Populares Mês

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013


Ainda sem contar com Liedson, por falta de certificado internacional, com Fernando a trinco - na única alteração em relação à equipa que entrou de início em Setúbal. Saiu Kelvin - e com Defour na meia-esquerda - pela direita entravam Lucho, Varela e um Danilo muito profundo - a provar que mesmo frente a equipas muito fechadas, se a dinâmica funcionar, se houver rapidez a pensar e a executar e mais gente envolvida no processo ofensivo - Fernando esteve muito próximo da área, principalmente na primeira-parte -, as coisas também podem resultar e bem, com o belga na equipa. Foi o que aconteceu esta noite no Dragão. 
Foi um Porto exuberante, de grande fulgor e nota artística, aquele que hoje depenou, assou e comeu, um galo incapaz de contrariar uma das melhores exibições da época do conjunto treinado por Vítor Pereira. Entramos fortes, pressionantes, não deixamos a equipa de Barcelos respirar e apostando num futebol de toque, mas com largura e profundidade, encostamos o Gil às cordas e aos 11 minutos já vencíamos por 2-0. Não marcamos mais golos até ao intervalo, mas a qualidade exibicional não baixou, pelo contrário, aumentou com a tranquilidade e a confiança que a vantagem dava e vimos um manancial de boas jogadas, um domínio asfixiante - 85-15 na posse de bola -, a que apenas faltaram dois ou três golos para o recital ser completo.

Na etapa complementar e no início, até parecia que a equipa bi-campeã ia baixar o ritmo e com uma vantagem que dava alguma tranquilidade, apenas ia controlar. Não foi assim. Para isso e é caso para dizer, ainda bem, muito contribuiu um remate - coisa rara - com algum perigo da equipa de Paulo Alves e que deu a sensação de golo - pelo menos a mim. Não foi, mas foi uma espécie de aviso, um tocar de campainha que alertou os jogadores portistas para o perigo que poderiam correr se relaxassem, abrandassem, pensassem que o jogo já estava ganho. A partir desse lance tudo voltou à primeira forma, voltamos ao brilhantismo, marcamos mais 3 golos, mas podíamos e merecíamos marcar mais. É, mesmo com uma goleada, o resultado é lisonjeiro para a equipa do Gil Vicente.

O Benfica tinha ganho em Braga, era por isso fundamental que o F.C.Porto cumprisse a sua obrigação e conquistasse os 3 pontos. Se a vitória fosse por 3 ou mais golos de diferença, melhor, significaria a chegada à liderança, mesmo que em igualdade pontual. Se a isso tudo e já não era pouco, juntassemos uma exibição de qualidade e que agradasse à exigente plateia do Dragão, então, seria a cereja no cimo do bolo. Foi o que aconteceu e quem foi hoje ao belíssimo anfiteatro do F.C.Porto saiu de barriga cheia e satisfeito. Não é caso para embandeirar em arco, mas também não tenhamos receio de dizer: hoje jogamos muito bem.

Quando o colectivo funciona de forma tão competente, fica difícil e até se torna injusto, destacar alguém. Por essa razão, hoje não há mais ou menos, tão pouco o melhor em campo. Por isso, apenas direi o seguinte e para terminar:
- Valeu, malta, estamos aí, temos armas e gente para derrubar o andor, por mais santos, costas, freteiros, pavões vermelhos, manhosos e afins, que ele leve.
Que chatice, o futebol português seria tão diferente, sem aqueles chatos da Invicta!

Danilo, 1-0Vítor Vinha, auto-golo, 2-0Defour, 3-0 Varela, 4-0 Jackson, 5-0

- Copyright © Dragão até à morte. F.C.Porto, o melhor clube português- Edited by andreset