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quarta-feira, 10 de outubro de 2012


Nova interrupção no campeonato, Liga Zon Sagres, boa altura para o primeiro balanço do que tem sido a época portista. E o balanço, é: sem ser perfeita, até ao momento, a época só pode ser considerada muito positiva.
Começamos por ganhar e bem a Supertaça; lideramos o campeonato, Liga Zon Sagres; lideramos o nosso grupo na Champions; tivemos dois jogos abaixo do que podíamos e devíamos, mais em Vila do Conde que em Barcelos. Não tem sido um Porto imparável, com nota artística, mas nos dias de hoje, com as equipas ditas pequenas a terem cada vez mais meios e condições de trabalho, as superioridades absolutas, as grandes goleadas dos tempos idos, cada vez mais vão ser excepções e não a regra - veja-se, a título de exemplo, o que aconteceu no F.C.Porto/Beira Mar e posteriormente no Benfica/Beira-Mar. Ganhamos de goleada, dominamos totalmente, a equipa aveirense foi olhada como uma equipa fraquita, a exibição do bi-campeão não foi valorizada, mesmo entre os portistas. O clube do regime viu-sei grego, acabou o jogo com a corda ao pescoço, aí a equipa da Ria já foi olhada de outra maneira. 
Continuando... Mas tem sido um Porto competente e que mesmo perdendo um jogador fundamental como Hulk e mais alguns jogadores de qualidade reconhecida, mas que "já não estavam cá", que se mantém fiel aos seus princípios de jogo, à sua cultura de exigência, à sua filosofia ganhadora. Temos algumas lacunas - falta-nos um ponta-de-lança capaz de jogar ao lado de Jackson , em jogos que pedem um 4x4x2, alguém capaz de recepcionar, segurar e tabelar bem, o que Kléber tarda em conseguir; falta-nos um médio forte, todo o terreno e com capacidade de tiro; falta-nos um lateral que possa substituir Alex Sandro. Quiño ainda não é e as alternativas, Mangala e Miguel Lopes, são adaptações -, mas temos sido capazes de ultrapassar isso com mais colectivismo, mais unidade, mais solidariedade. Temos também e é preciso dizê-lo, um Vítor Pereira mais confiante, mais esclarecido, mais pró-activo e com um discurso mais competente.
Resumindo, a procissão mal saiu do adro, mas estamos no caminho certo.

Notas finais:
«Zenit quer João Moutinho e deixa sair Bruno Alves para o F.C.Porto»; «Manchester United quer James e está disposto a incluir Javier Hernandez, "Chicharito", no negócio.»
Pensemos Porto. 
Primeiro, nesta altura, quando lideramos o nosso grupo e estamos bem situados para atingir os oitavos-de-final, alguém imagina o F.C.Porto a admitir negociar a saída de dois dos seus mais importantes jogadores no mercado de Janeiro? Depois, não está em causa o valor de Bruno Alves, mas a filosofia não é essa, é outra e que Antero Henrique deu conta em entrevista ao France Football. A nossa matriz, é, e de há muitos anos a esta parte, formar e comprar bem, valorizar, transferir com mais valias. Por isso, temos é de potenciar os jovens talentosos que temos, Mangala, Abdoulaye e já, já, Tiago Ferreira. E não apostar em jogadores de 31 anos. Lucho? Apenas uma das poucas excepções que confirmam a regra. Até porque e é bom lembrá-lo, El Comandante nunca pressionou para sair, quis ficar e quando saiu, o sentimento de perda foi grande entre a esmagadora maioria dos portistas. Ao contrário de Bruno. As constantes declarações do jogador e do pai, a pressionarem a saída, caíram mal a muitos portistas. Por essa razões quando Bruno saiu, o sentimento foi mais de que o seu tempo no F.C.Porto estava esgotado, de alívio, que de perda. "Chicharito", OK, fazia grande jeito, mas nunca envolvido na saída de James.
Este é o meu pensamento, um pensamento que só mudará no caso de até ao final do ano as coisas se complicarem e de tal maneira, que não tivéssemos, para manter a estabilidade, outra possibilidade.

Ernesto Ferreira da Silva, sportinguista e ex-presidente do Conselho Fiscal do Sporting, em entrevista à Antena 1, disse não compreender porque o seu clube merece críticas por ter 10 treinadores, nos últimos 10 anos e o F.C.Porto que teve 9 - deve ter contado o Rui Barros...-, não ser criticado.
Eu acho que os sportinguistas, mesmo os mais esclarecidos, andam desorientados e nem pensam. Comparar o Sporting, onde os treinadores saem porque são despedidos, mesmo quando são contratados para vários anos e em nome de um projecto duradoiro, com o F.C.Porto, onde José Mourinho, Villas-Boas e Co Adriaanse saíram porque quiseram, os dois primeiros renderam 21 milhões de euros e o holandês 1 milhão de indemnização por ter rompido o contrato, é o fim da picada.

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