terça-feira, 18 de agosto de 2009
Não sou ingénuo, já não tenho idade para isso, conheço bem o meu país, o futebol português, o anão que preside à Liga, o vermelho da Comissão Disciplinar, a comunicação social que temos, e sei portanto, o que nos espera esta época. Conheço o Factor X e para isso alertei antes do jogo. Sei o que passaram e continuam a passar, alguns profissionais portistas, sempre maltratados, ignorados, perseguidos, como por exemplo Bruno Alves, em comparação com pseudo-vedetas dos outros clubes, onde um meco qualquer, é logo comparado a Maicon, que é só o melhor lateral do Mundo.
Basta ver o que dizem do já citado Bruno, em contraponto ao que dizem desse caceteiro do David Luiz. Mas se depois de Guimarães e da Amadora, na temporada passada, defendi Hulk e da caça ao homem de que foi vítima, como provam os posts:
Deixem jogar o Hulk! e Estrela da Amadora 2 -F.C.Porto 1. A marca do Xistrema, no jogo de Domingo, houve mais erros de Hulk que do árbitro de Castelo Branco. Ao jovem brasileiro, que tem um grande talento e um grande potencial, falta experiência, maturidade e matreirice, para enfrentar os obstáculos que lhe colocam pela frente. Foi o que aconteceu na Capital do Móvel contra o Paços de Ferreira. Um Porto desinspirado, que no ataque tinha Farías e Mariano a valerem zero, permitiu que a equipa de Paulo Sérgio pudesse ter sempre mais que um jogador na marcação ao Incrível, isolando-o, pressionando-o, não o deixando jogar como gosta e isso, enervou o avançado portista, que começou muito cedo a discutir, a reclamar, a perder-se em questiúnculas que não levam a lado nenhum e que tiveram as consequências conhecidas. Vai ser assim muitas vezes, ou Hulk percebe o que não deve fazer, ou vai ter mais alguns dissabores. Que seja capaz de aprender a lição do que se passou é bom para ele, para o F.C.Porto e para nós adeptos, que gostamos de o ter em campo.
Mas o facto de dizer o que disse anteriormente, não implica que não esteja atento ao resto. Como disse não sou ingénuo, mas se fosse, tinha perdido hoje toda a ingenuidade, ao ler os escabrosos artigos do Desanimado 1, o inconfundível Freteiro Delgado, em A Bola, e que não passam de uma forma de pressão vergonhosa, com o objectivo claro, de dizer aos árbitros: - os senhores têm de dar o tempo necessário para que o Benfica ganhe, nem que para isso tenha de haver descontos de 30 minutos. Esse vermelho encardido, vai ao ponto de analisar à lupa, um a um, todos os lances de interrupção do jogo, para concluir que Artur Soares Dias devia dar 10 minutos e 19 segundos de descontos. Mais, publicando a imagem da marcação do penalti, o Freteiro mostra o erro do árbitro que lhe interessa, mas imagens das agressões que deviam valer a expulsão de David Luiz e Cardozo, nem vê-las. Uma pouca vergonha e uma nojeira, mas nada que surpreenda vindo de quem vem.
Problemas com as paragens de jogo e perdas de tempo, têm as equipas chamadas grandes nos confrontos com adversários mais fracos e quase em todos os jogos. O F.C.Porto, então, já tem há muito tempo o saco cheio, mas nunca ninguém em A Bola, achou por bem fazer um trabalho como fez o Freteiro. Porque será? Mais, outro vermelhão, no mesmo jornal, o Guerra, já está a fazer uma classificação virtual, onde diz que o Benfica devia ter 3 pontos e o F.C.Porto zero.
O Benfica, pela voz dos seus responsáveis, proclamou que esta época nunca falariam dos árbitros... Não é necessário, em A Bola os seus homens de mão, fazem isso por eles.
Se vai valer tudo da parte de do jornal "dirigido" por Vítor Serpa - dizem que é uma espécie de rainha de Inglaterra - para incendiar o campeonato, preparem-se que aqui e acho que posso dizê-lo, em toda a blogosfera portista, pelo menos, vamos dar-lhes troco e será olho por olho dente por dente.
É o chamado jornalismo à espanhola tão do agrado do Freteiro, mas que só não é assumido formalmente porque não convém - lá se ia a bandeira sempre agitada que é o F.C.Porto que divide o país e faz a guerra Norte-Sul.
Nota final:gosto muito do F.C.Porto, defendo-o de há muitos anos a esta parte e defendê-lo-ei sempre, no futuro, com unhas e dentes, seja contra quem for - mesmo que isso me acarrete problemas. Mas ninguém conte comigo para lamúrias, queixinhas , vitimizações, que não levam a lado nenhum. Principalmente não contem comigo, para dizer que é branco, quando eu vejo preto.