sexta-feira, 8 de novembro de 2013
Como disse no post de ontem, há quem culpe o treinador e quem acha que lhe faltam ovos para fazer boas omeletes. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, no meio termo estará a virtude. Dizer que o treinador não tem competência, não tem unhas para o F.C.Porto, ainda está por provar - as minhas críticas são sobre factos concretos e vão ao encontro daquilo que vejo e oiço a muitos portistas: organização do meio-campo; demasiados deslizes defensivos sem consequências; pouco apoio na frente; pouca ousadia na hora de mexer na equipa, hesitação, receio de tocar em alguns jogadores, discurso que deixa a desejar antes e depois -, como ainda está por provar que este plantel tenha os defeitos que alguns lhe apontam. Esta questão do defeito para uns ser do cu e para outros das calças, tem barbas, já falei sobre uma polémica semelhante ainda no tempo de Jesualdo, aqui. Lembro também que alguns achavam que Vítor Pereira não prestava, já mudaram de opinião; lembro-me de ver muitos mudarem de opinião em relação a um plantel, quando em 1993/1994, Bobby Robson substituiu Tomislav Ivic. As aquisições tinham sido os regressos dos emprestados Secretário e Folha, não contratamos ninguém sonante, a única aquisição foi Vinha, ao Salgueiros - nem preciso de dizer como foi encarada essa aquisição.
O que é facto é que com o treinador croata as coisas não andavam, as exibições eram más, a qualidade do grupo foi muito questionada, o estádio estava com muito menos gente, 25.000 sócios com as quotas em atraso, não íamos a lado nenhum. Veio Robson e houve uma metamorfose. O Dragão voltou a ter chama, a jogar um futebol de ataque, vistoso, vieram as goleadas, estádios cheios de portistas, um grande entusiasmo, ganhamos a Taça de Portugal - já aqui recordei a forma vergonhosa como so viscondes se portaram na hora de recebermos a taça - e só não fomos capeões porque na Luz e num jogo muito importante, Fernando Couto foi anjinho, reagiu às provocações de Mozer, foi expulso ainda na primeira-parte, perdemos o jogo e essa derrota foi decisiva nas contas finais - Benfica campeão com 54 pontos, F.C.Porto segundo com 52, vitórias 2 pontos, empate 1. Para além disso, 5-0 em Bremen, meias-finais da Champions...
Portanto e concluindo, vamos ter calma, deixemos as análises definitivas mais lá para a frente. Até porque nesta altura não é possívem fazer mais nada que alertar, contribuir pela positiva para melhorar.
Hoje tivemos no nosso Museu e em directo, um programa de rádio, Linha Avançada, da Antena 3, cujo um dos autores, José Nunes, é alguém que quando comenta o F.C.Porto, para além de gozar connosco, não esconde a azia que as nossas vitórias lhe provocam. Já por várias vezes lhe deixei alguns recados na sua página do facebook, fiz este post após o Vitória de Setúbal - F.C.Porto da época passada. Não ouvi o programa de hoje, que não era sobre futebol e portanto, não sei o que lá foi dito, agora sei que estava lá alguém, José Nunes, que quando comenta jogos do F.C.Porto tem análises muito enviesadas sobre o que vê, contribui com o seu sectarismo para passar ideias falsas, imagens deturpadas, de que esse Vitória -F.C.Porto é um bom exemplo.
Meus caros, o Museu não é uma obra apenas para os portistas, precisa de ser promovido, mas será que não podemos fazer isso sem ter de receber naquela que é a nossa mais recente obra de arte, gente que quando comenta os nossos jogos, não o faz com o rigor e a isenção exigida a quem comenta, para mais numa rádio pública?
Algures num bairro lisboeta...
- Não há direito! Palhaçada da UEFA! Platini é uma besta quadrada! Como é possível?
- Que se passa senhor presidente?
- Gabi, cala-te e liga-me já para o Delgado.
- Está lá, és tu Delgado? Olha lá ó meu burro, então eu digo que temos o melhor plantel dos últimos 30 anos e tu andas a fazer passar a ideia que sem Cardozo é um drama? Ó meu burro, faz primeiras páginas com esse escândalo da UEFA entregar a transmissão televisiva da final da Champions à Sport Tv e não à Benfica TV. Passa-me ao Guerra.
- Estou, Luís XIV, rei sol benfiquista, vossa excelência que deseja?
- Ollha-me para este puxa saco... Ó Guerra, quero um editorial forte...
- A bater no JJ e a elogiá-lo a si, mais maior, melhor presidente do mundo?
- Não me voltes a interromper, ouviste? Nada disso. Quero um editorial forte e duas a três páginas a bater na UEFA e no Platini, sem esquecer o Joaquim Oliveira. Entende-te com o Delgado sobre a capa.
- É para já, o Baninho vai fazer essa peça e como o meu rei sabe, não há melhor do que ele para escrever sobre o Benfica. Mas a capa de amanhã é sobre o derby...
- Como?! Mas quem é que manda na Bola?