sábado, 11 de dezembro de 2010
26.609 espectadores, muita juventude em festa, assistiram a uma partida entretida e que não sendo daquelas que nos enche as medidas, teve momentos de bom futebol, jogadas bem construídas, algumas excelentes exibições individuais, numa vitória natural, mas curta do F.C.Porto. Um Porto que se apresentou com muitos dos habituais titulares, num sinal de respeito pelo adversário e pelo público que se realça e se destaca. Pena que Hulk, por exemplo, não tenha percebido a mensagem e tenha estado lento, displicente, desconcentrado e individualista, perdendo-se em toques e toquezinhos que não levam a lado nenhum. Mas se Hulk esteve com o espírito errado, a grande maioria, ou melhor todos os restantes - a hesitação teve a ver com R.Micael, não por falta de atitude, mas porque continua a jogar abaixo do que pode e sabe -, estiveram bem, embora Álvaro Pereira, o "Palito" - esteve parado? - e principalmente João Moutinho, acima de todos os outros. Grande lição de profissionalismo deu o pequeno-grande jogador - é curioso, jogou bem em Viena, foi dos melhores na segunda-feira frente ao Vitória e hoje encheu o campo e bem mereceu o golo que marcou, o primeiro com a camisola do F.C.Porto.
Resumindo: mais uma vitória, a 21ª e objectivo quartos-de-final alcançados com clareza perante uma equipa que merece uma palavra de simpatia.
Gostei de Kieszek que se estreou na baliza do F.C.Porto, em jogos oficiais. Atento, concentrado, não teve muito trabalho, mas sempre que foi chamado, com as maõs ou com os pés, saiu-se bem.
Gostei menos de Sapunaru, mais aéreo que o costume. Nestes jogos o romeno tem tendência a descomprimir e o rendimento baixa.
Gostei dos dois centrais. Mais exuberante e confiante Maicon. Menos esclarecido, mais em esforço Sereno, que fez o que se lhe pedia.
De Álvaro já disse tudo, mas acrescento: grande segunda-parte, um golo e uma assistência, chega? Bem regressado "Palito". Bonito gesto de agradecimento a um grande médico, profissional e portista, Dr.Nélson Puga.
Guarín, coisas irritantes e coisas empolgantes, de um jogador que não se poupa.
De R.Micael e Moutinho já disse tudo.
Castro: como quase sempre, eléctrico, frenético, pouco esclarecido.
Nada a acrescentar ao que disse sobre Givanildo e gostei de Walter, que é isto. Não pode ser comparado com Falcao, mas tem coisas interessantes e marca golos - 5 golos em tão pouco tempo de utilização, devem dar-lhe algum crédito, não?
Última nota, para uma pergunta a André Villas-Boas: André vejo jogar Ukra, que tem tido várias oportunidades e vejo jogar James, que tem tido poucas e sinceramente não entendo. O jovem colombiano mostra uma capacidade, uma qualidade e um talento que, lamentavelmente não vejo no jovem português. Espero que a partir de hoje e definitivamente as coisas se alterem. Gosto muito de ver jovens oriundos da nossa formação a jogarem na equipa principal, mas têm de mostrar mais qualidade e quando o contraponto mostra tantos argumentos...