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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009


Mas para que o sonho seja possível, se torne realidade, é necessário um F.C.Porto a honrar o seu passado de equipa que espantou o Mundo do futebol. Um Porto sem medo e sem receio, com alma e com coragem, com crença e com determinação, jogando olhos nos olhos já em Madrid e não um Porto, pouco ousado, medroso, que fica na expectativa, como aconteceu na época passada em Gelsenkirchen - Gelsenkirchen, tantas saudades! - e que teve consequências na eliminatória.
O Atlético é uma equipa difícil, muito complicada e andará muito mal informado, quem pensar que a equipa madrilena, só porque está a fazer uma Liga abaixo das expectativas e das promessas do início de temporada, será um adversário fácil. A equipa, agora orientada por Abel Resino, tem um conjunto de jogadores do melhor que há na Europa e que podem, num dia de inspiração, causar danos irreparáveis. Maxi Rodríguez e Simão nas alas e Diego Forlan e Kun Aguero na frente, terão de merecer atenção especial, pois são os elementos que fazem a diferença e de onde pode vir o maior perigo. O F.C.Porto que tem uma sequência de resultados fora de casa, muito bons, que pode jogar no sistema a que melhor se adapta e que é a seu preferido - transições rápidas -, que tem jogadores fortes, rápidos e habilidosos, na frente, pode, se não tiver cuidados excessivos, aproveitar a menor qualidade do sector recuado da equipa de Manzanares, conseguir marcar, e alcançar um resultado, que lhe permita, no Dragão, resolver a eliminatória a seu favor. Mas há outro factor a ter em conta: este Atlético, é também, um clube a lutar contra o tempo perdido, a tentar recuperar e voltar, aos tempos de glória europeia, em que ganhou uma Taças das Taças - competição já extinta - e foi duas vezes finalista vencido. Também foi finalista vencido - para o Bayern -, na Taça dos Campeões Europeus e ganhou uma Taça Intercontinental - os alemães, desistiram e o Atlético, como finalista, disputou a prova contra o Independente da Argentina. Ganhou ainda, a Taça Intertoto de 2007.
Nós portistas, que já passamos por uma fase idêntica, sabemos bem o entusiasmo, a expectactiva e a alegria, com que encaravamos estes jogos. Como sabemos bem, que o nosso apoio foi fundamental para os nossos profissionais e a importância que teve, na motivação, galvanização e na vontade de ir mais além, fazer história, como aconteceu, quer em 1987 - afirmação -, quer depois, a um nível ainda mais elevado, em 2003 e 2004 - confirmação e consolidação. Por isso será, não tenho dúvidas, um Vicente Calderón cheio e a empurrar o Atlético, do primeiro ao último minuto, que os jogadores portistas vão encontrar e para isso terão de estar preparados. Os adeptos colchoneros, têm a fama e o proveito, de serem os mais fiéis e mais entusiásticos, de Espanha e isso não pode ser menosprezado.
Acredito que quem já apagou o Inferno Turco e quem já derreteu o gelo de Kiev, também saberá resistir, a um Calderón, por mais explosivo que seja no apoio à sua equipa.
Temos equipa, temos vontade, temos experiência, temos adeptos, queremos seguir em frente...eu acredito que vamos conseguir. Mostrem a esse pau mandado - P.Assunção -, quem é melhor.
Força F.C.Porto, dos fracos não reza a História.
O árbitro é o inglês Howard Webb, que será auxiliado pelos seus compratiotas, Peter Kirkup e Michael Mullarkey.
Convocados do F.C.Porto:
Guarda-redes: Helton e Nuno,
Defesas: Sapunaru, Rolando, B.Alves, Cissokho, Stepanov, P.Emanuel e Fucile,
Médios: Lucho, Fernando, R.Meireles, Mariano e T.Costa,
Avançados: Tarik, Lisandro, Hulk, C.Rodríguez e Farías

Declarações de Jesualdo na conferência de imprensa de antevisão do jogo:

"Estamos preparados para o jogo. Com a vida desportiva deste jogadores e do FC Porto, os ambientes difíceis e com muito espectadores motivam-nos mais, obrigam-nos a um maior estado de alerta"

"Acima de tudo, o ambiente num jogo destes é um acrescimento de vibração e que trás, em grande parte das vezes, melhor rendimento. Tem sido assim e estou seguro que será assim"

"Mas quem decide estes jogos são os jogadores, a partir do momento em que as estratégicas sejam traçadas. Já conversámos com os jogadores e a aposta e na unidade de pensamento e de execução"

"Estamos a discutir uma eliminatória com uma grande equipa, um histórico do futebol espanhol. Queremos muito passar e todos nós, os jogadores, treinadores, administração e adeptos queremos passar e vamos fazer tudo para o conseguir"

"Acho que ele - P.Assunção - não conhece a equipa actual do Porto. Mas fez o seu papel, defendeu a sua equipa actual e talvez tenha sido algo pressionado. Nós também gostamos de pressão"

"Quando se chega a esta altura, com as 16 melhores equipas da Europa a discutir uma passagem para as oito melhores, os adversários são cada vez mais fortes. Mas todos queremos muito passar"









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