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terça-feira, 12 de maio de 2009



Os grandes obreiros dos triunfos, são sempre os jogadores. São eles que no relvado, com o seu talento, o seu génio, mas também, com os seus sacrifícios e o seu profissionalismo, conseguem os resultados, que depois transformados em pontos, dão os títulos. Todos os profissionais portistas, embora uns mais que outros, tiveram papel importante neste Tetra conquistado pelo F.C.Porto.
Mas para além dos jogadores, há outros agentes, que tiveram uma cota parte decisiva, neste sucesso do Dragão: Pinto da Costa, Adelino Caldeira, Antero Henrique e Jesualdo Ferreira, foram intervenientes de indiscutível mérito e é sobre isso que irei falar neste post.

Pinto da Costa
: o facto do Presidente do F.C.Porto, ter ultrapassado em número de títulos, Santiago Barnabéu, é apenas um mero pormenor, numa obra extraordinária, que vai muito para além disso. Atacado, caluniado, achincalhado e sempre perseguido, Pinto da Costa que é arguido há mais de 25 anos - desde que chegou ao F.C.Porto, começou a ganhar, acabando com a hegemonia dos clubes de Lisboa, que vale tudo para fora das 4 linhas, por fim ao sucesso dos Dragões -, fez do F.C.Porto o melhor clube português, o único clube em Portugal, com bases sólidas, com um projecto consolidado, em que cada um tem a sua função, cumpre-a de forma correcta, profissional, sem interferir noutras áreas, nem se colocar em bicos de pés à procura de protagonismo. Pinto da Costa é também, o Líder incontestado e incontestável, o factor de equilibrios, o gestor de sensibilidades, o aglutinador, a figura de referência, para a Grande família azul e branca, que na sua esmagadora maioria, tem por ele um imenso carinho e gratidão.
Com o apito arrumado com vitória por Ko, Pinto da Costa, que está em grande forma, já prometeu o Museu para 2010 e como acredito, que vai continuar, para além desse ano, faz sentido acreditar, que aquilo que já me soou - construção de uma Piscina -, não é notícia sem sentido. E, com a continuidade do Dragão Mor, a linha de rumo no futebol é para manter, com o lema a ser: podemos não ganhar sempre, mas teremos de ter sempre, condições para ganhar.

Adelino Caldeira:
Administrador para a área jurídica, também conhecido pelo nome de "Conde Redondo", nem preciso de dizer porquê, é o único dos Administradores e Directores do F.C.Porto, com quem nunca falei um segundo sequer. Portanto, estou completamente à vontade para dizer o que penso, sobre o papel que Adelino Caldeira teve nesta época do F.C.Porto.
Atacado por todos os lados com o eclodir do Apito - castigos do Apito, melhor dizendo -, acusado de não ter defendido os interesses do F.C.Porto e de ter também, empurrado, abandonado e deixado, o Presidente sozinho, nas estratégias de defesa, na justiça desportiva portuguesa, Adelino Caldeira, resolveu tudo a contento do F.C.Porto, ganhando todas as causas na justiça da Uefa e do Tas, só não ganhando na Comissão Disciplinar da Liga, pelas razões que nós portistas sabemos muito bem - Ricardo Costa, o petulante presidente desse orgão, é um vermelho doente e um anti-portista primário, que quis ser popular às custas do Presidente do F.C.Porto.
Mas se na área jurídica, embora não as partilhe, ainda sou capaz de compreender as críticas, já acho o cúmulo da desonestidade intelectual, culpar A.Caldeira, pela parte desportiva, como aconteceu na fase de menor fulgor da equipa. Até de ser o responsável pelas "fracas" - agora parece que já não são assim tão fracas! - contratações, o Advogado que gere a área jurídica, foi acusado. Esses que fizeram isso, deviam agora, para serem coerentes, felicitá-lo, pelo sucesso desportivo. Seria pedir de mais, mas seria apenas mais uma cambalhota e eles já deram tantas...
Os abutres tentaram tudo para impedir o F.C.Porto de participar na C.League, com as consequências que isso teria tido, na época que está a acabar e no futuro do F.C.Porto. Ao sair vitorioso da luta terrível, A.Caldeira é também, para mim, um dos grandes obreiros do Tetra.

Antero Henrique: quatro anos de Director Geral da Sad, quatro títulos de Campeão, mais uns "trocos". Discreto - até de mais, ele que tinha todas as razões para se colocar em bicos de pés -, quase silencioso, mas com uma competência, uma dedicação, profissionalismo e capacidade de trabalho, notável, que são a imagem de marca da estrutura do futebol profissional portista. Antero, antecipa os acontecimentos e é muito forte nos pormenores que fazem a diferença. São pormenores que escapam aos adeptos, desconhecidos e por isso, não permitem avaliar a sua importância. Dois exemplos: na época passada quando o F.C.Porto foi jogar a Setúbal para o campeonato e passados quatro dias, para as meias-finais da Taça, a equipa ficou em estágio em Palmela e treinava no kartódromo. Ora, semanas antes, uma equipa de tratadores de relva foi para lá tratar do relvado, para que quando os profissionais do F.C.Porto treinassem, tivessem um tapete em condições, para o fazerem normalmente. O outro exemplo, tem a ver com o gabinete de apoio às famílias dos jogadores. É um apoio importante, que evita que os profissionais do F.C.Porto percam tempo com coisas que o clube trata, permitindo-lhes dedicarem-se totalmente ao trabalho, sem estarem preocupados, com coisas que podem ser factores de preocupações e desconcentrações. Mas o Director Geral da Sad, também é responsável - junto com o Presidente - pela política desportiva e mesmo que um ou outro jogador, não sejam o que se esperava, não podemos deixar de dizer que a maioria dos jogadores que têm chegado, são bons jogadores e bons profissionais. Uns saem e outros entram e as vitórias continuam e como diz e bem, o povo:- sem ovos ninguém faz omeletes, por muito bom que seja o cozinheiro. Isto para não falar no projecto Visão 611, em que acredito e que já está a dar frutos, como provam o facto, de na formação, estarmos na disputa dos títulos, de Júniores, Juvenis e Iniciados.

Antero, é pois e muito justamente, outro dos obreiros do Tetra.

Jesualdo: como sabem, os que me acompanham aqui no blog, não sou um fã incondicional do treinador do F.C.Porto. Achei que devia ter saído quando ganhou à rasca, o primeiro dos seus três títulos - depois de ter desbaratado uma vantagem que parecia segura. Achei que era de toda a justiça, que continuasse, quando na época passada, ganhou com grande à vontade o seu bi-campeonato. Esta época foi a época da verdade e Jesualdo, mostrou que é um treinador para o F.C.Porto e à altura das exigências do F.C.Porto. Tem às vezes, uns medos, que lhe tolhem as ideias e o fazem tomar decisões que não compreendo. Foi assim esta época, mais particularmente, nos jogos frente ao Benfica e ao Sporting. Mas mesmo aqui, já está mais solto, mais à Porto...também a qualidade das exibições que foram más na primeira metade da época, melhoraram, com destaque nos jogos fora de Dragão e em particular na Champions, com Madrid e Manchester a serem os expoentes máximos.

Jesualdo vai continuar e assim é importante dizer o seguinte: aqui no "Dragão até à morte" e da minha parte, independentemente do que vier a acontecer, nunca Jesualdo encontrá uma palavra de arrependimento pela sua continuidade, mas elogiarei quando for de elogiar e criticarei quando ache que há razões para isso. Também lhe quero dizer, Senhor Professor, que é de Homem querer continuar, quando tem propostas para sair e pela porta grande. Mesmo sabendo que no F.C.Porto, o treinador está sempre, mais próximo de vencer do que perder, não posso deixar de elogiar a sua coragem.
Nós, os Dragões, valorizamos muito isso.

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