A três pontos da liderança, num clássico que é sempre muito mais que apenas um jogo, com o Dragão esgotado e a fervilhar de entusiasmo, no F.C.Porto entraram de início Diogo Costa, Pepê, Fábio Cardoso, David Carmo e Zaidu, Otávio, Uribe, Eustaquio e Galeno, Taremi e Evanilson. Com este onze claramente de tração à frente, contra a um Benfica mais cauteloso, o conjunto de Sérgio Conceição entrou melhor, mais perigoso, Galeno muito bem, obrigou a amarelar João Mário e Bah, Vlachodimos com uma grande defesa evitou o golo de Taremi.
Benfica respondia, jogo ficou mais repartido, mas Porto por cima. Até que, amarelo para Eustaquio, que logo de seguida viu o segundo e foi expulso. Inacreditável a falta de maturidade do médio portista.
Com dez antes dos 30 minutos, vida difícil para os dragões.
Com mais um o Benfica aproveitou, passou a ter mais bola, dominar, criou muito perigo aos 37 minutos, a bola bateu no poste e depois na barra da baliza de Diogo Costa.
João Pinheiro, que mostrou os amarelos a Eustaquio, não devia ter mostrado o segundo a Bah? E a entrada de Enzo Fernández era apenas para amarelo?
Apesar da vantagem numérica, a única oportunidade do Benfica foi a dupla bola nos ferros, num lance que me pareceu precedido de fora-de-jogo, o F.C.Porto também teve uma clara, por isso o nulo ao intervalo justificava-se.
Para a segunda-parte, prioridade não sofrer, mas sem deixar de tentar.
O treinador do Benfica ao intervalo tirou Bah, João Mário e Enzo, todos amarelados, significativo, entraram Gilberto, Draxler e Neres,
A partida recomeçou com o Benfica a tirar vantagem de ter mais um, natural o sua posse, superioridade, mas era muita parra e pouca uva, o F.C Porto ia aguentando.
Aos 67 minutos saiu Evanilson, entrou Veron.
Antes Drexler tinha dado o lugar a Musa
Mesmo com menos um, os azuis e brancos sempre que tinham bola e saíam, a defesa benfiquista tremia.
Dragões entusiasmaram-se, acreditaram que podiam ganhar, deram espaço para o contra-ataque, num desses contra-ataques, defesa descompensada, Rafa adiantou os da Luz.
Com 15 minutos para jogar a equipa de Sérgio Conceição foi à procura do empate.
Aos 78 entraram Wendell e Toni Martínez, saíram Zaidu e Galeno. E os campeões, mesmo com menos um, mereciam ser felizes, perante um adversário que vivia de uma ou outra arrancada de Rafa.
Sérgio Conceição meteu Rodrigo, tirou Fábio Cardoso, o jogo chegou ao fim com a vitória do Benfica pela diferença mínima. Injusto pela forma como os dragões se bateram, mesmo a jogar mais de uma hora com menos um.
Não querendo crucificar ninguém, ficou claro que com onze o F.C.Porto foi melhor, não foi pior com dez, apesar do Benfica ter mais posse e não merecia perder. Portanto, foi a expulsão de Eustaquio que alterou o rumo do jogo. Mas se o tão badalado Benfica é apenas isto... ainda estamos a tempo!