domingo, 21 de setembro de 2008
Fortíssimos assobios!
Depois de se terem queixado dos assobios no jogo da Liga dos Campeões, os profissionais do F.C.Porto, tiveram muita sorte, do jogo com o R.Ave não ter sido no Dragão, caso contrário, teriam ouvido uma vaia, que tão cedo não iriam esquecer. Durante 60 minutos o F.C.Porto não jogou, viu jogar, a equipa vilacondense, que foi melhor em todos os capítulos do jogo. Tivesse a equipa de João Eusébio gás para os 90 minutos e não sei o que teria acontecido... E, mesmo nos últimos 30 minutos, apesar de ter jogado melhor, dominar claramente, poder ter marcado por várias vezes, o futebol portista, nunca foi brilhante, esclarecido, capaz de encontrar as melhores soluções, perante um R.Ave, que sem forças, só queria defender. Ninguém se salvou no naufrágio de Vila do Conde, mas continuo a colocar a questão: 4x3x3 com dois laterais que não dão profundidade, com um Mariano que não acerta uma e um Rodríguez que não é extremo, é o melhor sistema para este Porto? Sinceramente não me parece.
Assim como para mim não colhe o facto de termos jogado na quarta-feira e a equipa estar cansada. O orçamento do F.C.Porto é 30 vezes superior ao do R.Ave, portanto o plantel é muito melhor e se não podiam jogar, por cansaço, alguns, jogavam outros.
Como é possível, Lino, que estava moralizadíssimo, por ter marcado o golo da tranquilidade contra o Fenerbahçe, não ter entrado de início?
Depois do que se viu hoje, apetece dizer, que ao falarem dos assobios, os profissionais do F.C.Porto perderam uma boa oportunidade para estarem calados!
Tinha dito que é nestes jogos, não ganhando estes jogos, que muitas vezes se perdem campeonatos. O futuro dirá da falta ou não, destes pontos perdidos.
Espero que exibições como a de hoje não se repitam tão cedo! Não me lembro de ver o F.C.Porto jogar tão mal como jogou durante 60 minutos e eu tenho muito boa memória.
Declarações de Jesualdo:
«O que faltou para ganharmos? Faltou golos. Sobretudo na primeira parte não jogámos bem, não tivemos ritmo, não tivemos dinâmica e não aproveitámos 45 minutos. Apesar disso, tivemos oportunidades suficientes para ganhar. O Paiva fez uma grande exibição. Há também uma mão na área do Rio Ave e foi penalty. Nesta altura as grandes penalidades têm que ser assinaladas. Estamos numa fase importante de um campeonato que é uma prova de longa duração e não podemos perder pontos por erros dos outros».
«O Rio Ave mudou a estrutura relativamente ao que tinha feito antes, obrigou-nos a jogar pelas laterais, tornou o jogo mais difícil para nós e mais lento. Foi mais defensivo do que tinha sido com o Benfica, mudou a estratégia e teve sucesso. Houve por isso muito mérito do adversário neste resultado. Na segunda parte o F.C. Porto jogou melhor, mas devia ter jogado os 90 minutos desta forma. Foi evidente o cansaço da equipa, houve uma grande dificuldade em detonar o nosso futebol e notou-se alguma apatia de dois ou três jogadores mais importantes na nossa dinâmica».
Nota final: O Chorinhas Clube de Portugal, fiel à sua tradição, fez um grande escarcéu, porque o árbitro no seu jogo com o Trofense, e, com o resultado em 3-0, marcou, mal, um penalti. Ontem com 0-0 marcaram o primeiro golo num fora-de-jogo escandaloso, mas nem piaram!
É uma cultura que me mete nojo e por isso, espero que o F.C.Porto não vá por aí.
Houve um penalti a favor do F.C.Porto que P.Proença não marcou. É um facto! Mesmo num país onde quem não chora não mama, defendo que quem joga tão mal, como jogou o F.C.Porto, não deve criticar o árbitro. Não vamos ser como os Chorinhas Clube de Portugal!
Somos o melhor clube português, graças à nossa cultura de exigência e de sucesso. Se não formos capazes de olhar para os nossos erros e começarmos a arranjar " bodes espiatórios "...vamos ser como os outros e isso é meio caminho andado para deixarmos de ganhar.
Somos o melhor clube português, graças à nossa cultura de exigência e de sucesso. Se não formos capazes de olhar para os nossos erros e começarmos a arranjar " bodes espiatórios "...vamos ser como os outros e isso é meio caminho andado para deixarmos de ganhar.