domingo, 2 de novembro de 2025
Ultrapassado o obstáculo Moreirense com uma vitória difícil, mas justa e moralizadora, outro se erguia no caminho do FCP. Um SCB a atravessar um excelente momento de forma. Era, portanto, um jogo de elevado grau de exigência, um jogo que obrigava a um Porto de alto nível. Um Porto capaz de encontrar soluções no caso do SCB se apresentar no Dragão como se apresentou o Benfica, um Porto também preparado para um Braga atrevido, a querer jogar olhos no olhos e a jogar para vencer.
Foi um jogo muito difícil, uma exibição desinspirada, mas uma vitória muito importante frente a um Braga que foi melhor em grande parte do jogo e tem muita culpa desta cinzenta exibição do conjunto de Francesco Farioli.
Com Diogo Costa, Alberto Costa, Bednarek, Kiwior e Francisco Moura, Alan Varela, Froholdt e Rodrigo Mora, William, Samu e Pepê, a equipa de Francesco Farioli entrou a pressionar alto, mas jogo muito amarrado, pouco fluido, trapalhão, sem oportunidades. As coisas não estavam a sair bem aos Dragões que não conseguiam fazer uma jogada em condições. Braga tranquilo. Cartão amarelo a Francisco Moura.
Primeiro guarda-redes a ter de se aplicar foi Diogo Costa.
FCP completamente ao lado do jogo na primeira meia-hora, Braga melhor.
Aos 32 minutos após canto, golo de Froholdt, invalidado por árbitro e VAR por carga de Bednarek a Hornicek. E praticamente do nada, sem ter feito algo para o justificar, em cima do intervalo, remate de longe de Samu, bola bateu em Rodrigo Mora, traiu o guarda-redes, FCP na frente, resultado ao intervalo. Esse golo não invalida que se diga que a exibição dos azuis e brancos na 1ª parte foi muito cinzenta. Muita vontade, pouca clarividência e nenhuma inspiração.
Em vantagem e com o Braga a ter de ir à procura do empate, para a 2ª parte era fundamental jogar melhor, o que não era difícil, circular, definir e passar bem, aproveitar os espaços e tentar aumentar o resultado.
Entrando com o mesmo onze, o FCP começou com as mesmas dificuldades em ligar as jogadas, falhava passes fáceis, raramente construía uma jogada em condições.
De um canto, toda a gente a dormir, golo do Braga. Há uma carga sobre Alberto Costa, mas VAR validou o golo e fez-se justiça no resultado. O FCP tinha de reagir, saíram Francisco Moura e Rodrigo Mora, entraram Martim Fernandes e Gabri Veiga aos 56 minutos. A reacção aconteceu, mas faltava qualidade de passe, encontrar as melhores opções para poder finalizar.
Varela sempre com dificuldades em jogar ia entregando o outro ao bandido. Era surreal a forma como a equipa de Francesco Farioli complicava, mesmo as jogadas mais fáceis. Tudo saía mal.
Aos 65 saiu Samu e Pepê, entraram Deniz Gül e Borja Sainz.
O Braga jogava bem e melhor, dominava, o FCP era uma equipa partida, desligada, sem ter bola, não conseguia fazer nada de jeito.
Ao minuto 73 saiu William Gomes e entrou Pablo Rosário. E passados 2 minutos a melhor oportunidade de golo do FCP. Primeiro Gabri Veiga e depois Deniz Gül foram incapazes de marcar.
Aos 79 minutos, jogada bem construída, bola metida no espaço, finalmente um passe em condições, Borja Sainz isolou-se e adiantou os portistas.
Em vantagem era importante manter a calma, concentração, defender e sair com critério.
O Braga tinha a bola, a iniciativa, o FCP defendia com todos, até não defendia mal, mas quando tinha a posse continuava de complicador ligado, errava passes atrás de passes, perdia a bola muito rapidamente.
O jogo chegou ao fim com a vitória muito difícil, frente a um excelente S.C.Braga que pelo que produziu não merecia perder.
O FCP ganhou, mantém um registo quase imaculado, lidera isolado, mas esta noite esteve muito longe de produzir uma boa exibição. Quando se joga mal e consegue ganhar é óptimo, mas convém não abusar.
Não há nada na lei que impeça um jogador de disputar a bola com o guarda redes, desde que não cometa falta Bednarek saltou na vertical, o guarda-redes foi anjinho. Mas se o lance do central polaco do FCP é falta, o lance sobre Alberto Costa não é? Tiago Martins no VAR, depois do que disse AVB, teve medo de ser acusado de beneficiar o FCP, decidiu sempre contra os azuis e brancos.

