Com Diogo Costa, João Mário, Fábio Cardoso, David Carmo e Zaidu, Otávio, Uribe e Eustaquio, Pepê, Taremi e Galeno, o FC.Porto começou o jogo de forma incaracterística, até que ao minuto 6 Diogo Costa assistiu Galeno, o brasileiro fez tudo bem, adiantou o F.CPorto no marcador.

A perder o Bayer subiu as linhas, pressionou alto, Dragões em vez de saírem com critério, jogando simples, procurando espaços, preferiu sair pelo meio, com toquezinhos, Uribe desastrado, fez penálti, Diogo Costa que já tinha defendido um na semana passada, defendeu novamente. Absolutamente inacreditável a forma como o F.C.Porto começou a jogar após o golo. Passes errados, más opções, incapacidade flagrante de ter bola. O meio-campo metia dó, não conseguia organizar, dava muitos espaços. E das poucas vezes que conseguiu sair, Taremi muito lento, perdeu uma boa oportunidade - como jogador mais avançado pedia-se mais rapidez.

Só dava Leverkusen, mais um erro na saída, alemães pertíssimo do empate. Passado pouco tempo até empataram, mas o VAR anulou.

Era desesperante a forma como o F.C.Porto jogava, tantos erros grosseiros, eram uns atrás dos outros.

Tirando Diogo Costa e o golo de Galeno, foi das piores exibições do F.C.Porto nas provas europeias nos primeiros 45 minutos.

Entrando com Evanilson no lugar do amarelado João Mário, o F.C.Porto viu Fábio Cardoso salvar um golo certo logo no início da segunda-parte.

Na resposta Galeno foi derrubado dentro da área, o VAR viu bem, penálti que Taremi concretizou. Portistas aumentaram a vantagem, mas continuavam incapazes de pegar no jogo. Mesmo a perder o Bayer não desistiu, perante as dificuldades que os azuis e brancos tinham em se afirmar, ter bola, chegar na frente com perigo, tentou entrar no jogo. Só que, numa das poucas saídas em condições, Galeno voltou a ser decisivo, contra-atacou rápido, foi para cima, foi derrubado, penálti que Taremi não desperdiçou.

O futebol é isto, mesmo não jogando bem, pelo contrário, o F.C.Porto conseguia uma vantagem confortável. Mas se o resultado era confortável, era preciso não relaxar, manter a concentração, procurar sair bem, explorar os espaços, principalmente, tentar não sofrer, deixar os alemães entrar no jogo. 

Com o mérito de nunca terem baixado os braços, os pupilos de Xabi Alonso ainda criaram um ou outro lance de perigo, o resultado manteve-se e tirando as entradas Gonçalo Borges e Bernardo Folha para os lugares de Uribe e Galeno ao minuto 85 e em cima do minuto 90 entraram Danny Loader e Toni Martínez e saíram Taremi e Eustaquio, nada de muito relevante aconteceu.

 

Quem não visse o jogo e olhasse para o resultado, acharia que foi uma grande exibição do F.C.Porto. Não foi. Pelo contrário, foi um jogo em que Diogo Costa, mais Galeno, sem esquecer Taremi porque marcou os penáltis, os deuses estiveram com os Dragões.

Com este resultado o F.C.Porto garante desde já que, independentemente do que acontecer em Brugges, a possibilidade de decidir a passagem aos oitavos no último jogo frente ao Atletico de Madrid, no Dragão, exactamente como aconteceu na época passada. Cenário, é preciso dizê-lo, que após o descalabro frente aos belgas muitos não acreditariam. Esperemos que nesta tudo seja diferente. Se for e que fique desde já claro, é mais um feito extraordinário de Sérgio Conceição.

 

Ouvi muito alarido sobre benfiquistas que invadiram Paris. Em Leverkusen, um bocadito mais longe e sem ter os emigrantes que há na capital francesa, o F.C.Porto teve um grande apoio na Alemanha. É preciso sublinhar e louvar. 

Já que ninguém puxa a brasa à nossa sardinha, puxemos nós.

Os árbitros, VAR e AVAR portugueses que ponham os olhos no que se passou hoje em Leverkusen. Decisões claras, objectivas e tomadas em pouco tempo.

Caixa de comentários