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domingo, 7 de fevereiro de 2010


Numa noite fria e chuvosa, mais de trinta mil portistas foram ao Dragão, primeiro, para ajudar o F.C.Porto a ganhar, depois, na esperança de assistirem a mais uma noite de gala como a de terça-feira passada frente ao Sporting. O primeiro objectivo, fundamental numa equipa que corre atrás do prejuízo e não depende apenas dela, foi conseguido. O segundo, não. A qualidade do jogo portista não teve nada a ver com o da Taça de Portugal, mas, verdade se diga, não foi passar de oitenta para o oito... foi aí para uns quarenta... As razões parecem-me claras: contra equipas que se fecham, ficam atrás da linha da bola, raramente saem para jogar, o F.C.Porto tem sempre mais dificuldades. Quando não há espaço é um problema, não de hoje, mas de sempre neste Porto de Jesualdo. Faltam desequilibradores, falta contundência, falta velocidade, falta pressão e falta qualidade no último passe. A equipa não está vocacionada para jogar em ataque continuado e embora domine o jogo, não cria grande perigo, não encosta o adversário às cordas, não esmaga...A juntar a esse factor, houve outro que também me pareceu claro: o cansaço, natural, numa equipa que tem feito muitos jogos de grande desgaste físico e psicológico. Isso notou-se particularmente no meio-campo, onde Rúben Micael e Belluschi não estiveram como nos jogos anteriores. Se com bola iam dando conta do recado, melhor o madeirense, sem bola, já não conseguiam ocupar o espaço, recuperar, pressionar e isso foi notório até ao 2-0, altura em que a Naval "morreu", depois de ter criado alguns embaraços, em particular, num lance que Helton evitou o golo certo.

Conclusão: vitória justíssima, dois pontos recuperados ao andor vermelho, mas com uma exibição longe da exuberância da de terça-feira - nesta altura o importante é ganhar jogos, pois com as vitórias, já vamos em quatro seguidas, a confiança aumenta e uma equipa confiante, ganha tranquilidade, rende mais, acredita mais, mobiliza mais e principalmente, perturba mais os adversários...

Os jogadores um a um:
Helton, pouco que fazer, mas foi importantíssimo ao negar a única oportunidade de golo da Naval. Seria o 1-1...
Fucile, não esteve mal, mas, talvez fruto de duas entradas duríssimas que sofreu, não foi o lateral do costume. Embora tenha a seu favor, o facto de quem jogou à sua frente, também não ter ajudado muito...
Rolando, quando não ataca a bola e fica na espectativa, é batido, causa problemas. Quando está concentrado, é certinho e dá confiança. Frente a estes adversários, teoricamente mais fracos, baixa os níveis de concentração e complica. Tem de rever essa postura.
Bruno Alves, regressou à equipa e fez um excelente jogo, sendo determinante na assistência para o 2-0.
Álvaro Pereira, dos melhores e dos poucos que foi crescendo com o desenrolar da partida. Levou um cartão para limpar e fica de fora no sábado frente ao Leixões.
Tomás Costa, o melhor em campo e a garantia que com ele temos uma excelente alternativa a Fernando. Ainda tem uma ou outra hesitação, prórpria que quem não tem experiência no lugar, mal vai lá. Depois das peripécias da semana anterior o médio argentino merecia ser feliz e foi, ao marcar o golo portista.
Rúben Micael, não sabe jogar mal e com a bola nos pés dá sempre bom seguimento à jogada, mas precisa de pulmão para deitar cá para fora todo o potencial e hoje o pulmão não era muito. No lance mais perigoso da Naval não foi capaz de impedir o jogador da equipa da Figueira de criar o desequilibrio que podia ter tido consequências graves. Jesualdo, como não arrisca, só tirou com 2-0. Teve sorte...
Belluschi, os mesmos probleamas físicos de Rúben, mas menos consequente enquanto jogou, que o ex-Nacional. Ao contrário de Rúben, saiu no tempo certo.
Mariano, voltei a gostar do patinho-feio. Há tempos atrás disse que ele ainda ia acabar como um lindo cisne - houve que não me perdoasse. O Mariano de terça e de hoje, merece a titularidade.
Varela, um grande golo e pouco mais numa exibição cinzenta. Claramente um caso de falta de capacidade física, num jogador de explosões.
Falcao, mais um golo pleno de oportunidade - vejam bem se foi não foi com a mão...- e muito trabalho em prol da equipa. Está em alta.
Miguel Lopes, Valeri e Guarín, os dois primeiros entrarm na melhor fase, mas tiveram pouco tempo, o colombiano, jogou mais tempo e com ele a equipa ganhou frescura e melhorou.


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