Os exemplos de brasileiros que chegaram e partiram e têm o F.C.Porto são muitos...

Se devemos continuar a apostar na formação, paralelamente devemos continuar com a fórmula que nos levou ao sucesso - para além do sonho! -, fórmula que nos últimos tempos parecia desaparecida, mas há bons indícios que parece reencontrada. E que é simples:
Contratar bem, preferencialmente jovens com talento e potencial, fazê-los evoluir, valorizá-los, colocando-os numa das maiores montras do futebol mundial, a UEFA Champions League, transferi-los com mais valias...
Dalot e Ricardo, deixaram 44 milhões de euros nos cofres do F.C.Porto, investimos quatro no substituto, João Pedro. Não é fácil, a concorrência é muita e têm muito mais meios, mas não há outro caminho.

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