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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008


Numa noite fria, gélida mesmo, mais de trinta mil portistas, deslocaram-se ao Estádio do Dragão, para aplaudir e apoiar a sua equipa, que vinha de conseguir a passagem à fase seguinte - oitavos-de-final - da prova mais importante da Uefa; a Uefa Champions League.
Esperavam os portistas, ver uma equipa motivada, moralizada e confiante, a procurar ganhar desde o início do jogo, mas a juntar à vitória, uma boa exibição. Não foi isso que aconteceu: jogando devagar, incapaz de pressionar e colocar intensidade no seu futebol, a equipa Tricampeã, foi permitindo que o conjunto de Domingos Paciência fosse levando a água ao seu moinho, sem passar por grandes aflições.
Foi sempre um F.C.Porto previsível, atabalhoado, adormecido, que apenas viveu, de uns fogachos de Hulk, Lisandro ou C.Rodríguez.
Apesar de ter chegado à vantagem, sem ter feito muito por isso, fez com que a equipa azul e branca melhorasse, antes pelo contrário. Se possível, piorou o rendimento, descomprimiu ainda mais, desconcentrou-se e numa dessas desconcentrações - perda de bola de Fernando, Sapunaru mais uma vez mal colocado, bola atrasada e Cris à vontade, perante a apatia dos dois centrais, a marcar o golo do empate - teve o que merecia.
Nem perante a igualdade o conjunto portista reagiu e até ao intervalo, foi mais do mesmo, perante uma plateia que já estava a ficar nervosa, perante tanta desinspiração.
No início da segunda-parte, o conjunto de Jesualdo, arrebitou um pouquinho, mas como o 2-1 surgiu logo aos cinco minutos, lá voltou tudo a ser como dantes, Quartel General em Abrantes. Uma pobreza franciscana!

Vitória justa, numa má exibição.
São estas exibições que levam ao descontentamento e aos assobios.
São estas exibições que afastam público dos Estádios.
São estas exibições que trazem receios, intranquilidades e desconfianças.
Porque é que acontecem tantas vezes?
Porque é que o espírito destes jogos, não é o mesmo dos jogos mais importantes?
Assim fica difícil manter a paixão acesa.

O menos mau, foi para mim, Hulk.
Como foi possível, Lucho ter estado em campo noventa minutos?
O que se passa com o internacional argentino que mesmo não tendo jogado na Turquia, parecia um fantasma em campo?

Declarações de Jesualdo:
«Era importante para nós entrarmos bem no jogo, e fizemo-lo, e conseguir manter um ritmo de jogo elevado, e conseguimo-lo. Alcançámos o golo numa fase em que estávamos fortes, a Académica reagiu bem e a nossa entrada forte no segundo tempo foi decisiva para ganharmos a partida. Mantivemos o ritmo alto até à substituição do Sapunaru, que acabou por quebrar um pouco a nossa cadência de jogo».

«O nosso único pecado foi não termos sabido controlar o jogo. A equipa estava cansada nos últimos minutos, acabámos por falhar o 3-1, mas ganhámos o jogo, que era o mais importante. Foi uma vitória justa do F.C. Porto, perante um adversário difícil, que nos permite continuar a vencer no campeonato».

«Temos mais três jogos para o campeonato até ao final do ano e vamos trabalhar para conseguirmos manter a condição vitoriosa em todos. Este foi o quinto jogo de uma série de seis num espaço de 20 dias, curto para podermos recuperar bem de cada um deles. Continuamos a ter alguns momentos altos e baixos intercalados durante o jogo, revelamos alguns desequilíbrios, mas estou certo que vamos acabar por corrigi-los naturalmente».

Comentário: eu não vi o mesmo jogo que o treinador do F.C.Porto, no que diz respeito à entrada forte e ao ritmo alto.

Declarações de C.Rodríguez:
«O golo demorou muito a chegar, mas estou contente até pela vitória. Se tem um sabor especial pelo sacrifício? É complicado, são muitos jogos, mas fiz esse sacrifício pela equipa.»

«Críticas há sempre, mas o importante é continuar a vencer. Treino para melhorar todos os dias e dar o melhor para a equipa e para as pessoas do F.C. Porto.»
«Não estou a cem por cento.»

Nota final: parabéns aos Super-Dragões pela passagem do 22 º aniversário.


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