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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008


Depois de ter sido dado como morto e enterrado, o F.C.Porto como que ressuscitou... foi à luta e com a crença, alma e espírito de um Dragão de chama imensa e que nunca se rende, conseguiu, a uma jornada do fim, atingir o objectivo de se apurar para os oitavos-de-final, da prova mais importante da Uefa, a Uefa Champions League.
É pois, sem a pressão máxima e perigosa, que se verificaria caso as circunstâncias fossem outras, que o Tricampeão português, recebe o Arsenal para o sexto e último jogo, da fase de grupos.
Mas se em relação a quem segue para a os jogos a eliminar, como já referimos, está tudo decidido, ainda há outras questões muito importantes, para discutir no jogo de quarta-feira.
Desde logo o primeiro lugar no grupo, que está em aberto, ao alcanse das duas equipas e ser primeiro, traz algumas vantagens: teoricamente o adversário nos oitavos é mais acessível. O segundo jogo, o que em condições normais, decide a eliminatória, é no Estádio do 1º classificado do grupo e isso é muito importante, embora as experiências do F.C.Porto nessa matéria, não sejam muito agradáveis: seguimos mais vezes em frente quando jogamos primeiro no nosso Estádio.
Depois as vitórias na C.League dão dinheiro e como sabemos o dinheiro está muito caro. Por isso, temos de tentar que o prémio venha para o F.C.Porto e para isso temos de ganhar.
Também temos de tentar ganhar, pelo orgulho portista, que tão maltratado ficou no jogo do Emirates Stadium, bem como a imagem do F.C.Porto, cujo prestígio sofreu um forte abalo em terras de Sua Majestade.
Finalmente temos de ganhar, para fazer Arsène Wenger, engolir o sorriso trocista, com que nos brindou no jogo da capital inglesa.
Para que tudo isto seja possível, é necessário haver um Porto forte, sem medo, de qualidade superior, com todos no máximo das suas capacidades, físicas, técnicas e mentais. O Porto dos dois últimos jogos - Académica e Setúbal - é muito pouco. O Arsenal é uma grande equipa, com jogadores - C.Fabregas, V.Persie e Adebayor, por exemplo - dos melhores do Mundo, capazes, em noite de inspiração, transformar os jogos em autênticos pesadelos para os adversários, como se viu no jogo da volta contra o F.C.Porto.
Mas este confronto, serve também, como um bom teste às capacidades da equipa portista e servirá para todos aquilatarmos das possibilidades do F.C.Porto, quando lá mais para a frente - Fevereiro, Março - disputarmos a eliminatória que dá passagem aos quartos-de-final da prova rainha da Uefa, que tantas e tão boas recordações nos provoca.
Como sonhar não é proibido, não paga imposto e não é pecado, deixem-nos sonhar, porque o nosso sonho é muito mais realista, que alguns sonhos megalómanos, que se vêm por aí.
O árbitro é o grego Kyros Vassaras, auxiliado pelos seus compatriotas, Dimitris Bozatzidis e Cristos Gennaios.
Convocados do F.C.Porto:
Bruno Alves, Fernando, Fucile, Guarin, Helton, Hulk, Lino, Lisandro, Lucho, Mariano, Nuno, Pedro Emanuel, Raul Meireles, Rodríguez, Rolando, Stepanov, Tarik Sektioui e Tomás Costa.
Antevisão de Jesualdo:
«O mais importante é participar num jogo que encerra o grupo depois de nos qualificarmos, um jogo bem diferente do de há dois anos quando tivemos de vencer o Arsenal para nos qualificarmos. Não é isso que nos preocupa, o que queremos é, acima de tudo, fazer um grande jogo, dar um grande espectáculo. Queremos os sócios todos aqui. Há a possibilidades do F.C. Porto chegar ao primeiro lugar e, para isso, temos de fazer um jogo a um nível superior»
«O currículo do F.C. Porto na Champions obriga-nos sempre a jogar para os primeiros lugares. O enquadramento do jogo é diferente dos outros. A nossa perspectiva é jogar para ganhar. Não se vai alterar nada, nem estruturas tácticas, nem a nossa forma de jogar, mas do ponto de vista emocional temos outra tranquilidade. Pode parecer esquisito, mas antes de sermos treinadores e jogadores somos pessoas. É obvio que vamos jogar para ganhar porque a cultura do F.C. Porto obriga-nos a isso.»
PS - A gritaria, o alarido e a festa, que vai por aí, porque ao fim de 1296 dias o Benfica chega à liderança da Liga, é tão patético e tão ridículo, que mete dó.
Apetece-me dizer: e os provincianos somos nós?




Vídeo do Arsenal 4 - F.C.Porto 0: lembrar para que não se volte a repetir.

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