sábado, 29 de dezembro de 2018
«Terrorismo sem perdão
A camisola com o nome de Bruno Simões que o plantel do Benfica levou ontem para o balneário é muito mais do que um alerta para a situação que ocorreu na A1, em Grijó-Gaia.
É, antes, um pedido desesperado para que todos os Brunos Simões - apaixonados por futebol - possam continuar a acompanhar as suas equipas e regressar a casa sãos e salvos.
A Liga Portugal anunciou orgulhosamente que no passado domingo se bateu um recorde com mais de 10 anos. Desde 2007 que não iam tantos adeptos aos estádios no mesmo dia: 145.420.
O Benfica congratula-se com o registo (e também por o Estádio da Luz ter contribuído com 39,5% do valor total), mas lamenta que a mesma Liga Portugal não tenha ainda dedicado uma palavra ao nosso adepto que foi barbaramente atirado para uma cama do Hospital de Gaia. Ele foi um dos 145.420!
O que está em causa, nesta emboscada da A1, é de novo o crime organizado! Que se manifesta das mais variadas formas. Seja pelas ameaças aos árbitros e respetivas famílias, seja pelo cibercrime, seja por estes cobardes ataques a adeptos.
E importa recordar que, nestas questões, a inércia das instituições é o melhor incentivo à cultura de ódio.
O crime contra os elementos da Casa do Benfica de Barcelos que seguiam no autocarro é semelhante, na forma, ao que se passou em Alcochete: uma ação planeada e perpetrada intencionalmente para causar dano.
Ou seja, está contemplada no artigo 3/1 da Lei 52/2003, de 22 de agosto, e enquadra-se no âmbito da verificação de elementos do crime de terrorismo. O que é que ainda falta para se travar esta gente?»
Analisando e comentando mais este inacreditável comunicado:
O que aconteceu ao adepto do SLB, vítima de uma pedrada que o atirou para uma cama de hospital, é acto absolutamente lamentável, condenável e que não pode repetir-se.
Mas o comunicado que podem ver acima, é mais uma peça miserável do clube do regime, mais uma prova que naquele antro de podridão, a desfaçatez, falta de pudor e vergonha na cara, não tem limites. Ver um clube com um histórico de malfeitorias, algumas que causaram a morte de adeptos, pregar a moral e os bons costumes, só neste Portugal dos pequeninos, onde o surrealismo de algumas decisões judiciais, mas não só, são autênticos convites à continuidade de práticas e atropelos que merecem o mais veemente repúdio.
Um clube que tem um presidente que perante um assassinato de um adepto de futebol, perpetrado por um associado do SLB, em vez de condenar, sem mais, o sucedido, colocar-se até à disposição da família enlutada de Marco Ficini, para o que fosse necessário, numa tirada bem definidora de carácter e do seu (baixo) nível, pergunta, o que é que o jovem assassinado estava ali a fazer àquela hora?, devia ter pudor. lamentar e condenar, sim!, mas evitar acirrar ânimos, provocar. Mas isso é impossível com Vieira na presidência do clube do regime.

Um clube que no seu canal de televisão, insulta, provoca, achincalha, deseja a morte a rivais, trata mal todos aqueles que tomam decisões que lhes desagrada, nem a memória dos que já partiram respeita, atreve-se a falar em cultura de ódio? Não devia ter atrevimento para isso, mas neste Benfica de Vieira há muito que se perdeu a noção da realidade, vale fazer e dizer tudo.
Já cerca da frase final de mais um vergonhoso comunicado com origem na Porta 18: O que é que ainda falta para se travar esta gente?, respondo:
Que em Portugal haja coragem para colocar o Benfica na ordem, haja gente que não tenha medo do mito dos seis milhões, de apontar o dedo a Luís Filipe Vieira.

Termino dizendo o seguinte: