Era para já ter dito qualquer coisa sobre a época do Basquetebol do F.C.Porto - como tinha prometido, aliás, no dia seguinte à eliminação frente ao Benfica -, mas não foi possível e ainda bem, pois posso enquadrar o que foi esta época, com os sinais positivos, que já se notam para a próxima, como é exemplo, a apresentação do novo técnico, na presença do Presidente Pinto da Costa.

Sobre a temporada, que infelizmente para o F.C.Porto, terminou tão prematuramente, só posso dizer: o que nasce torto, tarde ou nunca se endireita!

De facto as coisas começaram logo por nascer tortas, quando os responsáveis pelo Basquetebol dos Dragões, Fernando Gomes e Fernando Assunção, trocaram um treinador competente, dedicado, grande profissional e grande portista, Alberto Babo, que tinha feito um excelente trabalho, conquistando uma Taça da Liga e uma Taça de Portugal, mais o "pequeno pormenor ", de ter levado em dois anos seguidos, a equipa às finais dos Play-off e aqui, até ao sétimo e decisivo jogo, frente a um super Ovarense, na fase em que a Aerosoles investia forte e feio na equipa de Ovar, por um treinador Júlio Matos, sem provas dadas, inexperiente, demasiado permissivo nas relações com os jogadores, incapaz de estabilizar a equipa e colocá-la no patamar, que se exíge a uma equipa, de uma modalidade com tantos pergaminhos no clube. Júlio Matos, que mal chegou ao lugar foi muito deselegante com o seu antecessor e chefe na anterior equipa técnica, fazendo declarações manifestamente infelizes, que deviam ter levados os responsáveis pela secção, a chamar-lhe a atenção e publicamente.

Se começaram mal, continuaram mal, quando Fernando Assunção o director da secção e braço direito de Fernando Gomes, fez declarações lamentáveis, completamente despropositadas, que criaram mau estar e mau ambiente, juntos dos sócios, adeptos e simpatizantes portistas, como por exemplo: " o Basquetebol pode ser extinto no F.C.Porto " ou " preferimos ir jogar para Espanha a que participar nas provas organizadas pela F.P.B. " Se no caso das relações com a entidade máxima do Basquetebol português, o F.C.Porto tinha razões de queixa e tinha de marcar posição, nunca deveria no entanto ir por esse caminho, porque depois ao recuar e participar nas provas, deu uma imagem de fraqueza, inadmissível, num clube como o F.C.Porto. Já no caso das declarações sobre a extinção da modalidade, a coisa fia mais fino: o Sr.Assunção, não é o dono da modalidade no clube, para fazer esse tipo de declarações, como se os sócios do F.C.Porto, não tivessem nada a dizer sobre o assunto...O Basquetebol do F.C.Porto, parece, mas não é, uma quintinha particular, dos seus dois principais responsáveis.

Há no entanto, sinais de mudança e como disse no início do post, a presença do Presidente é muito importante e significativa. Pinto da Costa, não deve andar a gostar nada do que se passa no Basquetebol do clube e como ganhador nato, quer mudanças e quer vitórias, ou pelo menos, quer equipas capazes de lutar pelas vitórias, como acontece no Hóquei e no Andebol.

Se a contratação de Moncho López, mais as faladas, mas não confirmadas, aquisições de Jorge Coelho e G.Stempin, são boas notícias e indicativas que as coisas não voltarão a ser o que foram esta época, também é importante, acabar definitivamente com o corropio de jogadores americanos, sem aproveitar nenhum - desde J.Miller, que não há um americano de referência. Sem esquecer a necessidade do Basquetebol portista readquirir a alma e a mística, que já teve no passado... Nem é preciso muito para isso, basta olhar para o lado e colocar os olhos no Hóquei e no Andebol...Agora que vão estar todos juntos no Dragãozinho.

Que o Basquetebol do F.C.Porto deixe de lado certos tique elitistas e volte a ser aquela modalidade que enchia pavilhões, com um apoio e um entusiasmo, que pedia meças ao futebol. É esse o meu desejo, porque, e como bem disse o Presidente:«Há quatro anos que não ganhámos e isso é muito tempo».
Termino desejando a Moncho López, toda a sorte no melhor clube português.

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