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sábado, 1 de março de 2025

 

Depois de dois pontos muito mal perdidos frente ao Vitória e com a perda ficar impossibilitado de diminuir a desvantagem para quatro pontos do Sporting, mantendo o mesmo atraso para o Benfica - era de quatro pontos, passou para seis -, o FCP tinha no confronto com o Arouca a obrigação de voltar às vitórias. Para não aumentar o fosso para o duo da dianteira; para manter o 3° lugar; para terminar com uma crise de resultados negativos que se arrasta e traz os seus adeptos muito desiludidos com o comportamento da equipa. Voltou e o mais importante foi conseguido...

Martín Anselmi fez alinhar de início Diogo Costa, N. Pérez, Otávio e Marcano - saúde-se o regresso, mesmo que seja um mau sinal...; João Mário, Alan Varela, Eustaquio e Moura; Gonçalo Borges, Samu e Fábio Vieira e os portistas entraram a pressionar bem, mas quando recuperavam a bola, estavam nervosos, trapalhões, com dificuldades em construir bem. O primeiro remate enquadrado foi do Arouca.
Aos 9 minutos pisão a Samu na área, VAR sinalizou, o árbitro foi ver, assinalou penálti.
Samu pegou na bola, marcou, adiantou o FCP. Dragões cedo em vantagem sem terem feito muito por isso.
Aos 16 minutos Lamba viu amarelo, devia ter visto vermelho pela entrada sobre Gonçalo Borges.
Entretanto, a tendência para complicar de alguns jogadores do FCP continua e é de levar as mãos à cabeça. Ora, quando é assim o adversário não se faz rogado, aproveita, cresce no jogo. E aos 27 minutos o empate esteve à vista. Na baliza do Arouca também podia ter acontecido golo, mas Samu falhou clamorosamente na cara do guarda-redes... embora ficassem dúvidas se não estaria em fora-de-jogo.
Meia-hora chegou e tirando o golo, pouco mais fez o conjunto da Invicta. A incapacidade de ligar as jogadas, rápido e bem é notória, idem para passar em condições, mesmo passes fáceis. E apesar de muitos atrás, a equipa da casa chegava fácil e com perigo à área do FCP.
A primeira jogada bem construída só aconteceu aos 38 minutos e não deu em nada. Estava muito mais fácil para o Arouca sair da pressão que o FCP.
Equipa de Martín Anselmi era uma equipa completamente desligada, muita gente na zona defensiva, quando recuperava a bola não saía de forma organizada, só saía com um ou dois. Claro, porque faltavam apoios, eram obrigados a individualizar, fazer tudo sozinhos, os da Serra da Freita, recuperavam, preenchiam os espaços, ficavam em superioridade numérica, os contra-ataques dos azuis e brancos eram totalmente inócuos.

O jogo chegou ao intervalo com o FCP na frente pela diferença mínima, resultado injusto para a equipa da casa que foi sempre melhor colectivamente. O Arouca era uma equipa, o FCP um conjunto de onze jogadores desligados, sem critério a definir, incapazes de funcionar como equipa.

Em vantagem, mas jogando muito pouco, para a 2ª parte o FCP entrou com o mesmo onze. E o reinício não foi famoso. Os mesmos erros, bolas fáceis que se perdiam de uma forma inacreditável. Havia espaço era preciso aproveitar, mas os Dragões não conseguiam. 
Um daqueles erros típicos de Otávio, que aparecia muito na frente, originou um lance de perigo para a baliza de Diogo Costa. Na frente Gonçalo Borges enrolava, complicava em vez de jogar fácil e simplificar. Quando a passe de Samu e com espaço, devia ter ido com tudo para cima, não foi capaz, apenas ganhou um canto. Saiu logo para a entrada de Namaso aos 64 minutos. No minuto seguinte Diogo Costa queixou-se, ameaçou sair, mas recuperou.
Aos 70 minutos numa jogada como deve acontecer muito mais vezes, Namaso para Moura, centro atrasado, remate de Fábio Vieira contra a barra e desceu sobre a linha de golo.
Aos 75 minutos saíram João Mário e Marcano, entraram Martim Fernandes e Zé Pedro.
Namaso que entrou muito bem, recebeu, saiu da pressão, colocou no espaço vazio e aí Fábio Vieira fez o resto, desta feita a bola entrou. Será que é muito difícil fazer o básico?
Com o jogo a caminhar para o fim e com uma vantagem de dois golos era preciso manter a concentração, não facilitar, deixar o Arouca entrar no jogo. Se possível aproveitar os espaços que Arouca ia dar na tentativa de encurtar distâncias. Mas para isso é necessário qualidade de passe algo que falta a muita gente nesta equipa.
Aos 87 minutos falta clara sobre Martim Fernandes, o árbitro não assinalou. Contra-ataque do Arouca, golo. O VAR  analisou, chamou o árbitro e João Gonçalves só fez o que era de direito, invalidou o golo. 
Mas nem esse avisou alertou a defesa portista que falhou e podia ter sofrido um golo. Como podia ter marcado o 3° se fosse mais expedita na hora de finalizar.
Não houve mais golos, o jogo terminou com a resultado em 2-0.

Resumindo, o importante foi conseguido, a vitória é justa, mas ainda há muito para trabalhar e caminhar. Ainda há erros que não se podem cometer, há passes, fáceis, que só se podem errar como excepção e não como regra. Ainda há tendência em alguns jogadores para complicar em vez de simplificar - Gonçalo Borges e João Mário são bons exemplos. Ainda há falta de confiança para sair a jogar, mesmo com espaço, recua-se para os defesas e para Diogo Costa. Ainda falta atacar com mais critério, definir melhor e finalizar melhor.
Espero e acredito que com as vitórias a confiança aumentará e as exibições melhorarão. Aliás, sem ser exuberante, ou de qualidade superior, a diferença da 1ª parte, fraca, fraca, para a 2ª, foi notória.

Uma nota final:
Era este Fábio Vieira que esperava desde o início da época. Pena só ter aparecido agora, pena não ter muita gente que fale a mesma linguagem.

PS - Para quem esteve parado mais de um ano, tem 37 anos, Marcano regressou muito bem. Como disse em cima, é mau sinal que tenha de ser Marcano a colocar alguma ordem na defesa. Espero também que Martim não tenha nenhuma recaída, com este João Mário, Martim faz muita falta.

PS 1 - Empatar em Alvalade a 30 golos, frente a um grande Sporting - tem-no provado na Champions League -, é um grande resultado e permite ao FCP sonhar com o título.

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