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sábado, 26 de fevereiro de 2011


Primeira-parte, enrolada, ritmo baixo, pouca pressão, perigo apenas em lances de bola parada, cantos e livres e através de de um Hulk ansioso, precipitado, egoísta, a querer marcar quase à força e com isso a escolher quase sempre as piores soluções. Mas e é importante dizê-lo, foi o Incrível o único a causar algum desconforto à defesa algarvia, já que Falcao demasiado estático e Varela, mais uma vez incipiente, quase não existiram. O nulo ao intervalo castigava a pouca inspiração do conjunto de André Villas-Boas e premiava a boa organização do Olhanense, que sem fazer nada de especial, conseguiu levar a água ao seu moinho.
Depois do intervalo tudo foi diferente. Villas-Boas também não gostou e tirou o desinspirado Varela e o pior Sapunaru dos últimos jogos, lançando no jogo Fucile e o puto James Rodríguez. Tudo mudou. Apareceu um Porto mais rápido, mais pressionante, mais esclarecido, mais detreminado, com muita mais qualidade e que começou a encostar o adversário lá atrás e a criar o perigo que nunca criou nos primeiros 45 minutos. Ora pela direita com Fucile e o vagabundo colombiano que estava em todo o lado; ora pelo meio com um excelente Belluschi - golo de craque, mas que vai ser pouco badalado -, ajudado por um Fernando a pegar mais à frente e um Moutinho mais em jogo; ora pela esquerda, onde Hulk e Álvaro davam conta do recado, o conjunto azul e branco cresceu, passou a estar mais próximo da sua referência atacante, Falcao e começou a ameaçar com muito perigo a baliza contrária. É verdade que corremos riscos, mas corremos os que tinhamos a correr e também é verdade que ficamos mais sujeitos aos contra-ataques, mas passamos a dominar claramente, a ser mais contundentes, a desmontar a boa organização da equipa algarvia e tantas vezes o cântaro foi à fonte que partiu uma, duas, três vezes, numa vitória justíssima, clara e cristalina, sem frangos do guarda-redes, nem uma contratação de última hora.
Era um jogo muito importante pelas razões que apontei no post de antevisão. Passamos com distinção e conseguimos a primeira das cinco vitórias que deseja o nosso jovem, mas muito competente treinador.
Completamos um ano sem derrotas, no campeonato - Liga Zon Sagres -, o que é um feito assinalável, mas tal como o golo de Fernando Belluschi, vai passar despercebido.

Não vou fazer grandes análises individuais, quando se conquistam estas vitórias a equipa é que tem de merecer o destaque. Mas para mim, James, foi o homem do jogo. Pelo que jogou, pelo que assistiu, pelo que desestabilizou, pelo que mudou.
Destaque também para o nosso goleador que despertou para uma grande segunda-parte, para o golo de bandeira de Belluschi e para o... ia dizer "Informático", mas acho que já ninguém pensa assim, que mexeu à treinador batido. Estamos a voltar ao nosso melhor, numa altura importante, na altura que tudo se decide.

Notas finais: Hulk vai ficar de fora na próxima jornada, levou um cartão amarelo que me pareceu justo, numa arbitragem muito boa de João Capela - fossem todas assim! Como nesta ou noutra altura tinha de acontecer, é melhor que seja agora e por duas razões: uma porque a paragem vai fazê-lo descansar, assentar ideias, descomprimir, para regressar mais forte. A outra razão é que agora, se isto se pode dizer, faz menos falta que faria antes do regresso de Falcao e Álvaro.
Depois de um jogo que obrigou a dar tudo, frente ao Sevilha e num espaço de apenas 72 horas, ficou demonstrado, pela nossa segunda-parte, que o mister tem toda a razão quando diz que a equipa fisicamente está muito bem.
Na próxima jornada defrontamos os abutres de Guimarães, uma espécie de filial nortenha do clube do regime. É mais um jogo importante e um jogo que precisa de muita gente no Dragão... a apoiar!
Ah, já me esquecia, uma palavra de elogio para os milhares de portistas que desceram ao Algarve para ajudar o F.C.Porto: graças a vocês o Dragão nunca caminha sozinho.

PS - Para quem não sabe, a imbecilidade a que se referiu Pinto da Costa, é a capa do Record de hoje.
Acho que aquilo é pior, mas com o Record não perco tempo!
Como vi o jogo sem som, nem tinha ouvido o Valdemar e o Manha, a dizerem, é hoje, é hoje!...

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