domingo, 3 de maio de 2009
Um bom compromisso - festa - familiar, impediram-me de ver o Marítimo/F.C.Porto. Era uma festa que merecia toda a atenção e uma presença de corpo inteiro. Se no dia anterior, o Sporting tivesse ganho, não sei se não me teria escapado e ido ver o jogo para qualquer café das redondezas, mas com o empate leonino e como, mesmo em caso de derrota, os prejuízos não seriam muitos, deu para aguentar, embora não posso deixar de reconhecer, o nervoso miudinho esteve sempre presente e só passou, já a caminho de casa e com o 3-0 de Tomás Costa. Por isso, vi apenas o Domingo Desportivo e como devem calcular, apesar do resumo alargado, não dá para fazer uma análise correcta, se bem pelo que o resumo mostrou, me pareceu ter havido um grandíssimo Mariano e um bom Porto...mesmo sem Hulk, Lucho e com Meireles a sair muito cedo do jogo, o que fez com que o meio-campo fosse composto, com excepção de Fernando, por jogadores com poucos jogos e poucas rotinas.
Assim vai ter ser um post diferente...Era um fim-de-semana decisivo, era, como disse na antevisão do jogo, o último obstáculo no caminho para o Tetra. Na altura, apenas estava preocupado com a manutenção da vantagem de 4 pontos e nem sequer me interessavam os adversários, pois ultrapassado o Marítimo e com dois jogos em casa - embora com equipas difíceis e que lutam por objectivos europeus -, seria quase uma certeza a conquista do título. Com a derrapagem leonina, com o aumento para 6 pontos e com a possibilidade de conquistar a glória já no próximo Domingo, o cheiro a manjerico já é intenso, a fazer adivinhar o S.João, que está próximo.
Mais uma vez, o F.C.Porto foi o único dos candidatos ao título, que mostrou estofo, que não vacilou, que ganhou, mas parecia - quem ouvia certos analistas - que nós é que estavamos nervosos, que nós é que estavamos a conviver mal com a pressão, que nós não estamos habituados a estes jogos...se fossem sérios e o fanatismo anti-portista, não lhes tolhesse o raciocínio, veriam que fora, já vamos na 10ª vitória seguida e que sempre que foi preciso dar um passo em frente, esta equipa deu, mesmo na Liga dos Campeões, onde apenas perdeu nos pormenores, com o Campeão Europeu.
Não tenho muito mais a dizer. Nos próximos dias, com mais calma, vou falar de certos comportamentos, de algumas coisas que permitem verificar, porque é que o F.C.Porto é um clube diferente, um clube de sucesso, um clube ganhador, enquanto os outros se vão entretendo, com conversa fiada, que só serve para iludir, desviar atenções e mostrar a sua incapacidade e a sua incompetência.
Uma nota final, para realçar o forte apoio que o F.C.Porto teve na Madeira, a provar, só quem é cego é que não vê, o forte crescimento do clube do Dragão em todo o território português.
Palavras de Jesualdo e T.Costa no final do jogo:
Jesualdo Ferreira:
«A perda do Raul Meireles foi decisiva, porque ele tinha as funções de fazer ligação com o ataque, era um jogador importante na estrutura ofensiva. Entrámos bem, fomos felizes e fizemos um golo, mas quero realçar a forma como o F.C. Porto foi capaz de reagir a uma boa equipa do Marítimo. Sabíamos que era um jogo importante e fomos uma equipa humilde, que soube explorar as suas capacidades ofensivas e acabámos por vencer merecidamente, com resultado pesado. Mas fica o registo de uma equipa que está a um passo de ser campeã. Esperamos receber uma grande equipa do Nacional no domingo e ter a massa associativa connosco, pois podemos ser campeões.»
Tomás Costa:
«Foi mais um passo para chegar ao título. Durante os 94 minutos tentámos manter ritmo alto e conseguimos uma vitória importante para o que se segue, para quem está lesionado e para os adeptos. Espero que o próximo jogo resulte numa vitória e, se Deus quiser, nos permita festejar. Este jogo foi difícil, o Marítimo joga muito bem, mas tentámos fazer o nosso jogo.»