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quarta-feira, 19 de dezembro de 2018


O F.C.Porto segue para os quartos-de-final da Taça de Portugal, após vencer com mérito um difícil e bom de bola, Moreirense, num belo espectáculo de futebol. Faltou ao conjunto de Sérgio Conceição eficácia para acabar com o jogo durante o período de cerca de meia-hora em que se exibiu muito bem, criou e desperdiçou uma mão cheia de oportunidades, algumas claras.

Depois de ter entrado a mandar e procurar o golo, o F.C.Porto, com algumas alterações em relação ao jogo dos Açores - Fabiano no lugar de Casillas, Maxi no de Corona, Felipe, Militão e Alex Telles, Danilo Herrera e Otávio em vez de Óliver, André Pereira em vez de Soares, Marega e Adrián López subsituiu Brahimi -, foi surpreendido por um golo do Moreirense iam decorridos 8 minutos, claramente contra a corrente do jogo - Maxi perdeu a bola no ataque, saída rápida dos minhotos, equipa portista descompensada, Teixeira a finalizar à vontade e à boca da baliza.

Novamente em desvantagem, terceira vez consecutiva nas competições internas e já sem Otávio lesionado e substituído por Hernâni, o F.C.Porto reagiu bem e no espaço de 3 minutos, entre o minuto 13 e 16, por Felipe e pelo recém entrado, deu a volta ao resultado - no primeiro, após canto de Alex Telles, no segundo, assistência de Adrián López.
A partir desse momento e até ao intervalo só deu Porto. A equipa campeã nacional arrancou para 30 minutos muito bons, foi intensa, dinâmica, pressionou e circulou bem, encontrou quase sempre as melhores opções, podia e devia ter marcado vários golos, ir para o descanso com a partida decidida. Não foi porque, apesar da noite inspirada do guarda-redes dos de Moreira de Cónegos, falhou claramente na hora de finalizar - André Pereira, Marega, Danilo e Felipe, foram muito perdulários.
E quando o 2-1 já era demasiado penalizador para a superioridade e boa exibição dos Dragões, o golo do empate em cima do minuto 45, foi um golpe difícil de digerir. Mas o futebol é assim, quem não marca...

Na 2ª parte, apesar de um golo que não estava no programa, os portistas entraram para marcar cedo, resolver, mas aí encontraram um Moreirense que mexeu na estrutura defensiva, ficou mais curto, subiu as linhas, deu menos espaços, obrigou a equipa de Sérgio Conceição a um futebol mais directo, procurar a profundidade. Só que a bola não entrava no sítio certo, Marega bem ia, mas os passes saíam errados, a bola raramente chegava em condições ao avançado maliano. O conjunto orientado por Ivo Vieira aproveitou bem, passou a ter bola, sair com critério e qualidade, criou dificuldades à defesa portista. Significativo, já quase se tinha esgotado o primeiro quarto-de-hora quando a equipa do F.C.Porto criou uma oportunidade e que oportunidade de golo - Marega servido numa bandeja dourada, após uma arrancada fantástica de Hernâni, atirou para grande defesa de Pedro Trigueira.
Sentindo que era preciso fazer alguma coisa, ter alguém capaz de ter bola, definir bem, aproveitar a defesa subida do Moreirense, Sérgio Conceição fez entrar Brahimi aos 60 minutos - saiu um desinspirado André Pereira. Mais uma oportunidade desperdiçada - passado pouco tempo, apenas 6 minutos, o argelino lançou com qualidade Marega, este desta vez não desaproveitou, colocou novamente os Dragões em vantagem. Só que ainda faltava muito tempo e como estava o jogo, o resultado estava longe de estar feito. A equipa do F.C.Porto sem frescura, intranquila - ai Fabiano, ai , ai...-, perdia organização, não guardava a bola, pior, dava espaços, os de Moreira de Cónegos mantinham-se dentro do jogo, jogavam bem, ameaçavam como aconteceu ao minutos 74 - Chiquinho já bem dentro da área desperdiçou uma grande ocasião -, todo o cuidado era pouco. E era mesmo. Apesar de Marega, novamente bem servido por Brahimi, fazer um vistoso chapéu a Trigueira e colocar o marcador em 4-2, o respirar de alívio portista durou pouco, os minhotos ainda reduziram para 4-3, ainda houve um canto contra o F.C.Porto, só mesmo após o apito de Carlos Xistra ficou a certeza que o campeão segue para os quartos-de-final.
Segue com todo a justiça, após um jogo que foi um belo espectáculo e excelente réplica de um Moreirense muito bom de bola.

Notas finais:
Três jogos no espaço de uma semana, com várias e longas viagens, incluindo um complicado jogo de Champions, são atenuantes a ter em conta e que devem pesar nas avaliações que se fazem acerca da exibição portista. Elas não matam, mas moem. Apesar disso, ninguém ousará questionar a vitória do F.C.Porto. Portistas que podiam ter resolvido o jogo na 1ª parte, quando se exibiram muito bem, conseguiram excelentes jogadas de envolvimento, chegaram a banalizar uma excelente equipa do Moreirense, como se viu em particular na etapa complementar, mas pecaram demasiado na finalização.

Foi a 14ª vitória consecutiva e se é óbvio que o significado é apenas estatístico e portanto, se é verdade que não pode ser motivo para festa, também é verdade que estas vitórias servem para dar moral, confiança, funcionam como estímulos positivos, manter o foco. E como equipa e adeptos têm os pés bem assentes no chão, não estão a embandeirar em arco, viva a 14ª!

O Galatasaray era um adversário acessível, sétimo classificado do campeonato turco, mas para o F.C.Porto. Para o Benfica há uma nuance, como é a eliminar já é um adversário difícil.
Estes beatos papa-hóstias são tão divertidos...

Pergunta:
Benfica 34 pontos,
F.C.Porto 21,
Sporting 20.
Um bolo-rei a quem conseguir interpretar isto...

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