domingo, 24 de novembro de 2024
Depois de um jogo na Luz que correu muito mal e não pode repetir-se, da pausa para as selecções, o FCP no regresso à competição tinha pela frente o Moreirense, em Moreira de Cónegos, jogo a contar para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal.
À procura de conseguir a 4ª vitória consecutiva, os Dragões entraram de início com Cláudio Ramos, João Mário, Nehuén, Tiago Djaló e Francisco Moura, Alan Varela e Nico, Fábio Vieira, Namaso e Pepê, Fran Navarro, e como se previa a entrar forte, dominar e logo aos 3 minutos a ameaçar o golo - remate de Namaso para excelente defesa de Caio Secco.
Estava bem o conjunto de Vítor Bruno, faltava apenas mais acutilância e chegar à vantagem. Esse período durou pouco cerca de 15 minutos. Depois o Moreirense equilibrou, o FCP perdeu fulgor, deixou de circular bem, encontrar as melhores soluções. Começaram os passes errados, as más opções, dificuldades em criar oportunidades. Tudo muito atabalhoado, denunciado, ficava fácil para o sector recuado da equipa do Moreirense.
Até que ao minuto 35 João Mário fez um excelente cruzamento e ao 2° poste Pepê adiantou os portistas. É assim tão difícil fazer bem?
Na reacção, passados 5 minutos, centrais do FCP a dormir, golo de Asue no meio deles a cabecear à vontade e a fazer o empate. Está muito fácil fazer golos aos Dragões.
Assim, ao intervalo, apesar de começar por prometer muito, o FCP ficou apenas pelas promessas. E mesmo depois de ter chegado à vantagem não tardou em a desperdiçar, mais por culpa própria que por mérito do Moreirense.
Para a 2ª parte o treinador do FCP manteve o mesmo onze. E o jogo recomeçou com a equipa da casa a ameaçar.
A reacção dos portistas não foi forte, mas podia ter resultado em golo não fosse Namaso, com duas linhas de passe em boa situação, ter feito um remate surreal. Parecia um remate de um miúdo das escolinhas. Inadmissível num jogador do FCP. É preciso ter uma paciência de santo para assistir impávido e sereno a estes lances. A mesma coisa num grande disparate de Francisco Moura que causou um canto.
Era penoso assistir ao rendimento dos dois homens da frente de ataque.
Não admirou por isso que um, Fran Navarro, tenha saído para a entrada de Samu, no mesmo minuto, 60, saiu também João Mário e entrou Martim Fernandes.
Era um Moreirense mais subido, mais agressivo, mais perigoso, perante um conjunto do FCP incapaz de se impor.
Não demorou a sair Namaso, entrou Galeno.
Tanta ingenuidade de Martim, em vez de rematar de primeira, quis interiorizar, perdeu a bola. Aos 70 Galeno ameaçou, mas pouco.
Não havia pressão, o Moreirense jogava e trocava a bola à vontade, os jogadores do FCP pareciam perdidos em campo.
Aos 75 minutos, Francisco Moura que estava desastrado, abusou, cortou com a mão, fez penálti, golo. Dragões a perder a pouco mais de 15 minutos do fim.
Rodrigo Mora e Eustaquio substituíram Alan Varela e Francisco Moura. Era o FCP a tentar, mas de uma forma atabalhoada. Tudo muito lento, pelo meio, incapacidade total para soltar rápido, desmontar a defesa adversária, faltas escusadas, perigo nenhum.
O jogo chegou ao fim com a vitória que até é justa do Moreirense. FCP fora da Taça de Portugal, uma saída pela porta dos fundos do vencedor das três últimas edições.
TERCEIRA DERROTA CONSECUTIVA, MAIS UMA ONDE, MAIS QUE A FALTA DE VONTADE, HÁ UMA MANIFESTA FALTA DE QUALIDADE.
Os lances de bola parada continuam a não resultam, nem sequer ameaçam.