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sexta-feira, 30 de outubro de 2009


Jesualdo no fim do jogo: «Não é fácil jogar em espaços reduzidos, sem possibilidade de aplicar o nosso processo». No post do jogo frente à Académica eu tinha escrito o seguinte para justificar a má exibição portista: "Este Porto de Jesualdo, vocacionado para o contra-ataque - mesmo que agora, pomposamente, lhe chamem transições rápidas - , teve, tem e vai ter sempre problemas, porque não sabe jogar em ataque continuado e quando as equipas não saem para jogar e se fecham é o cabo dos trabalhos". Espantoso!, eu que sou um simples adepto, já tinha visto isso há muito tempo... Ora, Jesualdo, que como é óbvio, sabe mais de bola a dormir que eu acordado, também já sabia, pergunto: porque razão ainda não alterou o processo, ou melhor, porque não criou um processo alternativo ao contra-ataque, que serve para certos jogos - C.League, equipas grandes de Portugal e jogos fora de casa -, mas não serve para jogos frente a equipas, como o Belenenses, Académica e outras, que vêm jogar da mesma forma? Mas mais, se frente à equipa de Coimbra e perante a incapacidade de marcar, Jesualdo fez entrar Farías para o lado de Falcao, com isso desbloqueou o problema e ganhou, porque não utilizou a mesma táctica agora frente a uma equipa a jogar exactamente da mesma forma? Mas se não queria arriscar de início, porque não agiu logo, quando a partir dos primeiros minutos se viu que iamos ter as mesmas dificuldades? Como é possível Belluschi jogar tão atrás, quando a equipa de Belém não tinha ninguém na frente, Fernando não saía da beira dos centrais e Sapunaru não dá profundidade? Chegaram a estar Sapunaru, Rolando, Bruno, Fernando e Belluschi para um único jogador da equipa lisboeta e como tal, na frente faltavam jogadores, obrigando os avançados a receberem a bola sempre rodeados de adversários...E depois sai o argentino e o F.C.Porto fica sem o único médio com criatividade para inventar espaços? A solução não passaria pela saída, por exemplo, de Sapunaru, derivando Fernando para a direita e Meireles para o centro do meio-campo?... Melhoramos, é certo, na 2ª parte, mas com um futebol atabalhoado, à base de cruzamentos feitos de longe, quase sempre mal executados, conseguindo apenas uma clara oportunidade na cabeçada de B.Alves à barra.
Quantos cantos e livres tivemos? Muitos, mas nunca tiramos partido disso, quando temos dois centrais altos e que jogam muito bem de cabeça. Só que não há ninguém que marque os cantos e livres como deve ser. Ou é curto, ou é demasiado comprido...
Assim, Sr. Professor, não dá! Assim, Sr. Professor, não adianta pedir mais público no Estádio que ele não vai. Assim, Sr.Professor, é entregar o ouro ao bandido. Numa época que se pedia um Porto de qualidade superior, aparece este Porto triste, abúlico, sem rasgo e sem génio...Nada está perdido e só voltamos a jogar no Dragão daqui a muito tempo - fim de Novembro. Que até lá as coisas mudem e sem a pressão de jogar em casa, o F.C.Porto reencontre o seu caminho.
Dos jogadores só vou falar de Rolando, que mais uma vez ficou mal na fotografia. Que se passa? De jogador certinho que raramente errava, passou a jogador que erra de mais. Porquê?

Notas finais
: muitos parabéns aos associados do F.C.Porto, nº11 e 12, António Silva e Luís Maia que receberam a Roseta de Diamante por 75 anos de filiação.
Pena que em dia tão importante não tenham tido a recompensa de um triunfo...

Uma palavra também para as claques, que nunca regatearam apoio à equipa e foram os melhores em campo.

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