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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015


Depois de dois jogos com exibições fracas, abaixo dos mínimos exigíveis, um deles com uma derrota comprometedora frente ao Dínamo de Kiev, outro com uma vitória complicada contra o Tondela, em que valeu Iker Casillas para não dar empate, e com a contestação a aumentar, o F.C.Porto voltou à Ilha da Madeira, local onde nos últimos tempos não tem sido muito feliz, desta vez para defrontar o União, jogo relativo à 9ª jornada, mas que tinha sido adiado devido ao mau tempo. Era, portanto e por muitas razões - a diferença entre ficar a dois, quatro ou cinco pontos do líder; acabar com o estigma de não ganhar na Madeira há tempo demais; diminuir a contestação e instabilidade; recuperar a confiança, moral e tranquilidade -, um jogo importante e a conquista dos três pontos fundamental.

Entrando com duas alterações em relação ao último jogo, saíram Bueno e Aboubakar, entraram Corona e Dani Osvaldo, o F.C.Porto com Casillas, Maxi, Martins Indi, Marcano e Layún, Danilo, Herrera e André André, Corona, Dani Osvaldo e Brahimi(aos 69 Varela), entrou forte, ameaçou por Herrera aos 7, chegaria à vantagem pelo mesmo jogador, que, de cabeça, aos 12, após uma boa jogada de envolvimento pela esquerda e um excelente cruzamento de Layún. Em vantagem os Dragões mantiveram o ritmo e a intensidade, continuaram a atacar, aos 14, depois de outra boa jogada, agora pela direita, desta feita foi Maxi a cruzar e Brahimi a finalizar. Era um bom período do conjunto de Julen Lopetegui que juntava a um jogo bem conseguido a uma eficácia que raramente se viu esta época. Motivado e com os madeirenses perturbados, Corona num cruzamento remate fez o terceiro aos 23 minutos e deixou o jogo claramente encaminhado para os portistas. A partir desse momento e com uma vantagem confortável, pedia-se aos portistas que hoje trocaram o azul e branco pelo alternativo, todo branco, concentração, controlo e que aproveitasse os espaços que o União, na tentativa de encurtar distâncias, certamente iria ter de dar. Como os unionistas não arriscaram muito e não houve grandes possibilidades para que o F.C.Porto explorasse o contra-ataque, o jogo chegou ao intervalo com um resultado de 0-3 e o jogo quase decidido.
Tudo somado, boa primeira-parte do F.C.Porto. A equipa teve atitude, segurança defensiva, um meio-campo activo, dinâmico e pressionante e um ataque eficaz.

Tendo em conta que já no próximo sábado têm novo jogo e o resultado estava bem encaminhado, era natural que o guião para a segunda-parte fosse no sentido que os Dragões não forçassem, se limitassem a gerir, procurassem um ritmo baixo, ter bola, tirá-la ao adversário, nunca permitir que a equipa de Norton de Matos entrasse no jogo. Depois, como segundo objectivo, se a possibilidade de dilatar o score surgisse, obviamente, era preciso tentar aproveitá-la. E foi o que aconteceu. O Porto apenas se limitou a estar atento, concentrado, não permitiu que a equipa insular arrebitasse cabelo, fez mais um golo, já no tempo de descontos, por Danilo, podia ter feito outro, não esteve em grandes riscos de sofrer, ganhou naturalmente.

Resumindo, era um jogo teoricamente mais difícil que o do último sábado, mas que se tornou bem mais fácil. Um Porto sério, competente, venceu com justiça e matou vários coelhos com uma cajadada só: fica a dois pontos do Sporting; acaba com uma série de jogos na Madeira sem ganhar; diminui a contestação e a instabilidade; aumenta a confiança e a tranquilidade.
Como nota negativa, a expulsão de Dani Osvaldo, lance em que não me parece haver qualquer motivo para vermelho directo.
É espantoso, um jogo que o F.C.Porto domina e depois controla o jogo todo, ganha de goleada, o artista da Renascença dá nota 3 a Lopetegui. Portanto, estaremos atentos ao critério desta nova sumidade da rádio portuguesa, para ver se ele manter a exigência para outros treinadores. Ganhar de goleada, é pouco, apenas vale 3 e acho que o rapaz até esteve tentado a dar 2 ao treinador do F.C.Porto.

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