sábado, 20 de maio de 2023
Entrando em campo já com o 2º lugar e com a entrada directa na Champions League, garantida, o F.C.Porto tinha de conquistar os três pontos no jogo com o Famalicão para evitar que o Benfica fosse campeão no sofá, chegasse ao dérbi frente ao Sporting sem a obrigação de vencer.
Cumpriu a sua obrigação, ganhou sem discussão, o marquês está vazio, não há campeão no sofá. Pena o 2º golo não ter sido de penálti, um póquer de penáltis era o máximo, ia fazê-los espumar...
Com Diogo Costa, Pepê, Pepe, Marcano e Wendell, Otávio, Grujic, Eustaquio e Galeno, Taremi e Toni Martínez, o conjunto de Sérgio Conceição não podia começar melhor. Penálti claro sobre Otávio, Taremi à segunda, colocou os Dragões na frente.
Passados apenas 4 minutos, saída rápida, corte da defesa, recuperação de Otávio, assistência primorosa, excelente finalização de Taremi. Campeões com dois golos de vantagem, uma eficácia acima da média dos últimos jogos.
A perder o Famalicão reagiu, mas o F.C.Porto estava seguro e concentrado atrás, saía com critério para o ataque.
Amarelo injusto para Taremi, numa disputa normal, enquanto o banco da equipa da casa reclava todas as faltas.
Se a eficácia parecia boa, Galeno desmentiu essa possibilidade, completamente sozinho falhou de uma forma inacreditável, podia ter acabado com o jogo iam decorridos 25 minutos.
Galeno que passado pouco tempo obrigou o guarda-redes a fazer uma grande defesa.
Quem não marca sofre. Defesa a dormir, incapaz de despachar, Pepê mal posicionado, Ivan Jaime nas costas do brasileiro reduziu.
De repente um jogo que parecia tranquilo, complicou-se.
Do nada os minhotos construíram uma oportunidade clara, Diogo Costa salvou.
Na jogada seguinte foram os portistas que estiveram próximo do 3°, a bola bateu contra um defesa.
Aos 42 minutos Pepê, cortou em esforço, o árbitro e o VAR acharam que tocou no jogador da equipa da casa, que era penálti, golo, jogo empatado.
Incrível como uma equipa que até estava bem, descambou, muito por culpa da defesa, em particular o seu lado direito. E até podia ter sofrido a reviravolta já no tempo de descontos.
Toni Martínez era um a menos. Num livre próximo da área, Wendell mostrou, se ainda era necessário, a incapacidade do F.C.Porto nas bolas paradas.
Ao intervalo um empate a dois, penalizava um Porto que entrou bem, fez dois golos, podia ter feito o 3°, não fez e depois começou a cometer erros grosseiros e as consequências ficaram a vista.
Para a 2ª parte os Dragões voltaram com o mesmo onze, mas sem a assertividade da 1ª parte, entrou melhor o Famalicão.
Quando chegou à frente com perigo, Pepê, sozinho, atirou para fora do estádio. O brasileiro estava mal a defender e a atacar, já Toni não só não fazia nada, como estragava.
Um lance sobre Eustaquio muito parecido com o do penálti a favor do Famalicão, desta vez não foi nada.
A equipa de Sérgio Conceição parecia incapaz de se impor. Mas aos 62 minutos penálti claro, corte com a mão de uma bola que ia para a baliza e para golo, foi preciso muito tempo para ver o óbvio.
Chamado a bater, Taremi. colocou novamente os portistas na frente.
Esperava-se que agora os Dragões não cometessem os mesmos erros, procurasse aumentar em vez de segurar.
Aos 69 minutos entraram Uribe e Evanilson para os lugares de um Toni Martínez desastrado e Grujic.
Aos 73 novo penálti a favor dos portistas, falta sobre Evanilson - se o de Pepê foi, este também.
Taremi voltou a tentar, voltou a marcar, fez o póquer.
Com 15 minutos mais os descontos para jogar, era preciso não facilitar, não complicar, tentar aumentar a vantagem.
Aos 80 Taremi ofereceu o golo a Galeno, mas o VAR assinalou fora-de-jogo ao iraniano.
Com espaço o F.C Porto saía bem, mas na finalização não acertava, começaram as más opções e o desperdício.
Já em cima dos 90, saiu o homem do jogo, entrou Veron.
O árbitro deu 13!!! minutos de descontos.
Aos 90+10 entraram Rodrigo Conceição e Namaso, sairam Pepê e Galeno e nada de mais relevante aconteceu até ao fim.
E o marquês vai continuar vazio e a dormir o sono dos justos. Até quando?
Resumindo: vitória justa, num jogo que começou bem, por culpa própria complicou-se, mas acabou com o objectivo cumprido.
Ganhar, ganhar e esperar, é a obrigação do F.C.Porto. E hoje, tirando aquele apagão que custou dois golos do Famalicão e obrigou a equipa a ter de voltar a correr para conseguir a vitória, houve bons períodos.
Individualmente, apenas Toni Martínez esteve muito abaixo dos mínimos exigíveis.
Pepê, não é defesa, até se perdoam algumas más abordagens defensivas, mas tem de ser mais esclarecido e criterioso a definir e a finalizar. Tem de ter mais golo.
Com Otávio as coisas ficam mais fáceis. Precisamos de mais como ele na próxima época.
Amanhã o grande pedagogo, Dudu, vai dizer, o único penálti bem assinalado foi o na área do F.C.Porto...
Resolvi acrescentar mais esta reflexão que também coloquei no facebook:
Na hora do balanço não deixarei de olhar para dentro, para as nossas responsabilidades nesta época. Mas também não deixarei de olhar para fora, por exemplo, para as influências que a arbitragem teve.
Campeonato entre os quatro primeiros classificados:
FCP - 13 pontos
Benfica - 8 pontos
Sporting - 6 pontos
Braga - 5 pontos.
Esta classificação, junto com um campeonato decidido apenas na última jornada, prova de forma insofismável que o tão apregoado e estratosférico Benfica de Roger Schmidt, é apenas mais um delírio de uma comunicação social desavergonhada e de análises sem qualquer correspondência com a realidade por parte de freteiros, recadeiros, cartilheiros e lambe traseiros sem noção do ridículo.
Para finalizar, veja-se o comportamento miserável da latrina da queimada.
No FCP - Rio Ave, a polémica está instalada, num lance ainda na primeira-parte. Hoje, nada, num lance aos 90+4, com claríssima influência no resultado, quiçá na luta pelo título.
São assim os prostitutos da escrita e da palavra.
Então o Sporting perde a possibilidade de ainda lutar pelas pré-eliminatórias da Champions com um golo irregular aos 90+4 e ninguém rasga as vestes?